Há, por parte de muita gente, um preconceito contra a linguagem dos alunos: condenam as gírias, satirizam expressões, questionam a pobreza de vocabulário. Desde que isso não apareça na redação, qual o problema? O bom falante de português é aquele que sabe se adaptar às circunstâncias, aos contextos. E por isso fala ( ou escreve) vários tipos de português diariamente.
Numa redação, seja ela uma narração ou uma dissertação, por exemplo, usa-se uma linguagem mais culta, mais apropriada para lidar com um público de leitores amplo. Então é necessário cuidado com a linguagem. Para se escrever um e-mail pessoal usa-se uma forma, para um e-mail mais profissional outra, para se comunicar com amigos no Facebook escreve-se de uma forma, para mandar SMS de outra. Para escrever redação, usa-se uma linguagem mais culta. Na escola se aprende essa linguagem. A outra a gente já entrou na escola sabendo. Mas, atenção, não é uma linguagem inferior ou que deve ser evitada. Depende do contexto, do lugar. É preciso ser fluente em português, saber bem o das ruas e o da escola. E sair se comunicando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário