Um excelente artigo foi publicado no Link do jornal "O Estado de São Paulo" online. Discute uma questão bastante presente na mídia atualmente: o ATIVISMO ONLINE. Como pequenas intervenções pela internet podem interferir no mundo. Dos artigos que tenho lido sobre o tema é um dos melhores. Indico o link para quem quiser ler o artigo completo. Vale a pena. É um possível tema para redação de vestibular.
http://blogs.estadao.com.br/link/causa-e-consequencias/
TRECHOS DO ARTIGO:
“Antes de Kony 2012, o maior sucesso viral do YouTube era Susan Boyle. Agora, o mundo está discutindo como eliminar a distância entre o mundo que temos e o mundo mais seguro e pacífico que todos querem.” As palavras são de Emma Ruby-Sachs, advogada e jornalista que dirige campanhas para a ONG Avaaz.
Um milhão de assinaturas é um mero zumbido perto do estrondo que foi Kony 2012. Com o vídeo dirigido por Jason Russell, o mundo do ativismo online foi jogado num patamar muito mais alto do que aquele com que estava acostumado. Até sexta-feira passada, eram 110 milhões de visualizações na web. Com isso, o filme sobre o “senhor da guerra” de Uganda se tornou oficialmente o maior viral de todos os tempos. E, como lembrou Emma Ruby-Sachs, é o único dos 15 mais viralizados da história que trata de uma causa."
"É a militância que não sai na rua, mas se espalha através de links, e-mails e redes sociais. O filme mostrou o quão poderosa pode ser essa onda de cliques dos cidadãos comuns.
Kony 2012 mobilizou milhões de cidadãos americanos na rede, que exigiram posicionamento do Congresso americano e do presidente Barack Obama a respeito da questão. Surtiu efeito: “Parabenizamos a mobilização das centenas de milhares de americanos”, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney."
"Esse processo gerou discussões sobre as consequências do ativismo na web. Por um lado, questões sérias ganham um alcance antes impensável com a internet e as redes sociais. Mas, por outro, o imediatismo que caracteriza grande parte desse engajamento gera preocupação. “É preciso tempo para se comunicar, entender e tomar decisões politicas”, opina Kelly Prudencio. “O ativismo na internet força a barra nesse sentido. O vídeo do Kony obriga as pessoas a assimilarem um conteúdo complexo muito rapidamente e tomar atitudes a partir dele.”
Ethan Zuckerman, cofundador do Global Voices e diretor do Centro de Mídia Cívica do Massachusetts Institute of Technology (MIT), foi um dos engrossam o coro da oposição.
“A campanha é atraente porque oferece uma narrativa bem simples: Kony é um personagem mau, um ser humano horrível cuja captura acabará com o sofrimento do povo do norte da Uganda. Se fizermos a nossa parte, influenciarmos pessoas poderosas, a mais potente força militar do mundo agirá e Kony será capturado”, diz Zuckerman.
“É uma história com uma solução simples e que se apoia em narrativas existentes sobre uma suposta ingovernabilidade da África, o poder militar dos EUA e a necessidade de se trazer à tona conflitos desconhecidos”, afirma ele, apontando “consequências imprevisíveis” como o apoio internacional ao ditador de Uganda, Yoweri Museveni, já no seu quarto mandato, escolhido em uma eleição vista como fraudada por observadores da União Europeia, segundo Ethan.
O DEBATE ESTÁ ABERTO. E VOCÊ, O QUE PENSA?
Nenhum comentário:
Postar um comentário