terça-feira, 20 de março de 2012

ATIVISMO ONLINE MUDA ALGUMA COISA?

Um excelente artigo foi publicado no Link do jornal "O Estado de São Paulo" online. Discute uma questão bastante presente na mídia atualmente: o ATIVISMO ONLINE. Como pequenas intervenções pela internet podem interferir no mundo. Dos artigos que tenho lido sobre o tema é um dos melhores. Indico o link para quem quiser ler o artigo completo. Vale a pena. É um possível tema para redação de vestibular.

http://blogs.estadao.com.br/link/causa-e-consequencias/

TRECHOS DO ARTIGO:


“Antes de Kony 2012, o maior sucesso viral do YouTube era Susan Boyle. Agora, o mundo está discutindo como eliminar a distância entre o mundo que temos e o mundo mais seguro e pacífico que todos querem.” As palavras são de Emma Ruby-Sachs, advogada e jornalista que dirige campanhas para a ONG Avaaz.
Um milhão de assinaturas é um mero zumbido perto do estrondo que foi Kony 2012. Com o vídeo dirigido por Jason Russell, o mundo do ativismo online foi jogado num patamar muito mais alto do que aquele com que estava acostumado. Até sexta-feira passada, eram 110 milhões de visualizações na web. Com isso, o filme sobre o “senhor da guerra” de Uganda se tornou oficialmente o maior viral de todos os tempos. E, como lembrou Emma Ruby-Sachs, é o único dos 15 mais viralizados da história que trata de uma causa."


"É a militância que não sai na rua, mas se espalha através de links, e-mails e redes sociais. O filme mostrou o quão poderosa pode ser essa onda de cliques dos cidadãos comuns.
Kony 2012 mobilizou milhões de cidadãos americanos na rede, que exigiram posicionamento do Congresso americano e do presidente Barack Obama a respeito da questão. Surtiu efeito: “Parabenizamos a mobilização das centenas de milhares de americanos”, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney."


"Esse processo gerou discussões sobre as consequências do ativismo na web. Por um lado, questões sérias ganham um alcance antes impensável com a internet e as redes sociais. Mas, por outro, o imediatismo que caracteriza grande parte desse engajamento gera preocupação. “É preciso tempo para se comunicar, entender e tomar decisões politicas”, opina Kelly Prudencio. “O ativismo na internet força a barra nesse sentido. O vídeo do Kony obriga as pessoas a assimilarem um conteúdo complexo muito rapidamente e tomar atitudes a partir dele.”

Ethan Zuckerman, cofundador do Global Voices e diretor do Centro de Mídia Cívica do Massachusetts Institute of Technology (MIT), foi um dos engrossam o coro da oposição.
“A campanha é atraente porque oferece uma narrativa bem simples: Kony é um personagem mau, um ser humano horrível cuja captura acabará com o sofrimento do povo do norte da Uganda. Se fizermos a nossa parte, influenciarmos pessoas poderosas, a mais potente força militar do mundo agirá e Kony será capturado”, diz Zuckerman.
“É uma história com uma solução simples e que se apoia em narrativas existentes sobre uma suposta ingovernabilidade da África, o poder militar dos EUA e a necessidade de se trazer à tona conflitos desconhecidos”, afirma ele, apontando “consequências imprevisíveis” como o apoio internacional ao ditador de Uganda, Yoweri Museveni, já no seu quarto mandato, escolhido em uma eleição vista como fraudada por observadores da União Europeia, segundo Ethan.

O DEBATE ESTÁ ABERTO. E VOCÊ, O QUE PENSA?

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