sexta-feira, 30 de março de 2012

COPIAR-COLAR NA ESCOLA

Ctrl C Ctrl V, o plágio escolar
A falta de planejmento escolar é um dos fatores que favorecem o plágio
A internet disponibiliza milhares de publicações, textos, artigos, livros, trabalho acadêmico dos mais variados temas, tornando esta ferramenta a maior fonte de pesquisa acessível. A internet vem se tornando o meio mais rápido de obtenção de informações e de aprendizagem.
A pesquisa, de modo geral, é em sua essência uma coleta de informações que visa produzir resultados de novas informações e novos conhecimentos a partir da análise, desconstrução e reconstrução desses mesmos conhecimentos.
Com a expansão do acesso e uso da internet, que em termos gerais tende a ser benéfica, há aqueles estudantes que utilizam dos trabalhos, artigos e textos encontrados na web não para se orientarem ou tomarem ciência do conteúdo de determinado tema exposto em sala de aula, mas utilizam do expediente do plágio para copiar textos ou excertos de documentos que são impressos e entregues ao professor como sendo de sua autoria.
É perceptível o aumento de queixas de professores, principalmente do ensino médio e superior, sobre pesquisas escolares copiadas na íntegra ou parcialmente, passando a ideia de que a internet vem reforçar uma cultura de copiar e colar que até então era feita de forma rudimentar. O que de fato ocorre é que os trabalhos copiados eletronicamente são, de forma geral, bem mais ricos em termos de informação, conteúdo e imagens, com um custo relativamente menor.
Conforme sustentam alguns estudiosos do assunto, as pesquisas escolares apresentadas como simples cópias de textos têm origem em uma série de fatores ligados diretamente à atuação do professor, dentre as quais destacamos:
- Falta de planejamento pedagógico do professor
- Maior clareza dos procedimentos para executar uma pesquisa
- Maior disposição dos professores em orientar os alunos para uma produção analítica e crítica do trabalho escolar
- A pesquisa escolar é um processo, onde o aluno precisa ser assistido, orientado, apoiado e não apenas avaliado depois de finalizado o trabalho.
Sendo assim, a origem do problema da metodologia de copiar e colar empregada pelos alunos não está em uma “falha de caráter dos alunos”, na sua “preguiça de ler e resumir” ou na “facilidade com que se pode copiar e colar textos inteiros ou excertos e imagens da Internet”, mas sim na incapacidade do professor de propor, apoiar, acompanhar e participar com o aluno de pesquisas onde a cópia pura e simples não atenda aos requisitos previamente definidos na tarefa.
O certo é que nesse processo, o aluno é a pessoa mais prejudicada pelo plágio, pois acaba perdendo não só o direito de aprender o conteúdo do tema, mas também da forma utilizada para produzir tal conhecimento.
A questão do plágio escolar é um problema que deve ser enfrentado, pois os alunos estão utilizando desse expediente fraudulento cada vez mais cedo e a punição é branda, chegando ao máximo a ter seu trabalho escolar anulado e não havendo qualquer outro tipo de pena mais severa para intimidar essa prática que vem sendo muito disseminada.
O plágio vai contra a ética e a moral, e o único perdedor nessa história é o aluno, que deixa de aprender ao ter esse tipo de atitude. É certo que a educação pública brasileira vai “mal das pernas”, mas não é possível aceitar a desonestidade. Claro que há limitações para a construção de qualquer trabalho escolar/científico, desde o mais simples, e, a priori, os alunos são capazes de contribuir com o seu conhecimento. Todavia, para desempenho de tal função é preciso que os estudantes sigam normas, e os textos de outros autores pode e deve servir de base para a construção do trabalho, o que não deve acontecer são copias dos textos e trabalhos.
Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

ENQUANTO ISSO ...

(Fonte: charge de Gama, jornal online Brasil de Fato)

NO BLOG DA URBANISTA RAQUELROLNIK

Na semana passada, o jornal Estado de S. Paulo divulgou, com base em pesquisa realizada na Escola Politécnica da USP, que 25% de toda a área construída da cidade de São Paulo é usada para garagens. Essa situação não é fruto do acaso: a legislação da cidade de São Paulo obriga que todos os imóveis construídos tenham vagas de estacionamento, gerando assim uma espécie de simbiose entre o processo de produção da cidade e a inevitabilidade do modelo de circulação baseado no uso do automóvel.
Hoje, cada unidade residencial, seja vertical ou horizontal, tem que ter ao menos uma vaga de estacionamento. De acordo com a legislação, nos imóveis com até 200m² de área construída deve haver uma vaga; entre 200m² e 500m², duas ; e, acima de 500m², três vagas. Para imóveis comerciais, a cada 35m² de área construída é necessário uma vaga; em museus, isso se dá a cada 15m² de área construída, e, em hospitais, a cada 50m².
Para além dos 25% da área construída de São Paulo destinada a estacionamentos, ou seja, espaços que os automóveis ocupam dentro dos lotes, é preciso considerar também o enorme espaço que estes veículos ocupam nas vias públicas. Acho que é possível dizer que a maior parte de nossos espaços públicos, excluindo parques e praças, é ocupada por veículos automotores.
O fato é que quanto mais farto, fácil e barato os estacionamentos, maior é o estímulo para a compra e uso de mais automóveis, o que vai redundar em mais necessidade de espaço para acomodá-los, dentro e fora dos lotes. No limite, uma hora vamos ter que ter cidades inteiras só para os carros.
A realidade é que nosso modelo urbanístico de cidade estimula o uso do carro, consome um enorme espaço, público e privado, e não tem atendido as necessidades de circulação da população. Nesse momento em que a questão da (i)mobilidade urbana vem sendo tão discutida, não basta pensar alternativas para a melhoria dos transportes e do trânsito. É necessária uma reflexão mais profunda sobre o modelo urbanístico de nossas cidades, que passa, inclusive, pela forma como a legislação que rege as construções da cidade trata o tema.
Texto originalmente publicado no Yahoo! Blogs.

RESPOSTAS QUE NÃO PRECISAM DE MAIS QUE UMA PALAVRA

É possível escrever bem sem ler muito?Não!


(Fonte:Millor Fernandes em entrevista a  Revista Língua Portuguesa 2005)

quinta-feira, 29 de março de 2012

ISTO É MILLOR FERNANDES (FRASES)

Chato...Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.



Jamais diga uma mentira que não possa provar.


Quem mata o tempo não é assassino, mas sim um suicida.

na poça da rua
o vira-lata
lambe a lua



                 BIOGRAFIAZINHA DE MILLOR FERNANDES




Nascido no bairro do Méier, Millôr sempre fez piada em relação ao seu registro de nascimento. Costumava brincar que percebeu somente aos 17 anos que o seu nome havia sido escrito errado na certidão: onde deveria estar Milton, leu “Millôr” (o corte da letra “t” confundia-se com um acento circunflexo, e o “n” com um “r”). Seja como for, gostou do novo nome e o adotaria a partir de então. “Milton nunca foi uma boa escolha”, comentaria anos mais tarde, durante uma entrevista. A data de nascimento também não estaria correta: em vez de 27 de maio de 1924, ele teria nascido em 16 de agosto do ano anterior.

Desenhista, tradutor, jornalista, roteirista de cinema e dramaturgo, Millôr foi um raro artista que obteve grande sucesso, de crítica e público, em todas as áreas em que se atreveu trabalhar.
(Fonte: Pop & Arte/ Globo.com)


LIVROS DA FUVEST : BOA LITERATURA ?

Os livros que FUVEST/UNICAMP indicam  para seus vestibulares são escolhidos dentro de um cânone estabelecido. Cânone é um modelo, um texto consagrado por um grupo de críticos e que faz parte daquilo que se considera grande literatura de um país. Dentro do cânone brasileiro estão Machado de Assis, José de Alencar, Álvares de Azevedo, Castro Alves, Graciliano Ramos, para só citar alguns. Os textos consagrados em antologias, histórias da literatura, livros didáticos  fazem parte daquilo que uma parcela de críticos decidiu que é alta literatura.
Pois bem, os textos da FUVEST fazem parte desses textos famosos. A ideia é forçar o aluno a ler algumas das "obras primas" da literatura brasileira. Aí está o problema, alguns até são boa literatura, outros são apenas romances mal escritos, seguidores de receitas literárias do período, pobrezas literárias elevadas à categoria de "arte".
É o caso , por exemplo, do romance Til de José de Alencar: grande porcaria literária (já que Alencar produziu também boas obras, mas nem tanto...). Enredo ingênuo para moças do Romantismo, nenhuma profundidade, liçãozinha de moral ridícula, escrita das piores. Pior que isso só professores chorando em aula ao dar o infantil e bobo poema "Canção do exílio" ("Minha terra tem palmeiras"...blábláblá) de Gonçalves Dias...Para achar tudo isso alta literatura é preciso não ter lido nada de qualidade...
É preciso repensar esses livros indicados para vestibular já.
                                     (FRANCISCO  CARVALHO)

quarta-feira, 28 de março de 2012

SE ELE ESTÁ DIZENDO...

LER É SÓ A SÉTIMA ATIVIDADE FAVORITA DO BRASILEIRO

Brasília – O índice de brasileiros que prefere ler no seu tempo livre caiu de 36% entre 2007 para 28% em 2011. É o que aponta a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada nesta quinta-feira 28 pelo Instituto Pró-Livro.
O estudo tem como objetivo identificar os hábitos e as preferências dos leitores brasileiros. Assistir televisão continua sendo a atividade preferida e foi escolhida por 85% dos entrevistados. Em seguida aparecem escutar música ou rádio (52%), descansar (51%) e reunir-se com amigos e a família (44%). Cada entrevistado escolheu até cinco opções.
A leitura – incluindo jornais, livros, revistas e textos na internet – aparece em sétimo lugar na lista das atividades que o brasileiro mais gosta de fazer no seu tempo livre. Enquanto o percentual de entrevistados que declara gostar de ler cai, o grupo dos que aproveitam o tempo ocioso para acessar a internet subiu de 18% para 24% entre 2007 e 2011. A pesquisa também identificou um novo comportamento que não estava no estudo anterior: acessar as redes sociais, indicado como atividade frequente por 18% dos entrevistados.
Setenta e cinco por centro dos entrevistados dizem que leem por prazer e 25% por obrigação. Entre os entrevistados, 49% disseram ler mais hoje do que no passado, 28% acreditaram ler menos e 20% avaliaram que leem na mesma quantidade. A principal razão apontada por aqueles que diminuíram o volume da leitura foi o desinteresse (78%), o que inclui a falta de tempo, a preferência por outras atividades e a “falta de paciência para ler”. Apenas 4% apontaram a dificuldade de acesso aos livros como motivo para ler menos, o que inclui o preço do livro, a falta de bibliotecas perto de casa ou de livrarias.
Entre os participantes, 64% concordaram totalmente com a afirmação “ler bastante pode fazer uma pessoa vencer na vida e melhorar sua situação econômica”. Ao mesmo tempo, a maior parte diz que não conhece ninguém que tenha progredido na vida por ler muito.
O estudo também perguntou ao entrevistado qual era o significado da leitura para ele. Para 64%, a leitura é uma “fonte de conhecimento para a vida”. Entre as principais respostas obtidas estão ainda “fonte de conhecimento para atualização profissional” (41%) e “fonte de conhecimento para a escola” (35%). Apenas 6% consideram a leitura uma atividade cansativa e 5% acham que é entediante.

Por Amanda Cieglinski*
Repórter da Agência Brasil

 Revista Carta Capital - 28.03.2012

FGV ABRE INSCRIÇÕES COM DESCONTO DO VESTIBULAR

Estão abertas a partir desta segunda-feira as inscrições com desconto de 50% para o vestibular de Administração de Empresas da FGV-SP. A taxa é de R$ 75.
No dia 13 de abril, as inscrições seguem, sem desconto (R$ 150) – e vão até 11 de maio.
A FGV oferece ainda a possibilidade de isenção do valor da taxa para os candidatos que cursaram o ensino médio em escola pública.
A prova será em 3 de junho, somente em São Paulo. Mais informações em www.fgv.br/vestibular.

AFINAL DE QUE GOSTAM OS ADOLESCENTES?

Os adolescentes praticamente não compram música (é quase toda pirateada), podem passar longos períodos de tempo sem ver televisão, são muito ativos em redes sociais (como o Facebook), mas ligam pouco ao Twitter – estas conclusões não têm qualquer validade estatística, mas são parte de um relatório elaborado por um estagiário adolescente do banco de investimentos Morgan Stanley. E o documento está  causando furor em todo o mundo.

Matthew Robson tem 15 anos (e sete meses, precisa o documento do Morgan Stanley) e foi-lhe pedido que elaborasse um relatório sobre as preferências dos adolescentes no mundo dos media, com base no seu próprio comportamento e no dos seus amigos.

O resultado foi, nas palavras que antecedem a publicação do relatório, “uma das mais lúcidas e estimulantes análises que já vimos”. O Financial Times fez um artigo com base no documento e a notícia já se espalhou pela imprensa internacional.

A análise de Robson abarca os vários tipos de media. Uma das conclusões apresentadas é a de que os adolescentes não ligam à publicidade online tradicional.

“A maioria dos adolescentes gosta e apoia o marketing viral, dado que frequentemente cria conteúdo humorístico e interessante. Os adolescentes vêem os anúncios em websites (pop ups, banners) como extremamente chatos e sem sentido, e nunca lhes prestam atenção.”

O estagiário do Morgan Stanley observou ainda que os adolescentes raramente ouvem rádio. Quando o fazem é para ouvirem música e, para isso, preferem os sites onde se pode ouvir música a gosto e gratuita. A maioria nunca comprou um CD e opta frequentemente pela pirataria.

Para além disso, são fiéis a programas televisivos, mas, quando estes acabam, podem passar temporadas sem olhar para a TV. O vídeo online também tem roubado tempo que antes era dedicado à televisão tradicional.

Numa conclusão que provavelmente não surpreende a indústria, os adolescentes praticamente não lêem jornais, afirma Robson. A exceção são os gratuitos e alguns jornais tablóides, cujo tamanho é mais apropriado para a leitura em transportes públicos.

“Nenhum adolescente que conheço lê regularmente jornais, uma vez que a maioria não tem o tempo nem está para se chatear  lendo páginas e páginas de texto quando podem ter as notícias resumidas na Internet ou na TV.”

Apesar de, por vezes, quantificar as conclusões (oito em cada dez adolescentes descarrega música ilegalmente, por exemplo), o relatório assume que não tem validade estatística. A metodologia para a elaboração das conclusões não é explicada, mas partes do texto indicam que Robson terá feito um inquérito a adolescentes, misturando os resultados com a sua própria experiência.

O artigo teve um grande impacto entre gestores e presidentes de empresas. Segundo um responsável do Morgan Stanley, citado pela agência noticiosa Bloomberg, o documento provocou cinco a seis vezes mais reacções do que é habitual acontecer com este tipo de relatórios.

Fonte: http://bomdia.eu/

PENSAMENTOS

"Um homem com fome não é um homem livre."
Robert Stevenson Robert-Louis Stevenson   - Escócia 1850 // 1894 Escritor

DO JORNAL "O ESTADO DE SÃO PAULO"

Cerca de 75% dos brasileiros jamais pisaram em uma biblioteca, diz estudo

Pesquisa do Instituto Pró-Livro mostra que 71% da população têm fácil acesso a uma biblioteca


27 de março de 2012 | 23h 19

O desempregado gaúcho Rodrigo Soares tem 31 anos e nunca foi a uma biblioteca. Na tarde desta terça-feira, ele lia uma revista na porta da Biblioteca São Paulo, zona norte da cidade. "A correria acaba nos forçando a esquecer essas coisas." E Soares não está sozinho. Cerca de 75% da população brasileira jamais pisou numa biblioteca - apesar de quase o mesmo porcentual (71%) afirmar saber da existência de uma biblioteca pública em sua cidade e ter fácil acesso a ela. Vão à biblioteca frequentemente apenas 8% dos brasileiros, enquanto 17% o fazem de vez em quando. Além disso, o uso frequente desse espaço caiu de 11% para 7% entre 2007 e 2011. A maioria (55%) dos frequentadores é do sexo masculino.
Os dados fazem parte da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro (IPL), o mais completo estudo sobre comportamento leitor. O Estado teve acesso com exclusividade a parte do levantamento, cuja íntegra será divulgada nesta quarta-feira em Brasília.
Para a presidente do IPL, Karine Pansa, os dados colhidos pelo Ibope Inteligência mostram que o desafio, em geral, não é mais possibilitar o acesso ao equipamento, mas fazer com que as pessoas o utilizem. "O maior desafio é transformar as bibliotecas em locais agradáveis, onde as pessoas gostam de estar, com prazer. Não só para estudar."
A preocupação de Karine faz todo sentido quando se joga uma luz sobre os dados. Ao serem questionados sobre o que a biblioteca representa, 71% dos participantes responderam que o local é "para estudar". Em segundo lugar aparece "um lugar para pesquisa", seguido de "lugar para estudantes". Só 16% disseram que a biblioteca existe "para emprestar livros de literatura". "Um lugar para lazer" aparece com 12% de respostas.

terça-feira, 27 de março de 2012

REDAÇÃO: NÃO SE ESTÁ BUSCANDO FORMAR ESCRITORES

O objetivo de uma aula de redação não é formar escritores. Não se pretende formar algo parecido com Machado de Assis, Guimarães Rosa, Shakespeare etc. Trata-se de ensinar a se comunicar por escrito de maneira correta, coesa, precisa a fim de que o outro entenda suas ideias. Os pontos centrais são a clareza e a organização. Quem ler o seu texto precisa entender sobre o que você está  escrevendo, pois estaremos pelo resto da vida produzindo textos ou lendo-os. Não se pretende um aprofundamento artístico da escrita próprio desses escritores importantes, mas de organizar o básico, aprender a pensar e a expor o pensamento. É só.(FRANCISCO CARVALHO)

FOTOGRAFIA : DESENHAR COM LUZ E CORES E FORMAS

FESTIVAL DE DOCUMENTÁRIOS GRÁTIS

Impossível ficar longe do festival de documentários "É tudo verdade". Os melhores documentários do Brasil e do mundo circulam por  aqui com seus diretores facilmente acessíveis para conversas e debates. Os filmes são grátis e recomendo o Cinesesc na Rua Augusta, próximo à Avenida Paulista ou o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). Mais informações:

http://www.itsalltrue.com.br/2012b/index.asp

segunda-feira, 26 de março de 2012

A ARTE ESTÁ EM TODO LADO

Pensamento
Vergílio Ferreira Vergílio António Ferreira Portugal 1916 // 1996 Escritor/Ensaísta/Professor
  Nós não nos damos conta de como a arte nos trespassa de todo o lado. Anotar isso aos que vaticinam a morte da arte. Isto ao nível mais corriqueiro. Dispor os móveis numa sala é fazer arte. Ou olhar uma paisagem, pôr uma flor na lapela, ou num vaso. Escolher uma gravata, uns sapatos. Provar um fato. Pentear-se. Fazer a barba ou apará-la quando comprida. Todas as coisas de cerimónia têm que ver com a arte. E o corte das unhas.
Todo o jogo. Toda a verdade que releva da emoção. Às vezes mesmo a escolha do papel higiénico. Mas mesmo a desordem. Bergson, creio, dizia que se tudo fosse desordenado, nós acabaríamos por ler aí uma ordem. E não é o que fazemos ao inventarmos as constelações? Admitir a morte da arte é admitir a morte do homem, que impõe essa arte a tudo o que vê. Mas tenho de ir à casa de banho. A ver se invento arte mesmo aí.

BEM BRASIL...

TRISTE REALIDADE

APRENDENDO A HISTÓRIA DO CINEMA...NO CINEMA

Dois filmes contemporâneos nos falam de como o cinema começou: O artista, que ganhou o Oscar, e A invenção de Hugo Cabret. Se seguirmos a ordem cronológica da história do cinema teremos  Hugo Cabret primeiro, pois trata dos primórdios do cinema, de quando ele começou a arrebatar multidões e levar a elas alegria, sustos, emoções. O filme de Martin Scorcese homenageia Mélies, um dos primeiros a fazer filmes que encantaram multidões na França. E o melhor: isso é feito sem ficar seguindo chatas e previsíveis biografias hollywoodianas, mas enveredando por um caminho divertido, criativo, de visual estonteante como só os efeitos especiais hollywoodianos conseguem. Além da diversão, aprende-se como foi o começo do cinema, como foram os primeiros filmes e seus diretores.Vale a pena conferir, um clichê verdadeiro nesse caso.
O artista trata da chegada do som ao cinema e todos os problemas e soluções que isso trouxe. Além disso, o filme é totalmente mudo  e em preto e branco.
Que tal assistir aos dois nessa ordem e aprender mais sobre a arte do cinema?

FOTOGRAFIA : DESENHAR COM LUZ

Incrível: bastam luz , formas , poucas cores, sensibilidade total  e  algo aparentemente banal como um travesseiro numa cama se transforma em algo magnífico. As pequenas coisas têm vida e beleza.
(Fotografia.blogspot.com)

LÍNGUA E VISÃO DE MUNDO

O editor da revista Língua Portuguesa , Luís Costa, levantou em pequeno artigo na revista online a questão de a língua refletir a visão de mundo. Por exemplo, por que árvore em português é palavra feminina e em espanhol é árbol masculina ? A língua revela como um povo pensa o mundo, como ele o vê. Por isso também saber outras línguas é fascinante e nos faz entender e valorizar ainda mais a nossa.

Artigo:

A linguista argentina Ivonne Bordelois (no livro A Palavra Ameaçada) mostra a diferença entre os falantes do português/espanhol e da língua inglesa com relação ao verbos "sonhar", "pensar", "apresentar" (amigos), que revela como cada comunidade linguística intui a relação das pessoas com as outras pessoas à sua volta.

Falantes do português
# Sonham com alguém      Acompanham a cena/pessoa.

# Pensamos em algo ou alguém Como se mergulhássemos nele.


# Apresentam um amigo  Oferecemos, presenteamos
Falantes do inglêsSonham a respeito de (to dream of)Pensar mais indiferente/ cada um por si
Pensam sobre (thinks of)Atitude desconfiada, tudo lhe é estranho.
Cuidado com outro pode não ser premissa saxônica,
se pesarmos só o idioma.
Introduzem um amigo (introduce)Largam o amigo entre desconhecidos
(LUÍS COSTA, REVISTA LÍNGUA PORTUGUESA)

quinta-feira, 22 de março de 2012

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

QUADRINHOS DE CHARLES SCHULZ : PRISÃO PERPÉTUA

EINSTEIN ENSINA

"Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso." ALBERT EINSTEIN

NO BRASIL FALTAM PROFESSORES DE QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA

Vagas no ensino médio


Déficit docente em disciplinas como física e química levanta a possibilidade de especialistas trabalharem em sala de aula, apesar de a ideia encontrar resistência


Gabriel Jareta
A falta de professores nas disciplinas específicas do ensino médio é um dos cenários mais agudos do déficit de docentes na Educação Básica brasileira. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a demanda de professores para as disciplinas de física, química e biologia está em 56,6 mil para cada uma delas, mas o número de docentes está distante do esperado. Para química, por exemplo, o país conta hoje com 8,4 mil licenciados em exercício, enquanto que, para física, o número é ainda menor: apenas 6,1 mil docentes com licenciatura específica. Enquanto a formação não consegue suprir as lacunas imediatas, e com boa parte dos formandos desinteressada em seguir carreira na sala de aula, uma alternativa seria contar com profissionais especialistas aposentados, como engenheiros e economistas, para ocupar essas vagas. Embora a ideia funcione bem em países como os Estados Unidos, onde lecionar se torna uma opção de carreira para especialistas aposentados (veja texto), a ideia ainda encontra raros adeptos no Brasil.

Continue lendo: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/179/vagas-no-ensino-medio-251798-1.asp

terça-feira, 20 de março de 2012

AMOR (POR OCTÁVIO PAZ)

"O amor é uma tentativa de penetrar no íntimo de outro ser humano, mas só pode ter sucesso se a rendição for mútua."

FOTO MARAVILHOSA - AGED SENATOR (AS MELHORES FOTOGRAFIAS DO FICKR)

PRECONCEITO CONTRA A LINGUAGEM ADOLESCENTE

Há, por parte de muita gente, um preconceito contra a linguagem dos alunos: condenam as gírias, satirizam expressões, questionam a pobreza de vocabulário. Desde que isso não apareça na redação, qual o problema? O bom falante de português é aquele que sabe se adaptar às circunstâncias, aos contextos. E por isso fala ( ou escreve) vários tipos de português diariamente.
Numa redação, seja ela uma narração ou uma dissertação, por exemplo, usa-se uma linguagem mais culta, mais apropriada para lidar com um público de leitores amplo. Então é necessário cuidado com a linguagem. Para se escrever um e-mail pessoal usa-se uma forma, para um e-mail mais profissional outra, para se comunicar com amigos no Facebook escreve-se de uma forma, para mandar SMS  de outra. Para escrever redação, usa-se uma linguagem mais culta. Na escola se aprende essa linguagem. A outra a gente já entrou na escola sabendo. Mas, atenção, não é uma linguagem inferior ou que deve ser evitada. Depende do contexto, do lugar. É preciso ser fluente em português, saber bem o das ruas e o da escola. E sair se comunicando.

ATIVISMO ONLINE MUDA ALGUMA COISA?

Um excelente artigo foi publicado no Link do jornal "O Estado de São Paulo" online. Discute uma questão bastante presente na mídia atualmente: o ATIVISMO ONLINE. Como pequenas intervenções pela internet podem interferir no mundo. Dos artigos que tenho lido sobre o tema é um dos melhores. Indico o link para quem quiser ler o artigo completo. Vale a pena. É um possível tema para redação de vestibular.

http://blogs.estadao.com.br/link/causa-e-consequencias/

TRECHOS DO ARTIGO:


“Antes de Kony 2012, o maior sucesso viral do YouTube era Susan Boyle. Agora, o mundo está discutindo como eliminar a distância entre o mundo que temos e o mundo mais seguro e pacífico que todos querem.” As palavras são de Emma Ruby-Sachs, advogada e jornalista que dirige campanhas para a ONG Avaaz.
Um milhão de assinaturas é um mero zumbido perto do estrondo que foi Kony 2012. Com o vídeo dirigido por Jason Russell, o mundo do ativismo online foi jogado num patamar muito mais alto do que aquele com que estava acostumado. Até sexta-feira passada, eram 110 milhões de visualizações na web. Com isso, o filme sobre o “senhor da guerra” de Uganda se tornou oficialmente o maior viral de todos os tempos. E, como lembrou Emma Ruby-Sachs, é o único dos 15 mais viralizados da história que trata de uma causa."


"É a militância que não sai na rua, mas se espalha através de links, e-mails e redes sociais. O filme mostrou o quão poderosa pode ser essa onda de cliques dos cidadãos comuns.
Kony 2012 mobilizou milhões de cidadãos americanos na rede, que exigiram posicionamento do Congresso americano e do presidente Barack Obama a respeito da questão. Surtiu efeito: “Parabenizamos a mobilização das centenas de milhares de americanos”, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney."


"Esse processo gerou discussões sobre as consequências do ativismo na web. Por um lado, questões sérias ganham um alcance antes impensável com a internet e as redes sociais. Mas, por outro, o imediatismo que caracteriza grande parte desse engajamento gera preocupação. “É preciso tempo para se comunicar, entender e tomar decisões politicas”, opina Kelly Prudencio. “O ativismo na internet força a barra nesse sentido. O vídeo do Kony obriga as pessoas a assimilarem um conteúdo complexo muito rapidamente e tomar atitudes a partir dele.”

Ethan Zuckerman, cofundador do Global Voices e diretor do Centro de Mídia Cívica do Massachusetts Institute of Technology (MIT), foi um dos engrossam o coro da oposição.
“A campanha é atraente porque oferece uma narrativa bem simples: Kony é um personagem mau, um ser humano horrível cuja captura acabará com o sofrimento do povo do norte da Uganda. Se fizermos a nossa parte, influenciarmos pessoas poderosas, a mais potente força militar do mundo agirá e Kony será capturado”, diz Zuckerman.
“É uma história com uma solução simples e que se apoia em narrativas existentes sobre uma suposta ingovernabilidade da África, o poder militar dos EUA e a necessidade de se trazer à tona conflitos desconhecidos”, afirma ele, apontando “consequências imprevisíveis” como o apoio internacional ao ditador de Uganda, Yoweri Museveni, já no seu quarto mandato, escolhido em uma eleição vista como fraudada por observadores da União Europeia, segundo Ethan.

O DEBATE ESTÁ ABERTO. E VOCÊ, O QUE PENSA?

segunda-feira, 19 de março de 2012

FOTOGRAFIA (DO GREGO: "DESENHAR COM LUZ" ) - FOTOGRAFIA DE KEITH AGGETT

MAIS UMA DO CARTUNISTA LAERTE

DICAS DE DISSERTAÇÃO: NÃO COLOQUE SÓ INFORMAÇÕES

Há dois tipos de dissertação: a expositiva e a argumentativa. Na redação expositiva você apenas expõe organizadamente fatos, dados, resumos, informações em geral. É claro que se você lê jornais, revistas, vê filmes, está ligado no que acontece no mundo, isso se torna uma tarefa fácil. E a dissertação se torna um ajuntamento de dados. A dissertação argumentativa é a preferida pelos vestibulares. Nela você precisa expor sua opinião a respeito dos fatos, dos dados, das informações em geral. Nela é necessário encontrar um ponto de vista e defendê-lo. Por isso se torna uma tarefa mais complexa e reveladora das suas insuficiências ou das suas qualidades. Recomenda-se ler artigos opinativos na mídia para ver o que os autores pensam sobre o que está acontecendo. Com eles aprendemos também a formar nossa própria opinião. Atenção a isso.(FRANCISCO CARVALHO)

domingo, 18 de março de 2012

PARA PAIS ATENTOS: LITERATURA INFANTIL POR DUAS AUTORAS ( REVISTA "LÍNGUA PORTUGUESA" , EDIÇÃO 77)

Qual o problema mais grave que vê nos infantis mal escritos?


As pessoas escrevem como quem escreve para o curso colegial. Não tem nenhum traço literário naquilo. E a maior parte não sabe o que é criança. Tem gente sem noção nenhuma, que faz historinhas sobre os próprios filhos, os netos, o cachorro... Saem falsas. Outra coisa que sai bobo são histórias de objetos humanizados, tipo, "a história da xícara que se apaixonou pelo pires...". Bicho a gente humaniza com facilidade. Estão aí as fábulas. Você faz uma história de bicho, e as pessoas leem e sabem que é sobre gente. Mas o pior é que as pessoas não têm uma história para contar. Param no meio, e quando fecham, é uma bobagem.

Ruth Rocha , criadora de Marcelo, Martelo, Marmelo , em entrevista a Rachel Bonino,
Língua 32, junho de 2008. A autora teve entre seus mais recentes lançamentos
uma versão da Ilíada , de Homero, editada pela editora Salamandra



Que cuidados se deve tomar ao criar livros infantis?

Primeiro, respeitar a inteligência da criança. Elas entendem tudo muito bem, não são bobinhas. Muitas das clássicas fábulas com bichos se comportando como gente não eram escritas de olho no público infantil, eram críticas disfarçadas aos governos. Na Europa, fábulas eram muitas vezes metáforas, comentários sobre o mundo. E caíram no gosto das crianças. Segundo, e sem cair num papo politicamente correto, é preciso evitar que aspectos físicos, religiosos e étnicos dos personagens sejam associados a maus instintos. Não é preciso falar nisso, mostrar um corcunda mau, uma madrasta ruim. (...) É preciso, afinal, evitar a todo custo a mania de dar moral à história. Não é preciso empurrar uma verdade goela abaixo. (...) Aprendi bem cedo que tudo na vida tem vários aspectos. (...) Quando descobri Lobato, de cara quis ser Emília, ela também contesta a moral das histórias. Há uma passagem do Sítio, ao ouvir uma história em que a moral era "Fazer o bem sem olhar a quem", Emília saltou indignada: "Fazer o bem a quem merece, isso sim". Não é preciso querer ensinar algo à criança, porque ela no fundo não gosta de estudar, gosta é de aprender e apreender o ambiente, o mundo, a vida em volta. Quem não atrapalha já ajuda muito.

Tatiana Belinky , de U m Caldeirão de Poemas (Cia. das Letras), a Luiz Costa Pereira Junior , Língua 55 , maio de 2010. Em maio, ela foi a patronesse da VI Flipoços, de Poços de Caldas (MG)

sexta-feira, 16 de março de 2012

TIRINHAS PARA RIR E PENSAR

FONTE :  BLOG DE QUADRINHOS  "MALVADOS", NÚMERO 1584

AUTOR PUBLICA CONTO DE TERROR FEITO PARA O TWITTER





Anita Porfirio
6 de março de 2012
Você pode não reconhecer o nome de R. L. Stine. Mas, nos Estados Unidos, ele é bem famoso por ter escrito uma série de livros de suspense para adolescentes chamada Goosebumps (ou “arrepios”). No Brasil, a série ficou mais conhecida por sua adaptação para a televisão, produzida entre 1995 e 1998, que passava no extinto canal Fox Kids.
Embora a obra tenha sido publicada há mais de 20 anos, Stine ainda mantém uma legião de fãs. No Twitter, pelo menos, esta legião é de mais de 47 mil pessoas. Para agradecer a esse carinho, no dia 15 de fevereiro, o autor escreveu um conto de terror inédito na sua conta do microblog. Em 9 tweets, ele contou uma história com início, meio e fim. Os seguidores aprovaram – e retuitaram.(SITE DA REVISTA SUPERINTERESSANTE, EDITORA ABRIL)


COMENTÁRIO DO PROFESSOR FRANCISCO CARVALHO:
As narrativas nunca saíram de moda.Ler muito menos.Existem hoje novos suportes para se contar uma boa história. E as pessoas leem, adoram, viram fãs do autor. Ler não é só fazer a leitura de "grandes" autores que a escola apresenta, mas também buscar as inúmeras formas de texto hoje apresentadas e se divertir com aquilo que te interessa. É claro que junto a essas leituras podemos acrescentar os clássicos, que têm esse nome por serem de conhecimento obrigatório de qualquer pessoa. Leia contos no twitter, mas encontre também o autor clássico que te interessa. Leia e se divirta, leia e adquira conhecimento. E - por que não? - escreva seu mini-conto no twitter.

AS APARÊNCIAS ENGANAM

quinta-feira, 15 de março de 2012

UMA ESCOLA DIFERENTE (REVISTA "VIDA SIMPLES")

Escola da vida

Fundada pelo filósofo Alain de Botton e prestes a abrir suas portas por aqui, essa escola leva para a sala de aula assuntos do cotidiano e sentimentos como frustração, angústia e desejos


02/03/2012


Vida-Simples
Foto: Charlotte de Botton
Foto: Para Alain de Botton, os temas abordados nas aulas, um misto de psicoterapia com educação humanista, ajudam a reduzir a carga dos nossos problemas
Para Alain de Botton, os temas abordados nas aulas, um misto de psicoterapia com educação humanista, ajudam a reduzir a carga dos nossos problemas

Um dos maiores medos na vida do estudante é fazer provas. Um momento tenso, cheio de exigências. Para ter sucesso, é necessário calma e ter estudado antes. Por maior que seja o esforço, sempre falta alguma coisa, sempre fica uma dúvida. E, de repente, o aluno se vê frente a frente com um espaço em branco que exige ser preenchido. Não é à toa que muitas pessoas sofrem do famoso "branco", um esquecimento repentino motivado pelo nervosismo.

Normalmente, em uma prova escolar precisamos responder quais foram as causas econômicas da Segunda Guerra Mundial, a solução para questões matemáticas, a velocidade de um trem ao chegar a uma cidade desconhecida. Na teoria, a escola está nos preparando para a vida. Mas que tipo de vida? Basicamente, para uma vida de trabalho. Mas e o resto? E as decepções, as dificuldades, os grandes desafios que estão para além da porta do escritório? Como podemos nos preparar para as provas diárias da vida?

E se, em vez de tudo isso, a escola perguntasse a seu aluno: "Existe algo que você sempre sonhou em fazer? Por que não fez?" Melhor: e se essa questão não estivesse numa prova e sim fosse um assunto de conversa livre com o professor. Ainda mais inimaginável: e se as dúvidas dos alunos fossem o tema de aula, palestra ou café?
Desde setembro de 2008, 50 mil pessoas passaram por uma escola capaz de responder à pergunta acima. Aliás, a situação descrita é realidade na Escola da Vida (The School of Life), um centro de aprendizado em Londres fundado para trazer de volta à escola quem ainda mantém viva sua fome por conhecimento. A questão acima existe de fato e está no "menu de conversas" de um café da manhã promovido pelo lugar.

São oferecidos cursos, palestras, refeições com conversa, experiências de fim de semana e até sermões dominicais, voltados à "realização pessoal" e a uma "vida melhor", conforme descreve o material oficial. "Todos nascemos com um desejo inato de juntar conhecimento, mais do que isso, conhecimento sobre nós mesmos. O que mata essa fome é a maneira tradicional pela qual as escolas e as universidades ensinam as pessoas. A maioria das escolas ensina coisas inúteis e deixa de ensinar o mais importante: autoconfiança, como lidar com os relacionamentos e pensamento estratégico", afirma Alain de Botton, filósofo suíço e um dos fundadores da escola.
No programa da Escola da Vida constam disciplinas que se encaixam em muitas áreas das ciências humanas. De Botton explica o porquê: "O benefício de disciplinas como literatura, psicanálise, teatro, pintura, história, teoria política e fotografia se desdobra de duas maneiras: primeiro, elas ajudam a entender nossa condição. Elas tornam os problemas menos isolados e perturbadores. Não deixaremos de sofrer e morrer, mas teremos um pouco mais de conhecimento sobre o que acontece conosco". É uma tentativa de devolver às ciências a sua humanidade.

Ele sabe bem do que está falando. Sua carreira de filósofo é quase inteiramente dedicada a reaproximar as pessoas comuns de assuntos que parecem demasiado distantes ou acadêmicos. Até programa na televisão o filósofo suíço já teve. "Atualmente, dizer que alguém é filósofo parece uma piada, uma função antiquada e diletante. A culpa não é de um público ruim. Os filósofos são inteiramente responsáveis por isso. Eles simplesmente não conseguem falar a um público amplo sobre as coisas que ele pode entender e considera relevante", afirma De Botton.

Em novembro do ano passado, Alain de Botton esteve em São Paulo e anunciou uma unidade da Escola da Vida na capital paulista. Já existe uma equipe tratando dos detalhes necessários para a abertura da filial. Ainda este ano deve acontecer a inauguração e a divulgação de maiores detalhes. "Agora estamos avaliando uma variedade de possíveis parceiros e opções (de localização)", afirmou o filósofo e escritor.



FOTOS CRIATIVAS (SORVETE DE NUVENS?)

USP: SIMPLESMENTE A MELHOR

14/03/2012 - 21h00

USP está entre as 70 instituições com melhor reputação no mundo

A USP (Universidade de São Paulo) deu um salto e aparece entre as 70 instituições de ensino superior com melhor reputação no mundo, segundo ranking do THE (Times Higher Education) publicado em Londres.(FOLHA DE SÃO PAULO ONLINE)

Comentário de Francisco Carvalho:
Seriedade, pesquisa, dedicação. Dentro do horror que são as instituições brasileiras a USP sempre se destaca pelo seu nível de excelência.E, logicamente, seleciona os melhores, para continuar seu círculo virtuoso.Não se entra de graça na USP. É preciso estudar, dedicar-se, ter disciplina. A recompensa é entrar numa das melhores universidades do mundo.

PARA SABER MAIS: http://www1.folha.uol.com.br/saber/1061826-usp-esta-entre-as-70-instituicoes-com-melhor-reputacao-no-mundo.shtml


quarta-feira, 14 de março de 2012

CHARGE DE LAERTE



O  CHARGISTA POR ELE MESMO


Laerte

DIVERTIDA ANÁLISE DE "AI SE EU TE PEGO" DE MICHEL TELÓ

O colunista do jornal online Correio da Cidadania, Gabriel Perrisé, faz uma irônica e divertida análise da letra da música de Michel Teló "Ai se eu te pego". Faz aproximações com produções literárias de grandes autores da literatura brasileira tornando seu texto engraçadíssimo.

"AI SE EU TE PEGO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA" Imprimir E-mail
Escrito por Gabriel Perissé   
Sexta, 13 de Janeiro de 2012

Analiso abaixo a letra da canção “Ai se eu te pego”, interpretada por Michel Teló, sucesso nacional e internacional. Na primeira estrofe, temos...

Sábado na balada
A galera começou a dançar
E passou a menina mais linda
Tomei coragem e comecei a falar

Cada verso e cada palavra de Teló nos conduzem a universos paralelos da cultura. O primeiro verso faz menção ao “Porque hoje é sábado”, em que Vinícius de Moraes revê a criação do mundo.

A balada a que se refere Teló alude àquele antigo poema com que se narrava alguma tradição histórica, acompanhado ou não por instrumentos musicais. Ou àquela peça puramente instrumental como cultivavam Chopin, Brahms ou Liszt.
A supracitada galera (“turma”, “amigos”, “gente”) de Teló se equipara ao decassílabo “Vogo em minha galera ao som das harpas”, de um poema de Castro Alves.

Reportando-se de novo ao poetinha Vinícius de Moraes (“Garota de Ipanema”), Teló também contempla a menina linda que passa. E vai além. Em êxtase, tomado pela excitação poética, num ato de coragem extrema, o baladeiro se declara:

Nossa, nossa
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego
Delícia, delícia
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego

A dupla exclamação — “nossa, nossa” — nos remete à admiração de que falava Aristóteles como ponto de partida da reflexão filosófica, ou pode se tratar também de uma forma reduzida da interjeição “Nossa Senhora!”, inserindo o poema no amplo cenário (e não menor mercado) das composições religiosas.

Outra referência inconfundível é o locus poético em que amor e morte se encontram — o clássico “morrer de amor”. O verso “Assim você me mata”, que o cantor faz acompanhar com o abanar da mão em direção ao rosto (simulando morte por asfixia ou enfarte), equipara-se a momentos sublimes da poesia romântica de Gonçalves Dias ou Casimiro de Abreu. Há, entre outros exemplos, um soneto em que Camões, dirigindo-se ao Amor, com ele se queixa: “Que vida me darás se tu me matas?”

Aqui termina o poema de Teló, com uma concisão que lembra Paulo Leminski e Mario Quintana.

Mas parece que os imortais que acima citei não gostaram das comparações feitas aqui. Das suas tumbas erguem-se vozes, cantando em uníssono:

Perissé, Perissé
Assim você nos mata!

Gabriel Perissé é doutor em Educação pela USP e escritor.