Buscando diminuir o impacto da subjetividade nos resultados da
redação, o Enem 2012 traz mudanças que prometem aprimorar a correção dos
textos.
A partir deste ano, só poderá haver 200 pontos de diferença entre
a nota do primeiro e do segundo corretor (a redação vale 1.000 pontos).
No ano passado, a discrepância entre as duas correções podia chegar a 300 pontos; e em 2010, a 500.
Ultrapassando a diferença de 200 pontos na redação toda ou de 80
pontos em cada uma das cinco competências, que valem 200 cada, a redação
será encaminhada a um terceiro corretor.
Esse processo já acontecia até 2011, com a diferença de que, no
total da redação, a tolerância máxima era de 300 pontos, não de 200, e
neste ano o terceiro corretor não estará a par das primeiras notas.
Mas a mudança prevê ainda que, se ainda houver discordância entre
a terceira correção e as demais, a prova será encaminhada a uma nova
banca de três corretores presidida por um professor doutor.
Pensar na melhoria da correção das redações do Enem é impossível sem
levar em conta as proporções gigantescas que o exame tomou.
As inscrições cresceram de 157 mil no primeiro ano da prova, em
1998, para mais de 6,2 milhões em 2011. Isso porque o exame passou a ser
utilizado no processo seletivo de cada vez mais instituições de ensino
superior e tornou-se um dos requisitos para quem deseja concorrer a uma
bolsa no ProUni (Programa Universidade para Todos).
Ainda que não sejam 6 milhões de redações a corrigir (há
inscritos que não comparecem, entre os presentes nem todos escrevem o
texto e há as redações anuladas ou inválidas para correção), o volume de
trabalho para os corretores é monstruoso.
Fonte: http://revistalingua.uol.com.br/textos/81/mudancas-no-perfil-do-enem-262651-1.asp
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