terça-feira, 17 de julho de 2012

DA SÉRIE: ESCRITORES SÃO SERES NORMAIS

CULT – Você poderia falar sobre a mulher e a escritora?
Beatriz – Eu estudei literatura brasileira e portuguesa nas PUCs do Rio e de São Paulo, tenho três filhos, sou casada pela segunda vez. Fui editora até 2000, depois saí para um ano sabático e disse para mim mesma: “Vou escrever”. Aí escrevi o livro Azul e Dura e vi que o que eu queria era ficar escrevendo, então saí da editora e me dediquei a escrever.
Bom, como é muito solitária a coisa de escrever, por quatro anos eu dei aulas numa escola de jovens e adultos, ajudei a formar uma biblioteca… Então faço algumas outras coisas, mas minha rotina é: acordo, venho para o escritório de bicicleta, escrevo de 9h até 13h – escrevo ou tento escrever –, leio – ou me atormento porque não consigo escrever –, à tarde às vezes volto e continuo escrevendo.
(Fonte: Revista Cult, edição 143)


ESCRITORA: BEATRIZ BRACHER

Uma das ciclistas que passam de manhã pela Pedroso de Morais, região do Alto de Pinheiros – São Paulo (SP), é a escritora Beatriz Bracher rumo ao escritório onde trabalha, nas imediações. Lá, concebe suas histórias, lê Kafka, Beckett, Nuno Ramos, Coetzee, Rubens Figueiredo, João Gilberto Noll, Flannery O’Connor, Faulkner, Graciliano Ramos (o grande, entre os brasileiros). Depois de ter sido editora (foi uma das fundadoras da bem-sucedida Editora 34, com um catálogo em que figuram, por exemplo, cânones da literatura russa em novas traduções), ela tem ministrado cursos diversos e feito palestras, sem nunca perder de vista a atividade literária.

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