( FRANCISCO CARVALHO)
O tocador de pífaro, de Manet, uma das obras que virá ao Brasil
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Megaexposição no CCBB vai reunir 87 obras impressionistas
Telas de Monet, Gauguin, Renoir, Cézanne, Degas e Van Gogh
pertencentes ao acervo do Museu d'Orsay estarão na mostra, a partir de
agosto, em São Paulo
Desde que o governo francês decidiu instalar no Jardin des Tuileries, em
Paris, um museu consagrado à arte da segunda metade do século 19 e
começo do 20 - ou seja, aos impressionistas - na antiga estação d'Orsay,
nunca se cogitou a saída de um tesouro como O Tocador de Pífaro
(1867), de Manet, a pintura recusada no Salão Oficial de Paris que o
escritor Emile Zola ajudou a tornar histórica escrevendo um ensaio
monumental sobre ela. Pois não só a tela de Manet, mas 86 outras
obras-primas assinadas por Cézanne, Van Gogh, Monet, Renoir, Seurat,
Courbet, Degas e Toulouse-Lautrec, entre outras, estarão expostas em
agosto no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), numa iniciativa
inédita do Musée d'Orsay, que mostra pela primeira vez na América do Sul
o melhor de seu acervo.
A exposição, que segue em outubro para a sede do CCBB do Rio - e depois
para Madri -, é certamente o projeto mais importante nesses 23 anos de
existência da instituição. Tanto que o diretor do CCBB de São Paulo,
Marcos Mantoan, desocupou o quarto andar do prédio, no centro de São
Paulo, para abrigar as preciosidades que o diretor do Musée d'Orsay
separou para mostrar em São Paulo. Impressionado com o cuidado com que
são montadas as exposições da instituição e com a segurança do prédio, o
conservador do museu francês, Guy Cogeval, ofereceu a Mantoan o
empréstimo de obras-primas, entre elas Après Le Repas (1893), de Edouard Vuillard, do qual é o maior especialista.
Entusiasmado
com o sucesso de público de exposições como as de Escher (381 mil
pessoas) e da Índia (400 mil), que termina neste fim de semana, o
diretor Marcos Mantoan estima que a exposição Paris: Impressionismo e
Modernidade deva atrair pelo menos o dobro de visitantes.
A abertura da exposição que vai trazer, a partir de 4 de agosto, as
obras-primas do Museu d'Orsay para o Centro Cultural Banco do Brasil,
inaugura a fase das megaexposições da entidade - isso até mesmo antes da
concretização do monumental projeto que o designer francês Phillipe
Starck prepara para sua nova sede, ainda cercada de mistério. Ela deverá
ocupar, em 2015, uma área enorme onde antes funcionava parte do
Hospital Matarazzo, no quadrilátero formado pela Alameda Rio Claro e as
ruas Pamplona, Itapeva e São Carlos do Pinhal. O diretor do CCBB em São
Paulo, Marcos Mantoan, adianta que a nova sede vai abrigar um grande
teatro, salas de cinema e um amplo espaço para exposições, esclarecendo
que a atual vai continuar promovendo as atividades culturais para as
quais foi destinada."A expansão vem num momento em que o CCBB colocou o Brasil no ranking das exposições mais visitadas do mundo", diz Mantoan, citando a lista das 20 mostras de maior público feita pelo Art Newspaper, que destacou a do artista gráfico holandês M.C. Escher, visitada por 381 mil pessoas entre abril e julho do ano passado.
(Fonte: Estadao.com, 26/04/12, adaptado)
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