terça-feira, 1 de maio de 2012

VAMOS AO MUSEU?

São Paulo é uma cidade com museus que, de certa forma, nada ficam a dever aos museus do mundo. Veja-se o acervo de obras que o MASP possui. E as exposições organizadas pelo CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) do Rio de Janeiro e de São Paulo são admiradas no mundo inteiro como sendo excelentes por sua curadoria, por sua segurança e pelo público. QUE TAL SE MOVER E IR A UM MUSEU DA CIDADE? MUITAS EXPOSIÇÕES ESTÃO OCORRENDO E OUTRAS MARAVILHOSAS ESTÃO POR VIR. QUE TAL APROVEITAR AQUILO QUE POUCAS CIDADES DO MUNDO PODEM OFERECER?
                                     ( FRANCISCO CARVALHO)

O tocador de pífaro, de Manet, uma das obras que virá ao Brasil


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Megaexposição no CCBB vai reunir 87 obras impressionistas

Telas de Monet, Gauguin, Renoir, Cézanne, Degas e Van Gogh pertencentes ao acervo do Museu d'Orsay estarão na mostra, a partir de agosto, em São Paulo


Desde que o governo francês decidiu instalar no Jardin des Tuileries, em Paris, um museu consagrado à arte da segunda metade do século 19 e começo do 20 - ou seja, aos impressionistas - na antiga estação d'Orsay, nunca se cogitou a saída de um tesouro como O Tocador de Pífaro (1867), de Manet, a pintura recusada no Salão Oficial de Paris que o escritor Emile Zola ajudou a tornar histórica escrevendo um ensaio monumental sobre ela. Pois não só a tela de Manet, mas 86 outras obras-primas assinadas por Cézanne, Van Gogh, Monet, Renoir, Seurat, Courbet, Degas e Toulouse-Lautrec, entre outras, estarão expostas em agosto no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), numa iniciativa inédita do Musée d'Orsay, que mostra pela primeira vez na América do Sul o melhor de seu acervo.

A exposição, que segue em outubro para a sede do CCBB do Rio - e depois para Madri -, é certamente o projeto mais importante nesses 23 anos de existência da instituição. Tanto que o diretor do CCBB de São Paulo, Marcos Mantoan, desocupou o quarto andar do prédio, no centro de São Paulo, para abrigar as preciosidades que o diretor do Musée d'Orsay separou para mostrar em São Paulo. Impressionado com o cuidado com que são montadas as exposições da instituição e com a segurança do prédio, o conservador do museu francês, Guy Cogeval, ofereceu a Mantoan o empréstimo de obras-primas, entre elas Après Le Repas (1893), de Edouard Vuillard, do qual é o maior especialista.
Entusiasmado com o sucesso de público de exposições como as de Escher (381 mil pessoas) e da Índia (400 mil), que termina neste fim de semana, o diretor Marcos Mantoan estima que a exposição Paris: Impressionismo e Modernidade deva atrair pelo menos o dobro de visitantes.

A abertura da exposição que vai trazer, a partir de 4 de agosto, as obras-primas do Museu d'Orsay para o Centro Cultural Banco do Brasil, inaugura a fase das megaexposições da entidade - isso até mesmo antes da concretização do monumental projeto que o designer francês Phillipe Starck prepara para sua nova sede, ainda cercada de mistério. Ela deverá ocupar, em 2015, uma área enorme onde antes funcionava parte do Hospital Matarazzo, no quadrilátero formado pela Alameda Rio Claro e as ruas Pamplona, Itapeva e São Carlos do Pinhal. O diretor do CCBB em São Paulo, Marcos Mantoan, adianta que a nova sede vai abrigar um grande teatro, salas de cinema e um amplo espaço para exposições, esclarecendo que a atual vai continuar promovendo as atividades culturais para as quais foi destinada.
"A expansão vem num momento em que o CCBB colocou o Brasil no ranking das exposições mais visitadas do mundo", diz Mantoan, citando a lista das 20 mostras de maior público feita pelo Art Newspaper, que destacou a do artista gráfico holandês M.C. Escher, visitada por 381 mil pessoas entre abril e julho do ano passado.

(Fonte: Estadao.com, 26/04/12, adaptado)




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