quinta-feira, 31 de maio de 2012
BOA NOTÍCIA
Todos os anúncios veiculados em jornais e revistas terão de
informar ao leitor se houve uso de photoshop para manipular imagens de
pessoas
SÓ NÃO LÊ QUEM NÃO QUER
Unesp vai distribuir livros de graça
Segunda fase do projeto ‘De mão em mão’ tem Lima Barreto e Alcântara Machado
28 de maio de 2012 | 14h 30
O projeto “De mão em mão”, parceria entre a Editora Unesp, a Prefeitura de São Paulo e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, entra hoje (28/05) em sua segunda etapa, com dois novos títulos: Contos paulistanos, de Antônio de Alcântara Machado; e A nova Califórnia e outros contos, de Lima Barreto. O projeto foi lançado em dezembro último e já distribuiu à população paulistana cerca de 11 mil exemplares de Missa do Galo, de Machado de Assis.
De acordo com os organizadores, o projeto deve incentivar o gosto pela leitura por meio da disponibilização de livros em locais com ampla circulação de pessoas. Esses pontos de distribuição são quiosques montados nos terminais de ônibus Mercado (integrado ao terminal Parque D. Pedro II, no Centro), Santo Amaro, Pirituba e A. E. Carvalho, em Itaquera. A entrega dos exemplares tem o apoio da SPTrans.
Serão distribuídos 40 mil livros, 20 mil de cada um dos novos títulos, além dos 9 mil exemplares restantes do primeiro livro da coleção. Os quiosques ficarão abertos de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, e aos sábados das 10 às 18h. As obras também estarão disponíveis em versão digital, e poderão em breve ser baixadas gratuitamente pela internet.
O projeto “De mão em mão”, parceria entre a Editora Unesp, a Prefeitura de São Paulo e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, entra hoje (28/05) em sua segunda etapa, com dois novos títulos: Contos paulistanos, de Antônio de Alcântara Machado; e A nova Califórnia e outros contos, de Lima Barreto. O projeto foi lançado em dezembro último e já distribuiu à população paulistana cerca de 11 mil exemplares de Missa do Galo, de Machado de Assis.
De acordo com os organizadores, o projeto deve incentivar o gosto pela leitura por meio da disponibilização de livros em locais com ampla circulação de pessoas. Esses pontos de distribuição são quiosques montados nos terminais de ônibus Mercado (integrado ao terminal Parque D. Pedro II, no Centro), Santo Amaro, Pirituba e A. E. Carvalho, em Itaquera. A entrega dos exemplares tem o apoio da SPTrans.
Serão distribuídos 40 mil livros, 20 mil de cada um dos novos títulos, além dos 9 mil exemplares restantes do primeiro livro da coleção. Os quiosques ficarão abertos de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, e aos sábados das 10 às 18h. As obras também estarão disponíveis em versão digital, e poderão em breve ser baixadas gratuitamente pela internet.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
O POETA PAULO LEMINSKI
Paulo Leminski nasceu aos 24 de agosto de 1944 na cidade de Curitiba, Paraná. Em 1964, já em São Paulo, SP, publica poemas na revista "Invenção", porta voz da poesia concreta paulista. Casa-se, em 1968, com a poeta Alice Ruiz. Teve dois filhos: Miguel Ângelo, falecido aos 10 anos; Áurea Alice e Estrela. De 1970 a 1989, em Curitiba, trabalha como redator de publicidade. Compositor, tem suas canções gravadas por Caetano Veloso e pelo conjunto "A Cor do Som". Publica, em 1975, o romance experimental "Catatau". Traduziu, nesse período, obras de James Joyce, John Lenom, Samuel Becktett, Alfred Jarry, entre outros, colaborando, também, com o suplemento "Folhetim" do jornal "Folha de São Paulo" e com a revista "Veja". No dia 07 de junho de 1989 o poeta falece em sua cidade natal. Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô. Sua obra tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos. Seu livro "Metamorfose" foi o ganhador do Prêmio Jabuti de Poesia, em 1995. Em 2001, um de seus poemas ("Sintonia para pressa e presságio") foi selecionado por Ítalo Moriconi e incluído no livro "Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século", Editora Objetiva — Rio de Janeiro.
CORAÇÃO PRA CIMA
coraçãoPRA CIMA
escrito embaixo
FRÁGIL
ESTA VIDA É UMA VIAGEM
esta vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem
LER
![José Mindlin](http://www.releituras.com/biofotos/jose_mindlin_m.jpg)
"O vírus do amor ao livro é incurável, e eu procuro inocular esse vírus no maior número possível de pessoas."
POETANDO
Caminha e repara
Adriano Espínola
Caminha e repara.
No mundo o mesmo segundo
que junta separa.
A sombra da amendoeira
varre o chão de sol e poeira.
ESPÍNOLA, Adriano. Trapézio. Rio de Janeiro: Ibis Libris, 2011.
Fonte: http://antoniocicero.blogspot.com.br/
A QUESTÃO DAS COTAS RACIAIS VISTA POR UM FILÓSOFO
Pergunta. Por que cotas étnicas? E por que só para negros e índios?
Resposta. É fácil
entender. As cotas étnicas não são uma dádiva para resolver problema
educacional de alguma minoria. Elas são para resolver problema da
maioria (lembrando que o termo minoria e maioria aqui é sociológico, não
numérico). Ou seja, não é uma medida que tem a ver com a educação
(ainda que, no caso, a cota seja “para universidade”), pois se tivesse a
ver com educação, seria ridículo. Trata-se de uma medida semelhante à
cota da mulher nos partidos, que foi feita para que os homens tivessem
mulheres junto com eles na atividade política e, então, perdessem o
preconceito – fazendo então toda sociedade diminuir seu preconceito.
Isso aconteceu. E hoje nem mais as cotas para mulheres nos partidos são
necessárias. A mesma coisa com a cota para negros e índios: eles estão
em número muito reduzido em vários espaços públicos, principalmente na
universidade, e isso amplia ou mantém o preconceito. Ampliando o número
deles mais rapidamente em vários lugares públicos, amplia-se a
convivência e o preconceito diminui. Essa experiência americana deu
certo. Conosco, vai dar mais certo ainda. Mas, é claro, há uma direita
que não quer entender isso e se passa por liberal, quando na verdade é
racista e nada tem de liberal. E há uma esquerda que não sabe defender
as cotas e fala que é por questão de justiça educacional ou justiça
histórica, e isso também piora as coisas, pois no primeiro caso seria
inútil e no segundo caso talvez ilegítima.
Filósofo Paulo Ghiraldelli
Fonte: http://ghiraldelli.pro.br/2012/05/27/minorias/
Filósofo Paulo Ghiraldelli
Fonte: http://ghiraldelli.pro.br/2012/05/27/minorias/
terça-feira, 29 de maio de 2012
LEITURAS
Li deslumbrado o primeiro volume das memórias de Simone de Beauvoir, Memórias de uma moça bem comportada, em que ela conta sua meninice e sua juventude. Conta inclusive como ela conheceu o filósofo Jean-Paul Sartre, com quem viveu um relacionamento aberto. Agora estou lendo o segundo volume, A força da idade, igualmente tonto, inebriado por uma escrita maravilhosa, que prende a atenção por mostrar como ambos conseguiram fazer da vida deles um deslumbramento, como fugiram dos esquemas estabelecidos.E vou chegar até o sexto volume pensando: "Que pena que são só seis..." (FRANCISCO CARVALHO)
domingo, 27 de maio de 2012
LOVE IS YOUNG (TRECHO DE ENTREVISTA COM A ATRIZ BIBI FERREIRA)
Bibi fala dos seus cinco casamentos e diz que foram todos muito bons. E,
hoje, tem vontade de namorar? "Não! Seria ridículo na minha idade.
Tenho minhas vaidades. Depois de uma certa idade, eu não poderia mais
inspirar isso num homem. De jeito nenhum. Embora eu tenha todos os
dentes, seja desbarrigada. O homem só gosta é da juventude. O amor é
para gente jovem. 'Love is young'. Fora isso, há amizade, compreensão."
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/serafina/1095489-o-amor-e-para-gente-jovem-afirma-bibi-ferreira.shtml
Foto: Gustavo Pellizon
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/serafina/1095489-o-amor-e-para-gente-jovem-afirma-bibi-ferreira.shtml
Foto: Gustavo Pellizon
A VOCÊ QUE ACHA QUE SEU PRECIOSO TEMPO NÃO PODE SER PERDIDO COM POETAS, UM RECADO DA POETISA HILDA HILST
Enquanto faço o verso, tu decerto vives.
Trabalhas tua riqueza, e eu trabalho o sangue.
Dirás que sangue é o não teres teu ouro.
E o poeta te diz: compra o teu tempo
Contempla o teu viver que corre, escuta
O teu ouro de dentro. É outro o amarelo que te falo.
Enquanto faço o verso, tu que não me lês
Sorris, se do meu verso ardente alguém te fala.
O ser poeta te sabe a ornamento, desconversas:
“Meu precioso tempo não pode ser perdido com os poetas”.
Irmão do meu momento: quando eu morrer
Uma coisa infinita também morre. É difícil dizê-lo:
MORRE O AMOR DE UM POETA.
E isso é tanto, que o teu ouro não compra,
E tão raro, que o mínimo pedaço, de tão vasto
Não cabe no meu canto.
DO LIVRO : "Poema aos homens de nosso tempo"
Fonte: http://www.hildahilst.com.br/index.php
sexta-feira, 25 de maio de 2012
A LITERATURA ESTÁ EM TODO LUGAR
Literatura da periferia em ascensão
Escritores de classes populares ganham espaço ao abordar problemas sociais
Por: Mariana Benjamin
Publicado em 05/03/2007
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Atualizado em 15/10/2009
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Diante da grande expansão da literatura marginal – evidenciada pela publicação de três edições especiais sobre o tema na revista Caros Amigos (nos anos de 2001, 2002 e 2004) –, a antropóloga Érica Peçanha decidiu analisar esse tipo de discurso literário em sua dissertação de mestrado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Para o estudo, foram selecionados doze escritores marginais que tiveram seu trabalho publicado na Caros Amigos (confira alguns desses textos na parte de “edições especiais” da seção "da revista" na página da Caros Amigos na internet ).
Segundo Peçanha, a literatura marginal atual é marcada por tratar dos problemas da periferia – como a falta de infra-estrutura, a violência, o descaso do poder público – através de uma linguagem estilizada, recheada de gírias e regras próprias de concordância e plural. “Essas particularidades resultam em uma produção literária engajada, que visa, ao mesmo tempo, dar voz ao grupo social do qual se originam os autores e enaltecer o seu modo de vida e a sua comunidade”, explica a pesquisadora.
Outra característica importante desses escritores é o fato de eles freqüentemente estarem envolvidos em projetos sociais que estimulam a leitura, a produção artística e o debate dos problemas relacionados aos seus bairros. Projetos culturais criados pelos próprios autores, como o 1daSul, a Cooperifa e o Literatura no Brasil – todos em São Paulo –, têm um papel importante na formação de novos leitores na periferia. Além disso, a fama na produção editorial os transforma em exemplos bem-sucedidos para moradores de outros bairros periféricos, principalmente para crianças.
A LITERATURA ESTÁ EM TODO LUGAR
ANA PELUSO, escritora, em entrevista ao Portal Cronópios de Literatura
A nova literatura vem da internet?
A nova literatura vem do Brasil inteiro, como sempre. Muitas vezes por problemas de regionalismos, desconsideramos muitos autores, que apenas o tempo é capaz de fazer-nos ler e crer. O que diferencia os dias de hoje dos dias de Guimarães Rosa, p e., é a facilidade de interação e conhecimento de novos autores que a internet traz. Muitos, certamente, surgirão com o advento da internet. Mas isso só se dará caso exista o autor na pessoa que opera o micro e navega pela rede. Existem inúmeros sites com textos que não são literários, mas têm seus leitores e visitantes cativos. De qualquer forma, a internet é uma aprendizagem. Quem tiver habilidade literária, vai se destacar de uma forma ou de outra. Com isso, quero dizer o seguinte: mesmo o autor que não dispõe da internet como recurso, não deixa de batalhar a publicação de seu livro. Mas que a internet facilitará a descoberta de vários novos talentos, isso é indubitável.
Fonte: http://www.cronopios.com.br/site/artigos.asp?id=217
quinta-feira, 24 de maio de 2012
A POESIA ESTÁ EM TODO LUGAR : CONHEÇA FABRÍCIO CARPINEJAR, POETA DO TWITTER
Fabrício Carpinejar nunca será um poeta “soneto”. Ou seja: um poeta tradicional, que faz o esperado. Talvez por isso ele consiga ser mais popular entre o público que entre a crítica (feito raro, tratando-se de poesia). Após transformar o consultório sentimental do seu blog num livro, ele compilou as experiências poéticas do seu Twitter num livro que tem como nome o endereço do seu microblog, www.twitter.com/fabriciocarpinejar. Nessa conversa, ele fala de provocações e define sua obra em 140 caracteres.
JORNAL DO COMMERCIO - Você é um poeta, e a poesia é uma construção cerebral, metódica, o oposto do Twitter, que é feito para apreender o instante do internauta. Como você encontra o equilíbrio desses dois mundos?
FABRÍCIO CARPINEJAR – Dizem que João Cabral é cerebral, acredito que ele é emocional. A investigação não elimina o relâmpago. O pensamento não elimina o desejo. O estudo não elimina a intuição. É um erro supor que aquilo que dedicamos mais tempo deixa de ser espontâneo. Assim como a poesia, o Twitter corta. Igualmente intenso, ferino. Procura também observações inusitadas do cotidiano, contraria expectativas, espalha iluminações ou sombras num espaço breve, empareda o leitor. Talvez não seja uma navalha, talvez não seja um bisturi, armas cultas e sábias de incisão. O Twitter coloca o poeta em briga de rua, o mais adequado é vê-lo como um canivete.
JC - Os tais 140 caracteres do Twitter, para você, é uma limitação ou a provocação de uma espécie de formato poético?
CARPINEJAR – Uma provocação saborosa. É selecionar, sugerir. Como poeta, aprendi a velejar usando o silêncio a meu favor. É o silêncio que dá velocidade ao verso. Quanto menor o aforismo, mais denso. É um laboratório da síntese, do bom humor. Só sentiremos a alegria da vírgula quando as frases são curtas. Será uma vírgula desejada, aguerrida.
JC - Você parece que gosta de usar a internet como um meio de provocação: o consultório sentimental do seu blog virou um livro e agora o mesmo ocorre com o Twitter. Você é um autor em busca do formato ideal?
CARPINEJAR – Eu gosto de tudo que é provocação. Um namoro começa com o casal brigando (pena que termina com o casal brigando). Não estou procurando um formato ideal, apenas não sou busto para me fixar em gesso. A mais surpreendente literatura vem quando não esperamos literatura. Brinco de esconde-esconde poético em diferentes suportes. Minha paixão é dar susto. Nasci feio, já tenho pós-graduação em assombros. Onde ninguém me espera, lá estarei com meu lirismo.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
VAMOS ESPERAR ANSIOSAMENTE
![Quadro 'São Jerônimo Que Escreve' - Reprodução Quadro 'São Jerônimo Que Escreve' - Reprodução](http://www.estadao.com.br/fotos/1_Reproducao%283%29.jpg)
Reprodução
Quadro 'São Jerônimo Que Escreve'
segunda-feira, 21 de maio de 2012
POEMA DE ALEXANDRE O'NEILL, POETA PORTUGUÊS
Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser, que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti.
que vai ser, que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti.
A POESIA É UMA FESTA
TRECHO DE ENTREVISTA DO POETA ANTONIO CÍCERO:
Em sua opinião um poema, a rigor, não serve para nada: ou sua leitura recompensa a si própria ou não tem nenhum valor. Você diria que essa afirmação se aplicaria às artes de uma maneira geral?
Sim. [Paul] Valéry [1871-1945] dizia que um poema devia ser uma festa do intelecto. Penso que idealmente a apreciação de um poema enquanto poema é uma festa não apenas do intelecto, mas da interação de todas as nossas faculdades -razão, sensibilidade, sensualidade, emoção, senso de humor, intuição- entre si e com nossa experiência, cultura, conhecimento etc. Idealmente, o mesmo vale para a apreciação de todas as artes. Essa festa já vale por si.
Fonte: http://antoniocicero.blogspot.com.br/
Em sua opinião um poema, a rigor, não serve para nada: ou sua leitura recompensa a si própria ou não tem nenhum valor. Você diria que essa afirmação se aplicaria às artes de uma maneira geral?
Sim. [Paul] Valéry [1871-1945] dizia que um poema devia ser uma festa do intelecto. Penso que idealmente a apreciação de um poema enquanto poema é uma festa não apenas do intelecto, mas da interação de todas as nossas faculdades -razão, sensibilidade, sensualidade, emoção, senso de humor, intuição- entre si e com nossa experiência, cultura, conhecimento etc. Idealmente, o mesmo vale para a apreciação de todas as artes. Essa festa já vale por si.
Fonte: http://antoniocicero.blogspot.com.br/
COLONIZAÇÃO CULTURAL
Enquanto 100.000 pessoas, segundo os jornais, já viram a peça estilo Brodway "A família Adams", no último fim de semana, num sábado, MENOS de 40 pessoas assistiam à peça BRASILEIRÍSSIMA "Macumba Antropófaga" do Teatro Oficina, de José Celso Martinez Correa...Nada contra o ENTRETENIMENTO (ou entertainment?) que a peça da Brodway possa oferecer, mas por que também não podemos ver uma peça ALTERNATIVA que nos faz repensar o mundo, repensar o MODO DE VER inclusive? E talvez os EFEITOS da Brodway se tornem coisas ridículas diante dos milhares de efeitos que o Oficina produz em suas peças que envolvem geralmente mais de 30 atores. Será que as pessoas têm medo?
(FRANCISCO CARVALHO)
(FRANCISCO CARVALHO)
ENTREVISTA COM MANO BROWN
MANO BROWN, VOCALISTA DA BANDA DE RAP RAIONAIS MC'S, NÃO FEZ FACULDADE, NÃO É SOCIÓLOGO NEM ANTROPÓLOGO, SABE-SE LÁ O NÍVEL DE SUAS LEITURAS, MAS SEMPRE QUE ABRE A BOCA EM RARAS ENTREVISTAS MOSTRA-SE MAIS LÚCIDO, INTELIGENTE E CAPAZ DE TOCAR O DEDO EM FERIDAS SOCIAIS ABERTAS. LEIA TRECHOS DA ENTREVISTA (FRANCISCO CARVALHO):
Como vê as ações recentes aqui na cracolândia?
Isso se chama especulação imobiliária. Já fizeram isso em São Paulo no começo do século 20. Fizeram isso no Rio de Janeiro, no Bronx, em vários lugares. É um lance racial. São Paulo foi forjada assim. O que a gente tá vivendo aqui é resquício da época da escravidão, são as mesmas fórmulas. Eles querem "limpar", sumir com o problema, e não resolver.
Acha que essa causa da Ocupação Mauá vai conseguir apoio da população de São Paulo?
A sociedade primeiro tem que se sensibilizar. São Paulo é uma terra em que as pessoas são muito individualistas. Usa-se o termo reacionário, né? Grande parte da população vê eles [sem-teto] como um problema e prefere se livrar deles usando o sistema. Isso é uma coisa bem de São Paulo. A pessoa cai aqui, você passa por cima e vai embora. Isso é São Paulo.
Quem mora lá [na periferia] fica isento de muita coisa, tem um lugar reservado, mas fica longe de tudo. E aqui eles estão perto de tudo --e isso tem um preço. Estar perto do progresso tem um preço. Então querem cobrar esse preço deles. Você não tem direito de estar perto do hospital, da estação de trem, do metrô, você não tem direito de estar a cinco minutos do trabalho. Você tem que estar lá no fundo, onde as pessoas que não têm direito estão.
ENTREVISTA COMPLETA:
http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/1093003-sem-teto-sao-unha-encravada-no-centro-de-sao-paulo-diz-mano-brown.shtml
Como vê as ações recentes aqui na cracolândia?
Isso se chama especulação imobiliária. Já fizeram isso em São Paulo no começo do século 20. Fizeram isso no Rio de Janeiro, no Bronx, em vários lugares. É um lance racial. São Paulo foi forjada assim. O que a gente tá vivendo aqui é resquício da época da escravidão, são as mesmas fórmulas. Eles querem "limpar", sumir com o problema, e não resolver.
Acha que essa causa da Ocupação Mauá vai conseguir apoio da população de São Paulo?
A sociedade primeiro tem que se sensibilizar. São Paulo é uma terra em que as pessoas são muito individualistas. Usa-se o termo reacionário, né? Grande parte da população vê eles [sem-teto] como um problema e prefere se livrar deles usando o sistema. Isso é uma coisa bem de São Paulo. A pessoa cai aqui, você passa por cima e vai embora. Isso é São Paulo.
Quem mora lá [na periferia] fica isento de muita coisa, tem um lugar reservado, mas fica longe de tudo. E aqui eles estão perto de tudo --e isso tem um preço. Estar perto do progresso tem um preço. Então querem cobrar esse preço deles. Você não tem direito de estar perto do hospital, da estação de trem, do metrô, você não tem direito de estar a cinco minutos do trabalho. Você tem que estar lá no fundo, onde as pessoas que não têm direito estão.
ENTREVISTA COMPLETA:
http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/1093003-sem-teto-sao-unha-encravada-no-centro-de-sao-paulo-diz-mano-brown.shtml
sexta-feira, 18 de maio de 2012
LEITURA
"A literatura é essencialmente solidão. Escreve-se
em solidão, lê-se em solidão e, apesar de tudo, o acto de leitura
permite uma comunicação entre dois seres humanos."
Paul Auster, escritor americano
![Paul Auster](http://www.citador.pt/images/autorid01137.jpg)
quinta-feira, 17 de maio de 2012
16/05/2012
-
17h54
Estudante é condenada por ofensa a nordestinos no Twitter
Publicidade
DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO
A Justiça Federal de São Paulo condenou a estudante Mayara Penteado Petruso a 1 ano, 5 meses e 15 dias de prisão pelo crime de racismo.
O crime da estudante foi ofender nordestinos por meio da rede social Twitter. A ofensa foi publicada no dia 31 de outubro de 2010, logo após a vitória eleitoral da petista Dilma Rousseff sobre o tucano José Serra. Os maiores índices de votação de Dilma na ocasião foram registrados na região Nordeste.
"Nordestisto (sic) não é gente. Faça um favor a Sp: mate um nordestino afogado!", escreveu a estudante em sua página.
A pena contra ela foi convertida em prestação de serviço comunitário e pagamento de multa. A decisão foi tomada pela juíza da 9ª Vara Federal Criminal em São Paulo, Mônica Aparecida Bonavina Camargo.
Em sua defesa, Mayara admitiu a publicação da mensagem e disse que foi motivada pelo resultado das eleições presidenciais.
Ela afirmou que não tinha a intenção de ofender, que não é preconceituosa e que não esperava tamanha repercussão. De acordo com o processo, Mayara disse estar envergonhada e arrependida.
A reportagem procurou o advogado dela na tarde desta terça-feira, mas não foi atendida.
Estudante de direito em uma universidade da capital paulista, Mayara perdeu o emprego em um escritório de advocacia após o episódio. Ela também mudou de cidade e abandonou o curso.
DE SÃO PAULO
A Justiça Federal de São Paulo condenou a estudante Mayara Penteado Petruso a 1 ano, 5 meses e 15 dias de prisão pelo crime de racismo.
O crime da estudante foi ofender nordestinos por meio da rede social Twitter. A ofensa foi publicada no dia 31 de outubro de 2010, logo após a vitória eleitoral da petista Dilma Rousseff sobre o tucano José Serra. Os maiores índices de votação de Dilma na ocasião foram registrados na região Nordeste.
"Nordestisto (sic) não é gente. Faça um favor a Sp: mate um nordestino afogado!", escreveu a estudante em sua página.
A pena contra ela foi convertida em prestação de serviço comunitário e pagamento de multa. A decisão foi tomada pela juíza da 9ª Vara Federal Criminal em São Paulo, Mônica Aparecida Bonavina Camargo.
Em sua defesa, Mayara admitiu a publicação da mensagem e disse que foi motivada pelo resultado das eleições presidenciais.
Ela afirmou que não tinha a intenção de ofender, que não é preconceituosa e que não esperava tamanha repercussão. De acordo com o processo, Mayara disse estar envergonhada e arrependida.
A reportagem procurou o advogado dela na tarde desta terça-feira, mas não foi atendida.
Estudante de direito em uma universidade da capital paulista, Mayara perdeu o emprego em um escritório de advocacia após o episódio. Ela também mudou de cidade e abandonou o curso.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
PARA NÃO DEIXAR PASSAR A MORTE DE UM DOS ESCRITORES DE QUE GOSTO
![O escritor Carlos Fuentes - Leo Valle/EFE O escritor Carlos Fuentes - Leo Valle/EFE](http://www.estadao.com.br/fotos/1_Leo_Valle_efe.jpg)
Leo Valle/EFE
O escritor Carlos Fuentes
Autor de romances como A Região mais Transparente (1958) e A morte de Artemio Cruz (1962), ele nasceu no Panamá em 11 de novembro de 1928, mas vivia no México desde sua adolescência.
Além de romancista, ele também foi novelista, ensaísta e diplomata mexicano. Ele faleceu no Hospital Angeles, na capital mexicana, onde estava internado.
TRISTES RECORDES DO TRÂNSITO
O Estado de S.Paulo
O trânsito matou 42.844 brasileiros em 2010, segundo
dados recém-consolidados pelo Ministério da Saúde. Foram em média 117
mortes por dia. Um aumento de 13,9% em relação a 2009, quando os
acidentes deixaram 37.594 vítimas. Foi batido o recorde de 1996, quando
40.610 pessoas perderam a vida no trânsito. De lá para cá, houve algumas
melhorias devidas a políticas públicas de segurança viária. Mas elas
foram tímidas e duraram pouco. E a falta de rigor na fiscalização
estimulou a imprudência e a confiança na impunidade. A entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro, em 1998, trouxe alguns bons resultados, infelizmente passageiros. A legislação foi apontada como uma das mais avançadas do mundo por reunir normas rígidas, multas pesadas, apreensão da carteira de habilitação dos infratores e até prisão. Radares eletrônicos se multiplicaram nas ruas e julgou-se, erradamente, ter aumentado a preocupação dos motoristas com os riscos do excesso de velocidade. Por dois anos consecutivos houve redução do número de mortes. Mas entre 2000 e 2008, o total de vítimas voltou a crescer e só foi freado pela chegada da Lei Seca, em 2009, quando uma redução de 2% foi conquistada, graças às blitze que flagravam motoristas embriagados e os levavam às delegacias. O ânimo da fiscalização, porém, durou pouco e com ele as esperanças despertadas pela lei.
As duas regiões do País com maior índice de violência no trânsito são a Sudeste (15.598 óbitos) e a Nordeste (11.853). Outro dado preocupante - os jovens, de 21 a 29 anos, são as principais vítimas do trânsito, com 26,3% do total de mortos. Além de reduzir a expectativa de vida da população jovem, a tragédia do trânsito impõe altos custos sociais e econômicos aos sistemas de saúde e previdenciário.
A solução desse grave problema exige também que o governo - essa é a sua parte - se conscientize de que o aumento constante da frota de veículos exige a expansão e a melhoria da infraestrutura viária.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Fernando Meirelles, Moacyr Scliar, José Mindlin e outras personalidades brasileiras escolhem os livros fundamentais para adolescentes
16/12/2008 13:52
Texto Bruna Nicolielo
Texto Bruna Nicolielo
- Fernando Meirelles, cineasta
- Nome do livro: O Apanhador nos Campos de Centeio, de Jd. Salinger
Por quê: "Foi leitura para o colégio e pegou toda a classe, pois falava sobre nossos sentimentos, sobre a revolta adolescente, sobre bebida, prostitutas, poesia e o cinismo dos adultos. Uma leitura marcante, que me despertou a vontade de ler mais".
Editora: Editora do Autor - Moacyr Scliar, escritor
- Nome do livro: Capitães da Areia, de Jorge Amado
Por quê: "Nesta história comovente, um grupo de jovens povoa e domina a capital da Bahia, vivendo de golpes e pequenos furtos. Divididas entre a inocência da infância e a crueza do mundo dos adultos, esses jovens têm de lidar com um cotidiano ao mesmo tempo livre e vulnerável. Os meninos crescem e encontram caminhos variados. O líder Pedro Bala decide lutar e assumir a tarefa de mudar o destino dos mais pobres".
Editora: Companhia das Letras
Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/livros-essenciais-adolescentes-409852.shtml
segunda-feira, 14 de maio de 2012
MOMENTO DE POESIA
No poema
Transferir o quadro o muro a brisa
A flor o copo o brilho da madeira
E a fria e virgem liquidez da água
Para o mundo do poema limpo e rigoroso
Preservar de decadência morte e ruína
O instante real de aparição e de surpresa
Guardar num mundo claro
O gesto claro da mão tocando a mesa
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. "Livro sexto". In: Obra poética. Alfragide: Editorial Caminho, 2011.
Transferir o quadro o muro a brisa
A flor o copo o brilho da madeira
E a fria e virgem liquidez da água
Para o mundo do poema limpo e rigoroso
Preservar de decadência morte e ruína
O instante real de aparição e de surpresa
Guardar num mundo claro
O gesto claro da mão tocando a mesa
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. "Livro sexto". In: Obra poética. Alfragide: Editorial Caminho, 2011.
domingo, 13 de maio de 2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
LEITURA
Leitura | Edição 181
Carmen Guerreiro - Fonte: revistaeducacao.uol.com.br
Em
uma sala do 7º ano do ensino fundamental na década de 1990, a
professora de português pediu que cada aluno escolhesse um livro de seu
interesse para ler. Ao final do processo, propôs exercícios aplicáveis
para qualquer obra que os alunos tivessem escolhido. Esse ritual, que se
repetiu ao longo de todo o ano letivo, é uma memória que marcou Thaís
Granato, hoje veterinária. "A liberdade foi o que me cativou. A
descoberta de diversos temas que me interessavam, justamente no início
da adolescência, incentivou o desenvolvimento da minha identidade",
conta. "A possibilidade de escolher os temas que quisesse, sem pressão,
permitiu que eu tivesse uma ótima ligação com a leitura", continua. Não
por coincidência, a época foi a mesma em que ela leu, à parte das
tarefas da escola, seu primeiro livro por iniciativa própria: História
Sem Fim, de Michel Ende.
A história de Thaís dialoga com uma das conclusões da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", recém-divulgada pelo Instituto Pró-Livro e pelo Ibope Inteligência. Uma das conclusões do estudo é que, pela primeira vez, a figura que mais influencia os leitores (considerados pessoas que leram ao menos um livro nos três meses precedentes ao questionário da pesquisa) são os professores, logo acima das mães, que sempre lideraram a função.
O real motivo para o professor ter assumido a função de fazer os jovens pegarem gosto por livros, ainda de acordo com o pesquisador, é decorrente de um fenômeno preocupante. Essa transferência de papéis viria junto com o movimento dos pais, especialmente das mães, de trabalhar fora de casa e não ter tempo de acompanhar os estudos e incentivar a leitura com os filhos. Com isso, a responsabilidade é repassada para a escola. "Muitas coisas que eu aprendi com os meus pais, como escovar os dentes e me alimentar corretamente são hoje esperadas da escola. A descoberta da pesquisa remete a esse enfraquecimento de responsabilidades familiares e o fortalecimento das responsabilidades da escola", afirma Silva. Ele enxerga os professores como "super-homens" e "mulheres-maravilha", no sentido que é esperado que eles assumam a responsabilidade da família ao mesmo tempo que não são dadas as condições ideais de trabalho para que eles façam isso - logo, a expectativa é sobre-humana.
Além da questão do trabalho e da falta de tempo dos pais, Zoara, do Pró-Livro, explica que a melhora da condição econômica média do brasileiro só se refletiu na questão de bens materiais, e não culturais. Isso quer dizer que mesmo quem hoje faz parte da classe média não se identifica com a leitura. "Só ganharam poder aquisitivo, mas não podemos dizer que deram um salto na questão da leitura. E se esse é o perfil da mãe, a escola precisa suprir essa lacuna", explica. Segundo ela, a maior parte das famílias não tem livros em casa e um percentual grande de chefes de família só possui o ensino fundamental e/ou são analfabetos, o que se reflete em como a criança cria seu conceito sobre o livro. "É mais fácil a família criar esse gosto pela leitura a partir do exemplo, lendo em casa ou presenteando com livros."
O novo formador
Pesquisa revela que professores são as figuras que mais influenciam a formação de leitores, mas os próprios docentes ainda estão no processo de aprender a gostar dos livros
Carmen Guerreiro - Fonte: revistaeducacao.uol.com.br
Professores: principais influenciadores de leitura |
A história de Thaís dialoga com uma das conclusões da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", recém-divulgada pelo Instituto Pró-Livro e pelo Ibope Inteligência. Uma das conclusões do estudo é que, pela primeira vez, a figura que mais influencia os leitores (considerados pessoas que leram ao menos um livro nos três meses precedentes ao questionário da pesquisa) são os professores, logo acima das mães, que sempre lideraram a função.
O real motivo para o professor ter assumido a função de fazer os jovens pegarem gosto por livros, ainda de acordo com o pesquisador, é decorrente de um fenômeno preocupante. Essa transferência de papéis viria junto com o movimento dos pais, especialmente das mães, de trabalhar fora de casa e não ter tempo de acompanhar os estudos e incentivar a leitura com os filhos. Com isso, a responsabilidade é repassada para a escola. "Muitas coisas que eu aprendi com os meus pais, como escovar os dentes e me alimentar corretamente são hoje esperadas da escola. A descoberta da pesquisa remete a esse enfraquecimento de responsabilidades familiares e o fortalecimento das responsabilidades da escola", afirma Silva. Ele enxerga os professores como "super-homens" e "mulheres-maravilha", no sentido que é esperado que eles assumam a responsabilidade da família ao mesmo tempo que não são dadas as condições ideais de trabalho para que eles façam isso - logo, a expectativa é sobre-humana.
Além da questão do trabalho e da falta de tempo dos pais, Zoara, do Pró-Livro, explica que a melhora da condição econômica média do brasileiro só se refletiu na questão de bens materiais, e não culturais. Isso quer dizer que mesmo quem hoje faz parte da classe média não se identifica com a leitura. "Só ganharam poder aquisitivo, mas não podemos dizer que deram um salto na questão da leitura. E se esse é o perfil da mãe, a escola precisa suprir essa lacuna", explica. Segundo ela, a maior parte das famílias não tem livros em casa e um percentual grande de chefes de família só possui o ensino fundamental e/ou são analfabetos, o que se reflete em como a criança cria seu conceito sobre o livro. "É mais fácil a família criar esse gosto pela leitura a partir do exemplo, lendo em casa ou presenteando com livros."
quarta-feira, 9 de maio de 2012
O ANALFABETO POLÍTICO (POEMA DE BERTOLD BRECHT)
O pior analfabeto
É o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
É o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
depende das decisões políticas.
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
depende das decisões políticas.
O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nascem a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.
da sua ignorância política
nascem a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.
MARAVILHOSO POEMA DE JORGE LUIS BORGES
AS COISAS
Tradução de Ferreira Gullar
A dócil fechadura, as tardias
Notas que não lerão os poucos dias
Que me restam, os naipes e o tabuleiro,
Um livro e em suas páginas a ofendida
Violeta, monumento de uma tarde,
De certo inesquecível e já esquecida,
O rubro espelho ocidental em que arde
Uma ilusória aurora. Quantas coisas,
Limas, umbrais, atlas e taças, cravos,
Nos servem como tácitos escravos,
Cegas e estranhamente sigilosas!
Durarão muito além de nosso olvido:
E nunca saberão que havemos ido.
A DOR TEM UM ELEMENTO DE VAZIO
A Dor - tem um Elemento de Vazio -
Não se consegue lembrar
De quando começou - ou se houve
Um tempo em que não existiu -
Não tem Futuro - para lá de si própria -
O seu Infinito contém
O seu Passado - iluminado para aperceber
Novas Épocas - de Dor.
Emily Dickinson, in "Poemas e Cartas"
Tradução de Nuno Júdice
Não se consegue lembrar
De quando começou - ou se houve
Um tempo em que não existiu -
Não tem Futuro - para lá de si própria -
O seu Infinito contém
O seu Passado - iluminado para aperceber
Novas Épocas - de Dor.
Emily Dickinson, in "Poemas e Cartas"
Tradução de Nuno Júdice
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