terça-feira, 3 de abril de 2012

PRECONCEITO LINGUÍSTICO

Doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP), além de tradutor, escritor e lingüista, Marcos Bagno é autor de Preconceito lingüístico - o que é, como se faz (Edições Loyola). Bagno tenta desfazer a idéia preconceituosa de que somente quem fala de acordo com a Norma Culta é que fala a nossa língua.
Bagno afirma que "o preconceito lingüístico se baseia na crença de que só existe uma única língua portuguesa digna deste nome e que seria a língua ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogadas nos dicionários (...)".
Logo no primeiro capítulo, ele aponta oito MITOS DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO, que são:
1. "A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente"
2. "Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem português"
3. "Português é muito difícil"
4. "As pessoas sem instrução falam tudo errado"
5. "O lugar onde melhor se fala português é no Maranhão"
6. "O certo é falar assim porque se escreve assim"
7. "É preciso saber gramática para falar e escrever bem"
8. "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social"
Em seguida, o autor destrincha uma série de equívocos cometidos pelos senhores-gramáticos-da-norma-culta. Faz críticas, principalmente, aos que tratam a Gramática da Língua Portuguesa como se ela fosse o deus maior.


Preconceito linguístico


Marcos Bagno
São Paulo, Editora Loyola, 1999.
O livro denuncia a existência de uma série de mitos infundados que entram na composição do arraigado preconceito lingüístico que vigora na sociedade brasileira. Desmascarando um por um desses mitos, o autor mostra de que maneira a mídia e a multimídia, na contramão dos estudos científicos atuais sobre a linguagem, estão colaborando para perpetuar e aprofundar esse preconceito. A obra tem sido amplamente adotada em cursos de Letras, Educação e Comunicação de diversas universidades Brasil afora.

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