O artigo é um pouco longo, mas fácil de ler. Foi publicado no http://www.hildahilst.com.br/separata.php?id=31&categoria=10, o Portal Cultural Hilda Hilst.
Aqui alguns trechos interessantes. Recomendo que, tendo um tempinho, leiam.(FRANCISCO CARVALHO)
Sucesso inusitado que, evidentemente, vem suscitando
uma avalanche de críticas, pró e contra esse “enfeitiçamento” dos
leitores, causado por esses volumosos livros, com suas centenas de
páginas cobertas de letras, frases longas, nomes difíceis e... sem
ilustrações. E isso, em plena Era da Imagem, da Internet, das siglas
como linguagem, e da velocidade cada vez maior da Informação: engrenagem
tecnológica que, conseqüentemente, vem provocando nas novas gerações
uma inegável aversão à leitura literária, que exige tempo vagaroso e
concentração interior. É o Tempo da Máquina superando o Tempo Humano,
que atua no mundo atual.
Entretanto são esses, os leitores de Harry Potter.
Qual o mistério desse sucesso? Evidentemente não há respostas
definitivas, pois como diz o ditado: “Cada cabeça, uma sentença.” A
nosso ver, podemos entendê-lo como resultante de duas esferas de
experiências: uma visível (a mercadológica) e outra invisível (a das
idéias hoje em revolução). A primeira obedece à Lei do Mercado (aliás a
única lei absoluta neste nosso mundo globalizado), a segunda obedece à
Lei da Evolução da Consciência Humana (à qual a Autora alude
indiretamente quando, ao lançar o primeiro volume, anunciou que a série
teria 7 volumes) E como sabemos, desde os tempos primordiais, o número
Sete é visto como um número mágico:7 dias da semana, 7 planetas, 7
graus de perfeição humana, 7 ramos da árvore do conhecimento, etc. E
toda a magia que alimenta os volumes já publicados nos leva a crer que o
universo de Harry Potter pretende mostrar os sete estágios evolutivos
da Consciência Humana (ou do Conhecimento).
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