O romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, é um dos indicados para o vestibular da FUVEST. Para aqueles que já leram o livro aí vai a dica de um livro de História que revela a problematica histórica e social dos cortiços no século XIX do Rio de Janeiro:
Cidade Febril: cortiços e epidemias na corte imperial
de Sidney Chalhoub
Tomando como ponto de partida a cidade do Rio de Janeiro e a demolição
de seus cortiços, passando pelas polêmicas entre infeccionistas e
contagionistas em torno da transmissão da febre amarela e pela
resistência das comunidades negras à vacina antivariólica, Sidney
Chaloub escreveu uma 'história na encruzilhada de muitas histórias'.
'Cidade febril' reinterpreta esses e outros conflitos à luz da história
social. O resultado é uma obra que mapeia a formação das políticas de
saúde pública no Brasil, as quais, longe de se limitarem ao século XIX,
até hoje influem em nosso cotidiano com força assustadora.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
MÚSICA E POESIA
Tenho por princípios nunca fechar portas, mas como mantê-las abertas o tempo todo se em certos dias o vento quer derrubar tudo?
(Letra da música Sudoeste )
(Letra da música Sudoeste )
quarta-feira, 25 de abril de 2012
China X Brasil – Gastos per capita com biblioteca
16/04/12 - Felipe Lindoso
No post de ontem o artigo de Roger Tagholm publicado informava que o programa de “Salas de Leitura” chinês já havia alcançado a marca de 500.000 salas instaladas em aldeias chineses, a um custo equivalente a R$ 5.222.000.000,00 (cinco bilhões e duzentos milhões de reais).
A conta é simples. São 1.336.718.000 chineses em 2011. Dividindo os cinco bilhões e caqueirada por isso, o investimento per capita do governo chinês, apenas nesse programa, é de R$ 3,90.
Multiplicados pelos 192.379.287 brasileiros que o IBGE informou sermos em 2011, o investimento per capita por aqui deveria ser da ordem de R$ 751.257.840,00 (setecentos cinquenta e um milhões, duzentos e cinquenta e sete mil e oitocentos e quarenta reais).
A questão é simples. Se queremos pelo menos ficar no nível dos BRICS (não vou falar das mais de dez libras per capita/ano da Inglaterra!), esse deveria ser nosso investimento.
Sei que existem programas em execução da Rússia “putinesca” e vou tentar descobrir na Índia e na África do Sul. Espero que não fiquemos em último lugar no investimento em bibliotecas per capita.
Fonte: http://oxisdoproblema.com.br
(Blog de Felipe Lindoso, cientista social especializado em políticas para livro e leitura -by Josélia Aguiar, Folha.com)
FRASES
"Não há nada tão estúpido como a inteligência orgulhosa de si mesma."
Mikhail Bakunine
Rússia
1814 // 1876
Revolucionário
![Mikhail Bakunine](http://www.citador.pt/images/autorid00284.jpg)
VI E RECOMENDO: PEÇA "MACUMBA ANTROPÓFAGA" DO TEATRO OFICINA
O Teatro Oficina existe desde a década de 60 e é um marco na história do teatro brasileiro. Seu diretor, José Celso Martinez Correa, criou um grupo que rompe com todas as tradições do teatro, que incorporou todas as formas que o teatro mundial realizou até hoje, não fazendo apenas uma cópia, mas transformando essas formas em algo totalmente brasileiro. E constantemente faz turnês pela Europa, deixando os gringos de queixo caído. Afinal é, certamente, um dos grandes grupos de teatro do mundo.Rompe com a moral acomodada, denuncia questões sociais, critica a forma de fazer teatro estilo teatrão em que os espectadores burgueses vão ao teatro para depois irem comer pizza tranquilamente. O Oficina é um teatro visceral, que incomoda, se impregna na pele , não um teatro para passar tempo, não pensar, sair da peça tranquilamente e ir comer pizza para passar o tempo.
No dia 05 de maio, 17 horas, como parte da Virada Cultural , o Teatro Oficina vai reapresentar uma de suas grandes produções (dura 5 horas...) que é a peça MACUMBA ANTROPÓFAGA, que trata do fato de o Brasil incorporar ideias de fora e readaptá-las tornando-as brasileiras acima de tudo, afinal de contas não somos a Europa nem os Estados Unidos.A peça trabalha com a ideia do Manifesto antropofágico do modernista Oswald de Andrade. Quase quarenta índios e índias nus fazem um teatro participativo, que inicialmente sai pelas ruas do bairro do Bexiga no centro da cidade, num grande bloco em que espectadores e atores cantam e dançam. Depois vão para a sede do Teatro Oficina, projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi. É imperdível!!! (FRANCISCO CARVALHO)
Site para maiores informações: http://teatroficina.uol.com.br/
No dia 05 de maio, 17 horas, como parte da Virada Cultural , o Teatro Oficina vai reapresentar uma de suas grandes produções (dura 5 horas...) que é a peça MACUMBA ANTROPÓFAGA, que trata do fato de o Brasil incorporar ideias de fora e readaptá-las tornando-as brasileiras acima de tudo, afinal de contas não somos a Europa nem os Estados Unidos.A peça trabalha com a ideia do Manifesto antropofágico do modernista Oswald de Andrade. Quase quarenta índios e índias nus fazem um teatro participativo, que inicialmente sai pelas ruas do bairro do Bexiga no centro da cidade, num grande bloco em que espectadores e atores cantam e dançam. Depois vão para a sede do Teatro Oficina, projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi. É imperdível!!! (FRANCISCO CARVALHO)
Site para maiores informações: http://teatroficina.uol.com.br/
terça-feira, 24 de abril de 2012
NÓS E OS OUTROS
Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro.
Mário de Sá-Carneiro, poeta português
(musicado por Adriana Calcanhoto no cd "Público")
Ilustração: "Os amantes" de René Magritte
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro.
Mário de Sá-Carneiro, poeta português
(musicado por Adriana Calcanhoto no cd "Público")
Ilustração: "Os amantes" de René Magritte
segunda-feira, 23 de abril de 2012
A INTERNET ESTÁ NOS DEIXANDO MAIS BURROS? (PARA CONCORDAR OU DISCORDAR)
O jornalista americano Nicholas Carr acredita que a internet não
estimula a inteligência de ninguém. Ele fez um apanhado teórico sobre a
superficialidade que a web provoca no livro A Geração Superficial – O que a Internet Está Fazendo com os Nossos Cérebros, lançado agora no Brasil pela Agir.
Na obra, o autor explica descobertas científicas sobre o funcionamento do cérebro humano e teoriza sobre a influência da internet sobre nossa forma de pensar. Graças a este livro, Carr se tornou referência quando o assunto é oposição aos avanços e às possibilidades criadas pela internet. Para ele, a rede torna o raciocínio de quem navega mais raso, além de fragmentar a atenção de seus usuários.
Mais: Carr afirma que há empresas obtendo lucro com a recente fragilidade da nossa atenção. “Quanto mais tempo passamos online e quanto mais rápido passamos de uma informação para a outra, mais dinheiro empresas de internet, como Google e Facebook, fazem”, avalia. “Essas empresas estão no comércio da distração e são experts em nos manter cada vez mais famintos por informação fragmentada em partes pequenas. É claro que elas têm interesse em nos estimular e tirar vantagem da nossa compulsão por tecnologia.”
A crítica de Carr começou com o artigo “O Google Está nos Deixando Mais Burros?”, publicado em 2008 na revista The Atlantic Review. A repercussão foi tamanha que a história virou livro.
Para tentar recuperar o raciocínio perdido, o próprio jornalista resolveu se desconectar um pouco. Fechou suas contas no Facebook e no Twitter e mantém apenas a atualização de um blog pessoal. Carr afirma não ter interesse em voltar para nenhuma das duas redes sociais. Ele as considera fontes de “limitação do pensamento”.
[Elisangela Roxo, da Folha de S.Paulo]
A geração superficial, de Nicholas Carr, trad. Mônica Gagliotti Fortunato Friaça, Editora Agir
Fonte: Observatoriodaimprensa.com.br
Na obra, o autor explica descobertas científicas sobre o funcionamento do cérebro humano e teoriza sobre a influência da internet sobre nossa forma de pensar. Graças a este livro, Carr se tornou referência quando o assunto é oposição aos avanços e às possibilidades criadas pela internet. Para ele, a rede torna o raciocínio de quem navega mais raso, além de fragmentar a atenção de seus usuários.
Mais: Carr afirma que há empresas obtendo lucro com a recente fragilidade da nossa atenção. “Quanto mais tempo passamos online e quanto mais rápido passamos de uma informação para a outra, mais dinheiro empresas de internet, como Google e Facebook, fazem”, avalia. “Essas empresas estão no comércio da distração e são experts em nos manter cada vez mais famintos por informação fragmentada em partes pequenas. É claro que elas têm interesse em nos estimular e tirar vantagem da nossa compulsão por tecnologia.”
A crítica de Carr começou com o artigo “O Google Está nos Deixando Mais Burros?”, publicado em 2008 na revista The Atlantic Review. A repercussão foi tamanha que a história virou livro.
Para tentar recuperar o raciocínio perdido, o próprio jornalista resolveu se desconectar um pouco. Fechou suas contas no Facebook e no Twitter e mantém apenas a atualização de um blog pessoal. Carr afirma não ter interesse em voltar para nenhuma das duas redes sociais. Ele as considera fontes de “limitação do pensamento”.
[Elisangela Roxo, da Folha de S.Paulo]
A geração superficial, de Nicholas Carr, trad. Mônica Gagliotti Fortunato Friaça, Editora Agir
Fonte: Observatoriodaimprensa.com.br
HARRY POTTER É CULTURA
A professora Nelly Novaes Coelho, especialista em literatura infantil e juvenil, faz uma análise interessantíssima sobre a série Harry Potter. Ao contrário de críticos preconceituosos que veem no best-seller algo sem valor literário, a professora aposentada da USP vê nele um feliz amálgama de fusão da cultura mítico-literária de lendas de várias épocas e lugares transfiguradas pela imaginação da autora.
O artigo é um pouco longo, mas fácil de ler. Foi publicado no http://www.hildahilst.com.br/separata.php?id=31&categoria=10, o Portal Cultural Hilda Hilst.
Aqui alguns trechos interessantes. Recomendo que, tendo um tempinho, leiam.(FRANCISCO CARVALHO)
O artigo é um pouco longo, mas fácil de ler. Foi publicado no http://www.hildahilst.com.br/separata.php?id=31&categoria=10, o Portal Cultural Hilda Hilst.
Aqui alguns trechos interessantes. Recomendo que, tendo um tempinho, leiam.(FRANCISCO CARVALHO)
Sucesso inusitado que, evidentemente, vem suscitando
uma avalanche de críticas, pró e contra esse “enfeitiçamento” dos
leitores, causado por esses volumosos livros, com suas centenas de
páginas cobertas de letras, frases longas, nomes difíceis e... sem
ilustrações. E isso, em plena Era da Imagem, da Internet, das siglas
como linguagem, e da velocidade cada vez maior da Informação: engrenagem
tecnológica que, conseqüentemente, vem provocando nas novas gerações
uma inegável aversão à leitura literária, que exige tempo vagaroso e
concentração interior. É o Tempo da Máquina superando o Tempo Humano,
que atua no mundo atual.
Entretanto são esses, os leitores de Harry Potter.
Qual o mistério desse sucesso? Evidentemente não há respostas
definitivas, pois como diz o ditado: “Cada cabeça, uma sentença.” A
nosso ver, podemos entendê-lo como resultante de duas esferas de
experiências: uma visível (a mercadológica) e outra invisível (a das
idéias hoje em revolução). A primeira obedece à Lei do Mercado (aliás a
única lei absoluta neste nosso mundo globalizado), a segunda obedece à
Lei da Evolução da Consciência Humana (à qual a Autora alude
indiretamente quando, ao lançar o primeiro volume, anunciou que a série
teria 7 volumes) E como sabemos, desde os tempos primordiais, o número
Sete é visto como um número mágico:7 dias da semana, 7 planetas, 7
graus de perfeição humana, 7 ramos da árvore do conhecimento, etc. E
toda a magia que alimenta os volumes já publicados nos leva a crer que o
universo de Harry Potter pretende mostrar os sete estágios evolutivos
da Consciência Humana (ou do Conhecimento).
20/04/2012
-
20h47
Maioria dos pais espia filhos no Facebook, diz pesquisa
COLABORAÇÃO PARA FOLHA
Uma pesquisa realizada pela empresa de antivírus AVG revela que mais da metade dos pais norte-americanos, espanhóis, italianos e canadenses entra secretamente nas contas do Facebook de seus filhos que têm entre 14 e 17 anos.
Nos EUA, no Reino Unido, na Austrália e na Nova Zelândia, mais de um quinto dos pais afirmou ter descoberto que seus filhos compartilham conteúdos e mensagens impróprias com outras pessoas.
O estudo ainda revela que 65% dos pais espanhóis e 57% dos italianos acreditam que seus filhos postam coisas que vão comprometer a sua carreira no futuro.
No blog da pesquisa, o AVG conclui que "todos os pais devem encontrar sua própria maneira de se aproximar dos filhos e falar abertamente sobre suas atitudes on-line".
(Fonte: Folha.com)
Uma pesquisa realizada pela empresa de antivírus AVG revela que mais da metade dos pais norte-americanos, espanhóis, italianos e canadenses entra secretamente nas contas do Facebook de seus filhos que têm entre 14 e 17 anos.
Nos EUA, no Reino Unido, na Austrália e na Nova Zelândia, mais de um quinto dos pais afirmou ter descoberto que seus filhos compartilham conteúdos e mensagens impróprias com outras pessoas.
O estudo ainda revela que 65% dos pais espanhóis e 57% dos italianos acreditam que seus filhos postam coisas que vão comprometer a sua carreira no futuro.
No blog da pesquisa, o AVG conclui que "todos os pais devem encontrar sua própria maneira de se aproximar dos filhos e falar abertamente sobre suas atitudes on-line".
(Fonte: Folha.com)
CHEGA DE CARROS!
Duas notícias terríveis para o trânsito da cidade. Até quando a cidade vai ser só para automóveis? Os próprios empreendedores (que obviamente vão enriquecer com isso) não vão ficar presos no trânsito e reclamar que seu carro não anda? Estamos perdidos. E assistindo a tudo de braços cruzados...
Novos prédios vão levar 50 mil carros para a Marginal Pinheiros
Trânsito deve piorar após a abertura ao longo da via de 12 compelxos com hotéis e torres residenciais
(Fonte: Estadao.com.br)
(Fonte: Estadao.com.br)
Kassab libera a construção de mais prédios na região da Faria Lima
Prefeitura de São Paulo poderá arrecadar R$ 2 bilhões ao vender títulos para verticalização da área
(Fonte: Estadao.com.br)
(Fonte: Estadao.com.br)
domingo, 22 de abril de 2012
Oportunidades| 17 de abril de 2012 | 13h 21
Empreendedor abre loja de poemas ao ar livre nos Estados Unidos
Zach Houston espera por seus clientes nas ruas de São Francisco e costuma ganhar entre US$ 2 e US$ 20
Ele decidiu abrir uma loja de poemas. Não só isso. Uma loja de poemas ao ar livre nas ruas de São Francisco (Califórnia). O nome do artista-empreendedor é Zach Houston e antes de mais nada é preciso dizer que o negócio faz sucesso nos Estados Unidos: Zach costuma ganhar entre dois e vinte dólares por poema e ele garante que já recebeu - mais de uma vez - uma nota de cem dólares.
O empreendedor disse que largou seu emprego convencional no dia 1º de abril. Era o dia da mentira e Houston conta que as pessoas não acreditaram quando ele disse que escreveria poemas nas ruas com uma máquina de escrever. E por dinheiro. "Não era uma piada de primeiro de abril", contou Houston ao site da National Public Radio (NPR).
O negócio parece prosperar. Mas o poeta parece realmente interessado em oferecer produtos de qualidade para seus clientes, que fazem sugestões de temas para Houston e o deixam criar. "Eu sempre amei poesia. Sempre me preocupei como a linguagem funciona", conta.
De acordo com o empreendedor, a ideia do negócio surgiu do amor pela poesia. "Eu imaginei que poderia ganhar alguns dólares e sobreviver escrevendo poemas", conta.
Fonte: Estadao.com.br
Ele decidiu abrir uma loja de poemas. Não só isso. Uma loja de poemas ao ar livre nas ruas de São Francisco (Califórnia). O nome do artista-empreendedor é Zach Houston e antes de mais nada é preciso dizer que o negócio faz sucesso nos Estados Unidos: Zach costuma ganhar entre dois e vinte dólares por poema e ele garante que já recebeu - mais de uma vez - uma nota de cem dólares.
O empreendedor disse que largou seu emprego convencional no dia 1º de abril. Era o dia da mentira e Houston conta que as pessoas não acreditaram quando ele disse que escreveria poemas nas ruas com uma máquina de escrever. E por dinheiro. "Não era uma piada de primeiro de abril", contou Houston ao site da National Public Radio (NPR).
O negócio parece prosperar. Mas o poeta parece realmente interessado em oferecer produtos de qualidade para seus clientes, que fazem sugestões de temas para Houston e o deixam criar. "Eu sempre amei poesia. Sempre me preocupei como a linguagem funciona", conta.
De acordo com o empreendedor, a ideia do negócio surgiu do amor pela poesia. "Eu imaginei que poderia ganhar alguns dólares e sobreviver escrevendo poemas", conta.
Fonte: Estadao.com.br
sexta-feira, 20 de abril de 2012
PORTUGUÊS - A MELHOR LÍNGUA PRA SE APRENDER
Qual é a melhor língua para se aprender, globalmente falando? Essa pergunta foi feita pela revista Intelligent Life a seis integrantes do prestigioso periódico britânico The Economist.
A revista Intelligent Life, que promoveu um debate no âmbito da série Big Questions (Grandes Questões), está promovendo uma enquete on-line para saber, na opinião do público, qual a melhor língua para se aprender. E, até o momento , português (brasileiro) e esperanto lideram a pesquisa, empatados com 22% das preferências. A seguir vem o espanhol, com 15%, o francês, com 13%, e o chinês, com 12%. Curiosamente, o inglês aparece na 32ª posição, bem atrás do russo, do gaélico e do latim. Talvez porque a maioria dos votantes seja de falantes nativos do inglês.
Fonte: Revista Língua Portuguesa, abril, 2012
A revista Intelligent Life, que promoveu um debate no âmbito da série Big Questions (Grandes Questões), está promovendo uma enquete on-line para saber, na opinião do público, qual a melhor língua para se aprender. E, até o momento , português (brasileiro) e esperanto lideram a pesquisa, empatados com 22% das preferências. A seguir vem o espanhol, com 15%, o francês, com 13%, e o chinês, com 12%. Curiosamente, o inglês aparece na 32ª posição, bem atrás do russo, do gaélico e do latim. Talvez porque a maioria dos votantes seja de falantes nativos do inglês.
Fonte: Revista Língua Portuguesa, abril, 2012
RACISMO
"Para nós, moçambicanos, a imagem do Brasil é a de um país branco ou, no máximo, mestiço. O único negro brasileiro bem-sucedido que reconhecemos como tal é o Pelé. Nas telenovelas, que são as responsáveis por definir a imagem que temos do Brasil, só vemos negros como carregadores ou como empregados domésticos. No topo [da representação social] estão os brancos. Esta é a imagem que o Brasil está vendendo ao mundo", criticou a autora, destacando que essas representações contribuem para perpetuar as desigualdades raciais e sociais existentes em seu país."
(Paulina Chiziane, escritora moçambicana, participou do seminário A Literatura Africana Contemporânea, que integra a programação da 1ª Bienal do Livro e da Leitura, em Brasília)
Fonte: Brasil de fato, jornal online, 19/04/12
(Paulina Chiziane, escritora moçambicana, participou do seminário A Literatura Africana Contemporânea, que integra a programação da 1ª Bienal do Livro e da Leitura, em Brasília)
Fonte: Brasil de fato, jornal online, 19/04/12
quinta-feira, 19 de abril de 2012
VI E RECOMENDO: FILME SOBRE RAUL SEIXAS
"A desobediência é uma virtude necessária à CRIATIVIDADE." (Raul Seixas)
Está na moda fazer filmes documentários sobre cantores. Basta pegar algumas imagens de arquivo, misturar com algumas entrevistas de amigos, admiradores, especialistas e está pronto um filmezinho que depois acabará no Canal Brasil. E o "diretor" embolsa uma graninha sem muito esforço.
Um filme desses, Raul, o início, o fim e o meio, de Walter Carvalho, pelo menos tem o mérito de ser um pouco mais profundo que os outros, embora siga o mesmo esquema estilo documentário de Discovery Channel. Raul é um mito, uma lenda, como diz Paulo Coelho no filme. O documentário busca então "revelar" esse mito (ou acresentar ao mito novos mitos). Também fica interessante juntar música e vida. E o humor está sempre presente. Vale a pena ver o filme.(FRANCISCO CARVALHO)
Está na moda fazer filmes documentários sobre cantores. Basta pegar algumas imagens de arquivo, misturar com algumas entrevistas de amigos, admiradores, especialistas e está pronto um filmezinho que depois acabará no Canal Brasil. E o "diretor" embolsa uma graninha sem muito esforço.
Um filme desses, Raul, o início, o fim e o meio, de Walter Carvalho, pelo menos tem o mérito de ser um pouco mais profundo que os outros, embora siga o mesmo esquema estilo documentário de Discovery Channel. Raul é um mito, uma lenda, como diz Paulo Coelho no filme. O documentário busca então "revelar" esse mito (ou acresentar ao mito novos mitos). Também fica interessante juntar música e vida. E o humor está sempre presente. Vale a pena ver o filme.(FRANCISCO CARVALHO)
quarta-feira, 18 de abril de 2012
CRÔNICA DE MARCELO RUBENS PAIVA
desisto
Matéria do Ubiratan Brasil no ESTADÃO de ontem deu um desânimo danado em quem trabalha com cultura neste PAÍS.Uma pesquisa realizada pela Fecomércio do Rio de Janeiro descobriu que o brasileiro hoje aumentou a sua ida ao cinema e manteve o mesmo índice de visita ao teatro e shows que em 2007, mas lê menos livros, visita menos exposições de arte e assiste a menos espetáculos de dança.
O levantamento feito em mil domicílios de 70 cidades procurou detectar a visão do brasileiro sobre atividades culturais e o que o leva a procurá-las.
60% das pessoas responderam não ter praticado nenhuma das atividades como ler um livro, assistir a um filme, visitar exposições, ir ao teatro ou a espetáculos de dança. Em 2007, eram 55%.
Problema deles, penso indignado com meus botões.
Apenas 23% disseram ter lido um livro. Em 2007, eram 31% das pessoas consultadas. 60% responderam não ter o hábito da leitura, e 22% afirmaram não gostar de ler.
“A restrição econômica não aparece como determinante, uma vez que apenas 6% confessaram não ter como pagar pelos livros”, escreveu Bira.
38% das pessoas disseram não ter o hábito de frequentar as salas de teatro, e 27% afirmaram não gostar de assistir a uma peça teatral.
Lembrei-me de um amigo brasileiro que mora em PARIS há anos, reclamando que para xavecar as francesas é preciso ter lido tudo, visto todos os filmes. Que o portfólio cultural é analisado nos primeiros encontros. E que elas são muito cabeça. Precisa de muita concentração nos primeiros encontros. Meu amigo sofre um estresse. Está sozinho há meses.
O que adiantaram as diversas feiras de livros e bienais, investimento pesado que mobiliza todo o mercado na missão de formar público no Brasil?
E as milhares de palestras que dei em escolas e faculdades, sem cobrar cachê? E as linhas gastas em revistas, jornais, blogs, indicando livros, peças, filmes? Qual o papel das escolas, das professorinhas de literatura?
A cultura do brameiro e do abadá predomina. “Vamos pular, sai do chão! Joga este livro fora, deixa de ser nerd!”
Eu desisto. Jogo a toalha. Que fiquem ignorantes os que assim desejam. Quem ler, leu.
E vou continuar lendo.
Texto de Marcelo Rubens Paiva
Fonte: Estadao.com.br/ adaptado
terça-feira, 17 de abril de 2012
Fuvest, Unicamp e Unesp definem calendário do vestibular 2013
Provas da primeira fase serão realizadas, respectivamente, nos dias 25, 11 e 18 de novembro. Unifesp, PUC-SP, PUC-Campinas e ITA também divulgaram datas
da redação | 17/04/2012 15h 02
As três universidades, além do ITA, PUC-SP e PUC-Campinas, divulgaram nesta terça-feira (17) o calendário para o Vestibular 2013. As datas foram definidas conjuntamente para permitir aos candidatos interessados a participação em todos esses processos seletivos.Confira as datas:
USP | UNICAMP | UNESP | UNIFESP | PUC-SP | PUC-CAMPINAS | ITA | |
Inscrições | Entre 24 de agosto e 10 de setembro de 2012 | 20 de agosto a 14 de setembro de 2012 | 17 de setembro a 11 de outubro de 2012 | A ser divulgada | 28 de outubro a 22 de novembro de 2012 | 1 de agosto a 15 de setembro de 2012 | |
Prova 1ª fase | 25 de novembro de 2012 | 11 de novembro de 2012 | 18 de novembro de 2012 | É o Enem, realizado nos dias 3 e 4 de novembro de 2013 | 2 de dezembro de 2012 | 30 de novembro de 1 de dezembro de 2012 | 11 a 14 de dezembro de 2012 |
Prova 2ª fase | 6 a 8 de janeiro de 2013 | 13 a 15 de janeiro de 2013 | 16 e 17 de dezembro de 2012 | 13 e 14 de dezembro de 2012 | - | - | - |
Resultados | 2 de fevereiro de 2013 | 4 de fevereiro de 2013 | 28 de janeiro de 2013 | 30 de janeiro de 2013 | 18 de dezembro de 2012 | 12 de dezembro de 2012 | 28 de dezembro |
Fonte: Guia do Estudante
SOBRE FORMAR ALUNOS CRÍTICOS
Hoje, a esperança da formação do cidadão crítico está mais para as possibilidades de ajustes curriculares no ensino fundamental e médio? Ou até nesses níveis a educação formal estará comprometida com a produção de cabeças e mãos para o mercado?
Na escola a formação do cidadão crítico não vai acontecer. Você pode ter essa expectativa em outras formas de agrupamento, nos movimentos sociais, nos movimentos populares, nas ONGs, nos grupos que se formam com a rede de internet e nos partidos políticos. Na escola, em cima e em baixo, não. Você tem bolsões, mas não como uma tendência da escola.
(TRECHO DE ENTREVISTA DA FILÓSOFA MARILENA CHAUÍ)
Fonte: http://dissolvendo-no-ar.blogspot.com.br/
(TRECHO DE ENTREVISTA DA FILÓSOFA MARILENA CHAUÍ)
Fonte: http://dissolvendo-no-ar.blogspot.com.br/
segunda-feira, 16 de abril de 2012
QUAIS SÃO OS LIVROS MAIS PIRATEADOS NA INTERNET?
![](http://super.abril.com.br/imagem/super-302-livros-piratas.jpg)
Livros de musculação, informática e curiosidades são os campeões de pirataria. No Brasil, além desses, há títulos de autoajuda e escolares. Aqui, os livros mais baixados são caros (o que nem sempre ocorre no exterior). Outra diferença é que o ebook ainda é raro no país. Para cada 100 livros físicos vendidos, vende-se 1 digital. Nos Estados Unidos, é o inverso: 100 para 105. Mas, como a tendência é crescer, a pirataria já preocupa as editoras brasileiras, que em 2011 tiraram do ar 48 mil links com cópias não autorizadas. “O risco da pirataria é inibir a criação. O autor, para sobreviver, muda de profissão”, diz Sônia Jardim, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Há quem discorde, como o mais bem-sucedido autor brasileiro. Em 2011, Paulo Coelho lançou um manifesto pedindo aos fãs que pirateassem seus livros. Para ele, quanto mais acesso, mais gente vai querer comprar. E tem quem publica a preços simbólicos e fica rico. O autor americano John Locke (que não é filósofo e nunca esteve na ilha de Lost) cobra US$ 0,99 a cópia. Vendeu mais de 1 milhão de e-books.
Fonte: Revista Superinteressante, março de 2012
ONDE ESTÃO OS ÍNDIOS?
O filme Xingu trata basicamente do papel dos irmãos Villas Boas na construção do Parque Nacional do Xingu, área de proteção aos índios maior que a Bélgica. O filme tem estilo hollywoodiano, feito para estrangeiro ver e se comover com os indígenas. Supondo que o índio apareça. Quase não se vê índio no filme: veem-se seres meio nus com cara de selvagens para inglês ver. Quase nunca o índio tem a palavra. O cinema brasileiro não tem sabido lidar com o índio muito além do mito romântico. Melhor ver os dvds da série espetacular Xingu, onde realmente se vê e se respeita o índio...
Liberdade na web
16.04.2012 15:40
‘A Internet nunca esteve tão ameaçada’, diz co-fundador do Google
![](http://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2012/04/SOPA-300x210.jpg)
Em janeiro, estadunidenses saíram às ruas para rejeitar o projeto de lei SOPA , que pretendia manter a propriedade intelectual e barrar a liberdade do uso da informação na Internet. Foto: Janek Akarzynski/AFP
As interferências dos governos e as políticas da Apple e do Facebook são a maior ameaça à Internet aberta em toda sua história. A conclusão é de Sergey Brin, co-fundador do Google. Ele manifestou sua preocupação em entrevista ao jornal britânico The Guardian.“Existe um alinhamento de forças poderosas contra a Internet aberta em todo o mundo”, disse ao Guardian. “Estou muito mais preocupado do que estive no passado. É assustador”, afirmou.
LEIA MAIS EM:
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-internet-nunca-esteve-tao-ameacada-diz-co-fundador-do-google/
sábado, 14 de abril de 2012
ADOLESCENTES E O ÁLCOOL
Pesquisa indica uso abusivo de bebida alcoólica entre menores de 18 anos
Dos 1.507 alunos ouvidos na pesquisa, 40% disseram ter usado álcool nos últimos 12 meses
13 de abril de 2012 | 20h 34
José Maria Tomazela - O Estado de S.Paulo SOROCABA - Três em cada quatro estudantes do ensino médio menores de 18 anos já consumiram bebidas alcoólicas, segundo pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), divulgada nesta sexta-feira. Dos 1.507 alunos de escolas da rede pública e particular ouvidos na pesquisa, 40% disseram ter usado álcool nos últimos 12 meses. Entre os alunos do ensino fundamental (de 7 a 14 anos) 38,8% já experimentaram bebida alcoólica e 8,5% o fizeram em período recente.
A pesquisa, aplicada em escolas de Botucatu, a 235 quilômetros de São Paulo, indica que o álcool tem entrado cada vez mais cedo na vida de seus usuários, segundo a pesquisadora Priscila Lopes Pereira, responsável pelo estudo. Outra constatação da pesquisa é de que o uso do álcool tem sido mais comum entre mulheres, o que amplia o comportamento de risco entre as adolescentes, como, por exemplo, sexo sem proteção e dependência de drogas.
"Os jovens são os que apresentam maiores riscos em relação ao consumo do álcool, com consequências negativas como problemas nos estudos, problemas sociais, prática de sexo sem proteção, gravidez indesejada, maior risco de suicídio ou homicídio e de acidentes", afirmou.
Pertencer à classe social mais alta, estudar em escola pública e não ter prática religiosa são fatores que facilitam o contato precoce com o álcool, segundo a pesquisa. Para a autora do trabalho, a influência de amigos que bebem e se embriaguem uma vez por semana é um estímulo crucial para os mais jovens. "O padrão de consumo segundo o sexo vem sendo objeto de discussão em estudos envolvendo a epidemiologia do alcoolismo.
Fonte: Estadao.com.br
José Maria Tomazela - O Estado de S.Paulo SOROCABA - Três em cada quatro estudantes do ensino médio menores de 18 anos já consumiram bebidas alcoólicas, segundo pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), divulgada nesta sexta-feira. Dos 1.507 alunos de escolas da rede pública e particular ouvidos na pesquisa, 40% disseram ter usado álcool nos últimos 12 meses. Entre os alunos do ensino fundamental (de 7 a 14 anos) 38,8% já experimentaram bebida alcoólica e 8,5% o fizeram em período recente.
A pesquisa, aplicada em escolas de Botucatu, a 235 quilômetros de São Paulo, indica que o álcool tem entrado cada vez mais cedo na vida de seus usuários, segundo a pesquisadora Priscila Lopes Pereira, responsável pelo estudo. Outra constatação da pesquisa é de que o uso do álcool tem sido mais comum entre mulheres, o que amplia o comportamento de risco entre as adolescentes, como, por exemplo, sexo sem proteção e dependência de drogas.
"Os jovens são os que apresentam maiores riscos em relação ao consumo do álcool, com consequências negativas como problemas nos estudos, problemas sociais, prática de sexo sem proteção, gravidez indesejada, maior risco de suicídio ou homicídio e de acidentes", afirmou.
Pertencer à classe social mais alta, estudar em escola pública e não ter prática religiosa são fatores que facilitam o contato precoce com o álcool, segundo a pesquisa. Para a autora do trabalho, a influência de amigos que bebem e se embriaguem uma vez por semana é um estímulo crucial para os mais jovens. "O padrão de consumo segundo o sexo vem sendo objeto de discussão em estudos envolvendo a epidemiologia do alcoolismo.
Fonte: Estadao.com.br
quinta-feira, 12 de abril de 2012
POEMA CHINÊS
Garça branca
Esse grande floco de neve
É uma garça branca que acaba de pousar no lago azul.
Imóvel, na extremidade de um banco de areia,
a garça branca
observa o inverno.
(Tradução de Cecília Meireles em "Poemas Chineses", Editora Nova Fronteira, 1996)
Esse grande floco de neve
É uma garça branca que acaba de pousar no lago azul.
Imóvel, na extremidade de um banco de areia,
a garça branca
observa o inverno.
(Tradução de Cecília Meireles em "Poemas Chineses", Editora Nova Fronteira, 1996)
LINGUAGEM DE INTERNET E CELULAR
Um estudo realizado no ano passado por um professor universitário na Austrália revelou que os jovens, se têm facilidade para escrever mensagens de maneira abreviada, podem não ter tanta habilidade assim para lê-las. Quase metade dos 55 estudantes envolvidos demorou duas vezes mais para ler do que para escrever mensagens do tipo “Vc q tc?”. Por que então a linguagem simplificada virou praxe entre quem usa a internet e costuma mandar mensagens de texto pelo telefone celular? A professora Maria Teresa de Assunção Freitas, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), sugere algumas possibilidades. Ela é autora do livro Leitura e Escrita de Adolescentes na Internet e na Escola.
Por que as pessoas abreviam a linguagem na web?
Para a professora Maria Teresa de Assunção Freitas, são dois os principais motivos da abreviação de palavras: o primeiro, a facilidade de se escrever de modo simplificado, e o segundo, a pressa. Esta, por sua vez, está ligada a outras duas razões: a economia (mandar uma mensagem maior pelo celular pode custar mais) e o desejo de reproduzir virtualmente o ritmo de uma conversa oral. “É para acelerar o bate-papo, que na internet, em chats e programas de mensagem instantânea, acontece em tempo real”, explica a especialista. “No celular, há o agravante do teclado, que é menor, e do preço, que é maior.” Uma terceira causa seria o desejo do adolescente de pertencer a um grupo: ele pode adaptar a sua escrita à linguagem da comunidade de que quer fazer parte - com o uso dos termos adaptados, ele adere aos códigos do grupo.
Onde e por quem essa linguagem abreviada é mais usada?
Os principais autores da escrita simplificada são os jovens e, entre eles, os adolescentes. Eles fazem uso desse tipo de linguagem no celular e na internet, especialmente em canais de relacionamento, como o Orkut e o MSN. “Mas essa linguagem teve início nos chats”, afirma a professora Maria Teresa, que já realizou uma pesquisa na área, também começando pelas salas de bate-papo virtuais. Nos e-mails, segundo ela, a escrita abreviada tem menos lugar porque se trata de um meio de comunicação assíncrono, ou seja, a informação é enviada em intervalos irregulares: uma pessoa envia uma mensagem para outra, mas não sabe quanto terá uma resposta. É um ritmo parecido com o da tradicional troca de cartas. No celular, a linguagem abreviada fica restrita aos torpedos, que são escritos.
Por que as pessoas abreviam a linguagem na web?
Para a professora Maria Teresa de Assunção Freitas, são dois os principais motivos da abreviação de palavras: o primeiro, a facilidade de se escrever de modo simplificado, e o segundo, a pressa. Esta, por sua vez, está ligada a outras duas razões: a economia (mandar uma mensagem maior pelo celular pode custar mais) e o desejo de reproduzir virtualmente o ritmo de uma conversa oral. “É para acelerar o bate-papo, que na internet, em chats e programas de mensagem instantânea, acontece em tempo real”, explica a especialista. “No celular, há o agravante do teclado, que é menor, e do preço, que é maior.” Uma terceira causa seria o desejo do adolescente de pertencer a um grupo: ele pode adaptar a sua escrita à linguagem da comunidade de que quer fazer parte - com o uso dos termos adaptados, ele adere aos códigos do grupo.
Onde e por quem essa linguagem abreviada é mais usada?
Os principais autores da escrita simplificada são os jovens e, entre eles, os adolescentes. Eles fazem uso desse tipo de linguagem no celular e na internet, especialmente em canais de relacionamento, como o Orkut e o MSN. “Mas essa linguagem teve início nos chats”, afirma a professora Maria Teresa, que já realizou uma pesquisa na área, também começando pelas salas de bate-papo virtuais. Nos e-mails, segundo ela, a escrita abreviada tem menos lugar porque se trata de um meio de comunicação assíncrono, ou seja, a informação é enviada em intervalos irregulares: uma pessoa envia uma mensagem para outra, mas não sabe quanto terá uma resposta. É um ritmo parecido com o da tradicional troca de cartas. No celular, a linguagem abreviada fica restrita aos torpedos, que são escritos.
A escrita abreviada e simplificada prejudica a compreensão? Quando duas pessoas dominam o mesmo código, não costuma haver dificuldade na troca de mensagens. Mas uma pessoa que nunca empregou uma linguagem como a que os adolescentes usam na internet pode achá-la uma loucura à primeira leitura. “Pais e mães podem pensar que é uma escrita errada, quando não é: é uma escrita feita para um suporte próprio, adaptada para uma determinada situação. Não há erro de ortografia, embora essa linguagem desobedeça à regra culta”, defende Maria Teresa. Dentro daquele sistema, explica a professora, a substituição de “ss” por “ç” faz sentido e não representa um erro. É claro também que, como demonstrou a experiência realizada na Austrália, pode haver maior dificuldade em ler a mensagem em voz alta do que escrever de maneira reduzida - especialmente se quem lê em voz alta não domina bem o código que está lendo. A internet faz o adolescente ler menos? Pelo contrário. A pesquisa da professora da UFJF mostra que a internet está levando o adolescente a ler e a escrever mais. O texto escrito foi redescoberto como forma de comunicação, e a leitura ganhou novos formatos. Há uma espécie de letramento digital. “A leitura é hipertextual: baseada no hipertexto, na utilização de links. Cada um faz a sua leitura, não precisa ser linear, enquanto o livro é geralmente linear”, pondera ela. Em resumo, no meio digital o leitor tem mais autoria na leitura - ele faz o seu próprio percurso, a sua seleção. E lê de maneira prazerosa, lúdica. “Isso é capaz de aproximar o adolescente da literatura. Há sites em que eles escrevem poesia, até de modo coletivo, e outros onde podem baixar e-books.” Fonte: Veja.com, março de 2009 |
quarta-feira, 11 de abril de 2012
UMA PINTURA QUE FASCINA
Lendo sobre o pintor El Greco, me deparei com este Cristo abraçado à cruz. Já vi tantos cristos com cruz nas obras de vários pintores, mas o de El Greco é um Cristo sereno, com expressão tranquila, voltada para o eterno. A serenidade do rosto não traz dor pela coroa de espinhos nem pelo peso da cruz, mas uma soberana felicidade. A delicadeza das mãos mostra uma leveza inacreditável. E uma luz vinda do infinito cai sobre ele. Fica-se um tempo parado diante desse Cristo diferente... sem fôlego... (FRANCISCO CARVALHO)
FUI VER E RECOMENDO
Lançado no Festival de Berlim de 2011, o documentário "Pina", do premiado diretor alemão Wim Wenders, mostrou na prática como o 3D pode ser um recurso excepcional também para filmes de arte. No caso, foi a ferramenta ideal para dar uma textura original na tela às coreografias da alemã Pina Bausch (1940-2009), um dos maiores nomes da dança contemporânea. O filme foi indicado ao Oscar de documentário em 2012.
Na versão que vingou na tela, reconstituem-se algumas de suas coreografias mais impactantes, não só no cenário habitual do teatro, mas em locações externas, na rua, num parque, numa piscina, num galpão envidraçado e, uma das mais originais, a bordo de um monotrilho.
Dispensando informações biográficas, "Pina" registra fragmentos de coreografias como "A Sagração da Primavera", sob música de Igor Stravinsky, num palco coberto de terra, onde interagem uma trupe toda masculina, outra toda feminina.
Cineasta premiado com o troféu de melhor direção em Cannes 1987 por seu drama poético "Asas do Desejo", ultimamente Wenders vem refinando seu talento em documentários, caso dos musicais "Buena Vista Social Club" (99) e "A Alma de um Homem" (2003).
Mais uma vez, é o que faz aqui, ao encontrar cenários inusitados para as criações de Pina, que introduzia terra, água e outros elementos inesperados no ambiente normalmente asséptico do palco.
Mostra-se também um acerto não realizar entrevistas. Alguns bailarinos falam espontaneamente de seu relacionamento com Pina -inclusive a brasileira Regina Advento, na companhia desde 1993 (há outra brasileira no grupo, Ruth Amarante). Outros preferem simplesmente ficar em silêncio, olhando a câmera. Seus sentimentos estão na dança criada por Pina, que fala por si.
Fonte: Globo.com)
Na versão que vingou na tela, reconstituem-se algumas de suas coreografias mais impactantes, não só no cenário habitual do teatro, mas em locações externas, na rua, num parque, numa piscina, num galpão envidraçado e, uma das mais originais, a bordo de um monotrilho.
Dispensando informações biográficas, "Pina" registra fragmentos de coreografias como "A Sagração da Primavera", sob música de Igor Stravinsky, num palco coberto de terra, onde interagem uma trupe toda masculina, outra toda feminina.
Cineasta premiado com o troféu de melhor direção em Cannes 1987 por seu drama poético "Asas do Desejo", ultimamente Wenders vem refinando seu talento em documentários, caso dos musicais "Buena Vista Social Club" (99) e "A Alma de um Homem" (2003).
Mais uma vez, é o que faz aqui, ao encontrar cenários inusitados para as criações de Pina, que introduzia terra, água e outros elementos inesperados no ambiente normalmente asséptico do palco.
Mostra-se também um acerto não realizar entrevistas. Alguns bailarinos falam espontaneamente de seu relacionamento com Pina -inclusive a brasileira Regina Advento, na companhia desde 1993 (há outra brasileira no grupo, Ruth Amarante). Outros preferem simplesmente ficar em silêncio, olhando a câmera. Seus sentimentos estão na dança criada por Pina, que fala por si.
Fonte: Globo.com)
ITALO CALVINO: PENSAMENTO
"Quem somos nós, quem é cada um de nós senão uma combinatória de experiências, de informações, de leituras, de imaginações? Cada vida é uma enciclopédia, uma biblioteca, um inventário de objetos, uma amostragem de estilos, onde tudo pode ser completamente remexido e reordenado de todas as maneiras possíveis."
Italo Calvino
A AMBIÇÃO SUPERADA: TEXTO DE MILLOR FERNANDES
Certo dia uma rica senhora viu, num antiquário, uma cadeira que era uma beleza. Negra, feita de mogno e cedro, custava uma fortuna. Era, porém, tão bela, que a mulher não titubeou - entrou, pagou, levou para casa.
A cadeira era tão bonita que os outros móveis, antes tão lindos, começaram a parecer insuportáveis à simpática senhora. (Era simpática).
Ela então resolveu vender todos os móveis e comprar outros que pudessem se equiparar à maravilhosa cadeira. E vendeu-os e comprou outros.
Mas, então a casa que antes parecia tão bonita, ficou tão bem mobiliada que se estabeleceu uma desarmonia flagrante entre casa e móveis. E a senhora começou a achar a casa horrível.
E vendeu a casa e comprou uma outra maravilhosa.
Mas dentro daquela casa magnífica, mobiliada de maneira esplendorosa, a mulher começou, pouco a pouco, a achar seu marido mesquinho. E trocou de marido.
Mas mesmo assim não conseguia ser feliz. Pois naquela casa magnífica, com aqueles móveis admiráveis e aquele marido fabuloso, todo mundo começou a achá-la extremamente vulgar.
A cadeira era tão bonita que os outros móveis, antes tão lindos, começaram a parecer insuportáveis à simpática senhora. (Era simpática).
Ela então resolveu vender todos os móveis e comprar outros que pudessem se equiparar à maravilhosa cadeira. E vendeu-os e comprou outros.
Mas, então a casa que antes parecia tão bonita, ficou tão bem mobiliada que se estabeleceu uma desarmonia flagrante entre casa e móveis. E a senhora começou a achar a casa horrível.
E vendeu a casa e comprou uma outra maravilhosa.
Mas dentro daquela casa magnífica, mobiliada de maneira esplendorosa, a mulher começou, pouco a pouco, a achar seu marido mesquinho. E trocou de marido.
Mas mesmo assim não conseguia ser feliz. Pois naquela casa magnífica, com aqueles móveis admiráveis e aquele marido fabuloso, todo mundo começou a achá-la extremamente vulgar.
terça-feira, 10 de abril de 2012
NOTÍCIA RÁPIDA
08/04/2012 - 08h00
Ex-analfabeto deixou a lavoura de café e virou estudante de medicina
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DE RIBEIRÃO PRETO
Diante do sofrimento de uma irmã doente, José Reinaldo Lopez decidiu que queria ser médico. Lavrador em Monte Belo, no sul de Minas, e praticamente analfabeto funcional, ele voltou a estudar, conseguiu deixar de trabalhar na roça de café e já concluiu a faculdade de enfermagem. Agora, aos 33 anos, é bolsista de medicina na Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), informa reportagem de Araripe Castilho publicada hoje na Folha.
Lopez abandonou a escola com 16 anos, após cursar só até a quinta série. Trabalhou na lavoura de café e se apaixonou pela medicina em um período no qual precisou cuidar da irmã, que estava doente. Conseguiu dinheiro para começar a faculdade escrevendo cartas com pedidos de ajuda. "Um dia pretendo retribuir", diz.
(Fonte: Folha.com)
Diante do sofrimento de uma irmã doente, José Reinaldo Lopez decidiu que queria ser médico. Lavrador em Monte Belo, no sul de Minas, e praticamente analfabeto funcional, ele voltou a estudar, conseguiu deixar de trabalhar na roça de café e já concluiu a faculdade de enfermagem. Agora, aos 33 anos, é bolsista de medicina na Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), informa reportagem de Araripe Castilho publicada hoje na Folha.
Lopez abandonou a escola com 16 anos, após cursar só até a quinta série. Trabalhou na lavoura de café e se apaixonou pela medicina em um período no qual precisou cuidar da irmã, que estava doente. Conseguiu dinheiro para começar a faculdade escrevendo cartas com pedidos de ajuda. "Um dia pretendo retribuir", diz.
(Fonte: Folha.com)
FUI VER E RECOMENDO
Há uma peça teatral muito interessante e divertida no teatro da Fiesp/Sesi na Avenida Paulista : Mistero Buffo , do italiano Dario Fo. Fui ver e recomendo.
Encenada por dois atores da Cia LaMínima, a peça é inspirada em diversas situações da bíblia, mas com linguagem irreverente, voltada para o humor. Personagens conhecidos como o cego e o paralítico que cruzam o caminho de Jesus torcem para não serem curados, pois caso contrário, perderão seus empregos.
Quem assina o texto da peça é Dario Fo, dramaturgo italiano que venceu o prêmio Nobel de Literatura em 2007.
(Fonte: Catraca livre)
A peça faz parte do "Momento Itália-Brasil 2012"
Foto por Carlos Gueller![Mistero Buffo - Foto por Carlos Gueller](http://catracalivre.folha.uol.com.br/wp-content/uploads/2012/03/Mistero-Buffo-Foto-por-Carlos-Gueller-300x197.jpg)
Algumas passagens bíblicas ganham releituras irreverentes na peça “Mistero Buffo”, em cartaz no Teatro do Sesi entre 22 de março e 3 de junho. As sessões ocorrem de quinta a sábado, às 20h30, e aos domingos, às 20h. Vale lembrar que às quintas e sextas, a entrada é Catraca Livre e nos demais dias, os ingressos custam até R$ 10.![Mistero Buffo - Foto por Carlos Gueller](http://catracalivre.folha.uol.com.br/wp-content/uploads/2012/03/Mistero-Buffo-Foto-por-Carlos-Gueller-300x197.jpg)
Os atores Domingos Montagner e Fernando Sampaio são acompanhados pela trilha sonora de Fernando Paz
Encenada por dois atores da Cia LaMínima, a peça é inspirada em diversas situações da bíblia, mas com linguagem irreverente, voltada para o humor. Personagens conhecidos como o cego e o paralítico que cruzam o caminho de Jesus torcem para não serem curados, pois caso contrário, perderão seus empregos.
Quem assina o texto da peça é Dario Fo, dramaturgo italiano que venceu o prêmio Nobel de Literatura em 2007.
(Fonte: Catraca livre)
segunda-feira, 9 de abril de 2012
CADA UMA...
Ciência Maluca
Pentear o cabelo aumenta suas notas
Pesquisadores acreditam que pessoas mais preocupadas com a aparência também investem mais tempo nos estudos.
por Thiago Perin
É essa a conclusão de pesquisadores da Universidade de Miami, que analisaram o histórico escolar de 10 mil adolescentes e constataram que os mais arrumadinhos tiravam notas maiores - supostamente porque as pessoas mais preocupadas com a aparência também investem mais tempo nos estudos.
(Fonte: Revista Superinteressante)
EU VI E RECOMENDO :NÃO DEIXEM DE VER ESTA EXPOSIÇÃO MARAVILHOSA NA PINACOTECA
Exposição em São Paulo exibe obras do suiço Alberto Giacometti
As 280 pinturas, esculturas e desenhos de Alberto Giacometti revelam a versatilidade de um gênio do século passado
Obras de um dos artistas mais importantes do século XX estão em exposição na Pinacoteca de São Paulo. A principal inspiração do suíço Alberto Giacometti foram as figuras humanas.Maria é um tanto triste. Caroline parece assustada e o pai do artista, esculpido em gesso, tem jeito bonachão.
As 280 pinturas, esculturas e desenhos de Alberto Giacometti revelam a versatilidade de um gênio do século passado.
Suíço radicado na frança, Giacometti foi influenciado pela arte africana, pelo cubismo e pelo surrealismo e criou uma marca registrada: as figuras esguias, ora do tamanho de um alfinete, ora da altura de gigantes.
São dele a mulher-colher, a incrível floresta com árvores em forma de pessoas, seres que extrapolam o espaço e que surgem da matéria bruta.
Giacometti foi reconhecido ainda em vida, morreu em 66 e virou referência. A última obra negociada foi vendida por US$ 100 milhões. Por precaução, o acervo milionário viajou de Paris pra São Paulo em três aviões diferentes.
O produtor da exposição conta que hoje é mais fácil trazer mostras de grandes artistas porque o Brasil ganhou projeção lá fora, muitos museus se profissionalizaram e conquistaram respeito internacional.
(Fonte: Globo.com)
quinta-feira, 5 de abril de 2012
OTIMISMO
Pegue um sorriso
e doe-o a quem jamais o teve...
Pegue um raio de sol
e faça-o voar lá onde reina a noite...
Pegue uma lágrima
e ponha no rosto de quem jamais chorou...
Pegue a coragem
e ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar...
Descubra a vida
e narre-a a quem não sabe entendê-la...
Pegue a esperança
e viva na sua luz...
Pegue a bondade
e doe-a a quem não sabe doar...
Descubra o amor
e faça-o conhecer o mundo...
(Mahatma Gandhi)
e doe-o a quem jamais o teve...
Pegue um raio de sol
e faça-o voar lá onde reina a noite...
Pegue uma lágrima
e ponha no rosto de quem jamais chorou...
Pegue a coragem
e ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar...
Descubra a vida
e narre-a a quem não sabe entendê-la...
Pegue a esperança
e viva na sua luz...
Pegue a bondade
e doe-a a quem não sabe doar...
Descubra o amor
e faça-o conhecer o mundo...
(Mahatma Gandhi)
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Jovem da periferia de SP passa em Harvard e outras 5 universidades dos EUA
Tábata Pontes já estava estudando na USP; ela é filha de cobrador de ônibus e uma vendedora de flores
Uma medalhista olímpica brasileira, vinda da rede pública de ensino, está prestes a trocar o Brasil pelos Estados Unidos. Tábata Amaral de Pontes, de 18 anos, tem mais de 30 medalhas no currículo, entre competições nacionais e internacionais de física, matemática, química e astronomia, como mostrou o Jornal da Tarde em fevereiro. À época, a notícia era a aprovação dela na Universidade de São Paulo.
Agora, o leque de opções aumentou. Filha de um cobrador de ônibus e de uma vendedora de flores, moradores da periferia de São Paulo, no extremo da zona sul, Tábata foi aprovada em seis universidades norte-americanas: Harvard, Caltech, Columbia, Princeton, Yale e Pennsylvania. Ela concluiu o ensino médio no Etapa, como bolsista. A felicidade de Tábata só não é maior porque a confirmação da aprovação em Harvard, na quinta-feira, foi recebida três dias antes do falecimento de seu pai. Por conta disso, a jovem não pôde conversar com a reportagem.
Em fevereiro, antes de conhecer os resultados das universidades americanas, Tábata disse ao JT que a experiência poderia ajudá-la a contribuir com “a educação no País”. Ela é fundadora do programa Vontade Olímpica de Aprender, (VOA) que dá aulas de matemática para alunos de colégios públicos. À época, chegou a comentar: “parece impossível passar, mas esse é o meu sonho”.
(Fonte: Estadao.com.br, 04.04.2012)
AINDA SOBRE LEITURA NO BRASIL
Lobato é autor mais admirado no país; Bíblia a obra mais lida
Mesmo depois de mais de 60 anos da sua morte, Monteiro Lobato tem uma obra vivente e continua no imaginário da população. O escritor paulista permanece no topo da lista dos autores brasileiros mais admirados. Foi o que apontou pesquisa divulgada nesta semana pelo Instituto Pró-Livro sobre os hábitos de leitura da população. A última sondagem deste tipo havia ocorrido há cinco anos.
Na sequência, aparecem como mais admirados Machado de Assis, Paulo Coelho, Ariano Suassuna e outros autores de best sellers recentes como o pastor Silas Malafaia e o padre Marcelo Rossi. A preferência dos brasileiros por livros de temática religiosa foi confirmada na pesquisa. Assim como em 2007, a Bíblia continua sendo o livro mais lido no país – ganha dos livros didáticos e dos romances. Ela foi citada por 42% dos cerca de 5 mil participantes das pesquisa.
Os entrevistados foram questionados sobre os gêneros que costumam ler. Os livros didáticos foram citados por 32%, os romances por 31%, os livros religiosos por 30% e os contos por 23%. Cada entrevistado selecionou em média três gêneros.
(Fonte: www.vermelho.org.br)
terça-feira, 3 de abril de 2012
PRECONCEITO LINGUÍSTICO
Doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP), além de tradutor, escritor e lingüista, Marcos Bagno é autor de Preconceito lingüístico - o que é, como se faz (Edições Loyola). Bagno tenta desfazer a idéia preconceituosa de que somente quem fala de acordo com a Norma Culta é que fala a nossa língua.
Bagno afirma que "o preconceito lingüístico se baseia na crença de que só existe uma única língua portuguesa digna deste nome e que seria a língua ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogadas nos dicionários (...)".
Logo no primeiro capítulo, ele aponta oito MITOS DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO, que são:
1. "A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente"
2. "Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem português"
3. "Português é muito difícil"
4. "As pessoas sem instrução falam tudo errado"
5. "O lugar onde melhor se fala português é no Maranhão"
6. "O certo é falar assim porque se escreve assim"
7. "É preciso saber gramática para falar e escrever bem"
8. "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social"
Em seguida, o autor destrincha uma série de equívocos cometidos pelos senhores-gramáticos-da-norma-culta. Faz críticas, principalmente, aos que tratam a Gramática da Língua Portuguesa como se ela fosse o deus maior.
O livro denuncia a existência de uma série de mitos infundados que entram na composição do arraigado preconceito lingüístico que vigora na sociedade brasileira. Desmascarando um por um desses mitos, o autor mostra de que maneira a mídia e a multimídia, na contramão dos estudos científicos atuais sobre a linguagem, estão colaborando para perpetuar e aprofundar esse preconceito. A obra tem sido amplamente adotada em cursos de Letras, Educação e Comunicação de diversas universidades Brasil afora.
Bagno afirma que "o preconceito lingüístico se baseia na crença de que só existe uma única língua portuguesa digna deste nome e que seria a língua ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogadas nos dicionários (...)".
Logo no primeiro capítulo, ele aponta oito MITOS DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO, que são:
1. "A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente"
2. "Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem português"
3. "Português é muito difícil"
4. "As pessoas sem instrução falam tudo errado"
5. "O lugar onde melhor se fala português é no Maranhão"
6. "O certo é falar assim porque se escreve assim"
7. "É preciso saber gramática para falar e escrever bem"
8. "O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social"
Em seguida, o autor destrincha uma série de equívocos cometidos pelos senhores-gramáticos-da-norma-culta. Faz críticas, principalmente, aos que tratam a Gramática da Língua Portuguesa como se ela fosse o deus maior.
Preconceito linguístico
REDAÇÃO: POSICIONE-SE SOBRE ESTE TEMA
Aluno ateu diz ser perseguido por não rezar na sala de aula
Uma professora de geografia de uma escola estadual de Minas Gerais resolveu iniciar as suas aulas rezando o pai-nosso com todos os alunos. Um deles, ateu, decidiu manter-se em silêncio.
Ao notar a reação do estudante, ela lhe disse, segundo o relato do aluno, que ‘um jovem que não tem Deus no coração nunca vai ser nada na vida’. O aluno se irritou, os dois discutiram, e o caso foi parar na diretoria da escolar (…)
O caso ocorreu há duas semanas na escola estadual Santo Antonio, em Miraí, cidade de 13,8 mil habitantes que fica na Zona da Mata, a 335 km de Belo Horizonte (…)
Quem discutiu com a docente foi Ciel Vieira, 17, ateu há dois anos. ‘Eu disse que o que ela fazia era impraticável segundo a Constituição. E a professora disse que essa lei não existia’. Lila Jane de Paula, a professora de Ciel, não quis falar com a reportage (…)
O garoto gravou parte da oração e pôs no YouTube, sob o título ‘Bullying e Intolerância Religiosa’. No vídeo, é possível escutar o som do pai-nosso. Ao fim, ouve-se: ‘Livrai-nos do Ciel’”
(Fonte: Folha.com, 03/04/2012)
Uma professora de geografia de uma escola estadual de Minas Gerais resolveu iniciar as suas aulas rezando o pai-nosso com todos os alunos. Um deles, ateu, decidiu manter-se em silêncio.
Ao notar a reação do estudante, ela lhe disse, segundo o relato do aluno, que ‘um jovem que não tem Deus no coração nunca vai ser nada na vida’. O aluno se irritou, os dois discutiram, e o caso foi parar na diretoria da escolar (…)
O caso ocorreu há duas semanas na escola estadual Santo Antonio, em Miraí, cidade de 13,8 mil habitantes que fica na Zona da Mata, a 335 km de Belo Horizonte (…)
Quem discutiu com a docente foi Ciel Vieira, 17, ateu há dois anos. ‘Eu disse que o que ela fazia era impraticável segundo a Constituição. E a professora disse que essa lei não existia’. Lila Jane de Paula, a professora de Ciel, não quis falar com a reportage (…)
O garoto gravou parte da oração e pôs no YouTube, sob o título ‘Bullying e Intolerância Religiosa’. No vídeo, é possível escutar o som do pai-nosso. Ao fim, ouve-se: ‘Livrai-nos do Ciel’”
(Fonte: Folha.com, 03/04/2012)
SOFRIMENTO E FELICIDADE (TRECHO DE ENTREVISTA DO PSICANALISTA CONTARDO CALLIGARIS)
MC Essa vida moderna, cheia de limitações e imposições, dificulta a busca da felicidade?
CC Não tenho muito interesse pela felicidade. Eu vivi os anos 60, fiz tudo o que me interessava, passei um tempo na Índia e no Nepal, e poderia ter ficado por lá, nas drogas, se a felicidade me interessasse. Moraria até hoje em Katmandu, meio pelado, com os macacos, passeando pelas lojas que vendiam tudo o que alguém poderia querer, em várias qualidades e quantidades, a preço de banana. Se quisesse a felicidade, por que teria saído de lá? Não é a felicidade que me interessa. O que me interessa é a vida, é a intensidade das experiências, boas e ruins. Se tiver que curtir uma dor porque morreu meu pai, ou meu cachorro, ou me separei de alguém que eu amava, é para chorar mesmo, e chorar é legal, faz parte de sentir a experiência.
MC A gente não sabe sofrer, é isso?
CC Ou isso ou a gente foi convencido pela idéia de que o sofrimento não deve fazer parte de nossas vidas. Isso é um aspecto psiquicamente higienista. Uma espécie de intervenção médica em cima da nossa vida. É extremamente desagradável essa idéia de que o sofrimento seja considerado patológico, isso é uma loucura. Claro, é evidente, se alguém considera se matar porque perdeu o relógio, aí existe uma desproporção, mas a idéia de dizer: 'Ah, morreu seu pai e eu vou medicá-lo para que você atravesse o luto corretamente' acho um absurdo, uma merda
(Fonte: Revista Marie Claire, Edição 207, nun/2008)
CC Não tenho muito interesse pela felicidade. Eu vivi os anos 60, fiz tudo o que me interessava, passei um tempo na Índia e no Nepal, e poderia ter ficado por lá, nas drogas, se a felicidade me interessasse. Moraria até hoje em Katmandu, meio pelado, com os macacos, passeando pelas lojas que vendiam tudo o que alguém poderia querer, em várias qualidades e quantidades, a preço de banana. Se quisesse a felicidade, por que teria saído de lá? Não é a felicidade que me interessa. O que me interessa é a vida, é a intensidade das experiências, boas e ruins. Se tiver que curtir uma dor porque morreu meu pai, ou meu cachorro, ou me separei de alguém que eu amava, é para chorar mesmo, e chorar é legal, faz parte de sentir a experiência.
MC A gente não sabe sofrer, é isso?
CC Ou isso ou a gente foi convencido pela idéia de que o sofrimento não deve fazer parte de nossas vidas. Isso é um aspecto psiquicamente higienista. Uma espécie de intervenção médica em cima da nossa vida. É extremamente desagradável essa idéia de que o sofrimento seja considerado patológico, isso é uma loucura. Claro, é evidente, se alguém considera se matar porque perdeu o relógio, aí existe uma desproporção, mas a idéia de dizer: 'Ah, morreu seu pai e eu vou medicá-lo para que você atravesse o luto corretamente' acho um absurdo, uma merda
(Fonte: Revista Marie Claire, Edição 207, nun/2008)
segunda-feira, 2 de abril de 2012
DICAS DE REDAÇÃO: NÃO ESCREVA APRESSADAMENTE PARA CUMPRIR UMA OBRIGAÇÃO CHATA
A redação exige concentração, disciplina, profunda reflexão (mesmo em gêneros narrativos). Não é para ser feita correndo, às pressas, em vinte minutos, pensando em entregar para cumprir uma obrigação. É necessário pensar sobre, associar ideias, refletir. Como isso pode ser feito em apenas alguns minutos por quem não tem nehuma prática ? Talvez seja possível para quem já tem bastante prática da escrita, mas mesmo esse sabe que não deve escrever às pressas, que seu texto precisa de aprofundamento. Por isso, leia o tema, pense sobre ele durante a semana, faça anotações, busque entender o que se pede e refletir concentradamente sobre o que você vai escrever. Seguindo as dicas do professor que corrigiu sua redação, o texto vai ficando cada vez melhor. Mas nunca faça sem uma certa disciplina, um certo ritual. E bom texto.
domingo, 1 de abril de 2012
ADOLESCENTE PEDE DESCULPAS PARA PROFESSORA EM ANÚNCIO NO PARANÁ
JEAN-PHILIP STRUCK
DE CURITIBA
Fonte: Folha.com , 28.03.2012
O pai de um aluno de uma escola de Londrina (380 km de Curitiba) publicou um anúncio em um jornal da cidade com um pedido de desculpas do filho para uma professora.
O jovem, que tem 16 anos e está no 3º ano do ensino médio de um colégio estadual, havia ofendido sua professora de artes e dito que pretendia "atear fogo" nela em um texto publicado no Facebook, em meio a reclamações sobre um pedido de lição de casa.
A mensagem foi publicada na semana passada e lida por vários alunos e pela professora. O pai e o aluno foram chamados pela direção da escola para comentar o conteúdo.
"Os dois pediram desculpas e nós aceitamos, mas o pai, achando que isso não era suficiente, resolveu publicar o anúncio", disse a diretora da escola, Jéssica Pieri, 42. A mensagem no Facebook foi excluída logo depois da reunião.
O anúncio foi publicado por três dias consecutivos, entre domingo (25) e terça-feira (27), no caderno de classificados do "Jornal de Londrina".
Nele o aluno diz que quer se retratar com a professora de artes Rosana Marques Franco, do colégio estadual Barão do Rio Branco. "Foi um momento impensado. Gostaria que a professora me perdoasse e que meu ato não seja repetido por outros alunos", diz um trecho do anúncio.
A professora disse que, ao ler a mensagem no Facebook, teve medo. "Não me senti ameaçada, mas é claro que a gente fica com medo, lembra do Realengo, essas coisas. Mas tudo foi resolvido. Vi que foi um desabafo infeliz. O pedido de desculpas do aluno e a atitude do pai foram muito bonitas", disse Franco.
"A gente fica surpreso, né? É lógico que uma frase dessas na internet pode vir a intimidar. Uma palavra escrita ou dita é lançada e aí não tem retorno. Pode machucar às vezes mais que do que alguma agressão física", disse o pai do aluno, que afirmou ainda que obrigou o filho a excluir a conta na rede social.
DE CURITIBA
Fonte: Folha.com , 28.03.2012
O pai de um aluno de uma escola de Londrina (380 km de Curitiba) publicou um anúncio em um jornal da cidade com um pedido de desculpas do filho para uma professora.
O jovem, que tem 16 anos e está no 3º ano do ensino médio de um colégio estadual, havia ofendido sua professora de artes e dito que pretendia "atear fogo" nela em um texto publicado no Facebook, em meio a reclamações sobre um pedido de lição de casa.
A mensagem foi publicada na semana passada e lida por vários alunos e pela professora. O pai e o aluno foram chamados pela direção da escola para comentar o conteúdo.
"Os dois pediram desculpas e nós aceitamos, mas o pai, achando que isso não era suficiente, resolveu publicar o anúncio", disse a diretora da escola, Jéssica Pieri, 42. A mensagem no Facebook foi excluída logo depois da reunião.
O anúncio foi publicado por três dias consecutivos, entre domingo (25) e terça-feira (27), no caderno de classificados do "Jornal de Londrina".
Nele o aluno diz que quer se retratar com a professora de artes Rosana Marques Franco, do colégio estadual Barão do Rio Branco. "Foi um momento impensado. Gostaria que a professora me perdoasse e que meu ato não seja repetido por outros alunos", diz um trecho do anúncio.
A professora disse que, ao ler a mensagem no Facebook, teve medo. "Não me senti ameaçada, mas é claro que a gente fica com medo, lembra do Realengo, essas coisas. Mas tudo foi resolvido. Vi que foi um desabafo infeliz. O pedido de desculpas do aluno e a atitude do pai foram muito bonitas", disse Franco.
"A gente fica surpreso, né? É lógico que uma frase dessas na internet pode vir a intimidar. Uma palavra escrita ou dita é lançada e aí não tem retorno. Pode machucar às vezes mais que do que alguma agressão física", disse o pai do aluno, que afirmou ainda que obrigou o filho a excluir a conta na rede social.
BELEZA E SIMPLICIDADE DO HAIKAI
O Haikai é uma pequena poesia com métrica e molde orientais, surgida no século XVI, muito difundida no Japão e vem se espalhando por todo o mundo durante este século. Possui uma longa história que retoma a filosofia espiritualista e o simbolismo Taoista dos místicos orientais e mestres Zen-budistas que expressam muito de seus pensamentos na forma de mitos, símbolos, paradoxos e imagens poéticas. Isto se deve à tentativa de transcender a limitação imposta pela linguagem usual e pensamento linear e científico que trata a natureza e o proprio ser humano como máquina. Na filosofia Zen, assim como no Haikai, é necessario ter introspeção e análise mais profunda fazendo-se perceber e descobrir curiosos e belos fatos naturais que de outra forma passariam despercebidos. O objetivo é capturar a essência do local numa poesia contemplativa e descritiva com grande valorização nos contrastes, na transformação e dinâmica, na cor, nas estações do ano, na união com a natureza, no que é momentâneo versus o que é eterno (ruptura do contínuo) e no elemento de surpresa.
Toque colorido
na ponta do capim
pousa a borboleta.
Devagar devagar
a folha sem escolha
vaga pelo ar.
O sol poente
despede-se lentamente
do ipê no campo.
Rio seco
Silêncio sob a ponte
apenas o vento.
Devagar devagar,
a folha sem escolha,
vaga pelo ar.
Devagar devagar,
a folha sem escolha,
vaga pelo ar.
Toque colorido
na ponta do capim
pousa a borboleta.
Devagar devagar
a folha sem escolha
vaga pelo ar.
O sol poente
despede-se lentamente
do ipê no campo.
Rio seco
Silêncio sob a ponte
apenas o vento.
Devagar devagar,
a folha sem escolha,
vaga pelo ar.
Devagar devagar,
a folha sem escolha,
vaga pelo ar.
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