quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A MELHOR EXPOSIÇÃO DE ARTES DO ANO

Na última vez em que um grande artista impressionista teve suas obras expostas em São Paulo, cerca de 200 000 pessoas enfileiraram-se pelos corredores do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para ver de perto. O artista era Claude Monet e o ano, 1997. Neste sábado, vai ser dada a largada para mais uma febre impressionista, a exposição Impressionismo: Paris e a Modernidade, que, além de Monet, vai reunir outros seis peso-pesados do primeiro movimento antiacadêmico de grande vulto nas artes plásticas. A mostra, que poderá ser visitada gratuitamente no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de São Paulo, e a partir de outubro no Rio, é formada por 85 obras de nomes como Vincent Van Gogh, Jules Lefebvre, Édouard Manet, Paul Gauguin, Pierre-Auguste Renoir e Toulouse-Lautrec, emprestadas pelo Museu D’Orsay, em Paris, por seis meses.
“O impressionismo é um movimento que está no imaginário do grande público e dos artistas de forma geral. A ideia agora é fazer o público entender melhor esse período”, diz Maria Ignez Mantovani, diretora da Expomus, empresa responsável pela montagem da mostra. Por isso, explica, a preocupação da curadoria foi montar a exposição sob um viés mais didático do que estético. As telas selecionadas para integrar a exposição retratam o cotidiano da mutante Paris do século XIX, quando a cidade rumava para a vida moderna, e são apoiadas por textos explicativos.
Orçada em 10,9 milhões de reais, a exposição começou a ser articulada entre as instituições francesa e brasileira há um ano e meio, quando o vice-presidente do Museu D’Orsay visitou o Brasil em busca de parcerias – e visibilidade para o museu. “Subimos de patamar, agora o referencial é outro”, diz Marcos Montoan, gerente do CCBB-SP.
O público aguardado para a temporada de dois meses em São Paulo é proporcional ao peso dos artistas representados na exposição. De acordo com Montoan, são esperadas 500 000 pessoas no período. O número é ainda maior que o registrado durante a mostra O Mundo Mágico de Escher, de 2011, que recebeu 381 000 visitantes e 600 000, no Rio, o que colocou o Brasil, pela primeira vez, no topo do ranking das exposições mais vistas no mundo.
Para amenizar as já tradicionais filas que dão a volta no prédio histórico do centro cultural, Montoan conta que o horário de exibição foi expandido em três horas durante a semana. A exposição vai estar aberta a partir das 7 horas da manhã de terça a sexta-feira. O horário excepcional vai ser destinado ao atendimento de grupos escolares. Além disso, na madrugada entre este sábado e domingo a instituição vai permanecer aberta para atender ao público mais ansioso para mergulhar no universo de Monet e companhia, no que já foi batizado de Virada Impressionista.

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