sexta-feira, 31 de agosto de 2012

AINDA O PESSIMISTA (OU REALISTA?!) FERNANDO PESSOA

"O cansaço de todas as ilusões e de tudo que há nas ilusões - a perda delas, a inutilidade de as ter, o antecansaço de ter que as ter para perdê-las, a mágoa de as ter tido, a vergonha intelectual de as ter tido sabendo que teriam tal fim."
(Fernando Pessoa como Bernardo Soares)

DESPEDAÇAR-SE




"Quanto mais me despedaço, mais fico inteira e serena."
(Cecília Meireles)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A NOTÍCIA PARECE SER CHATA MAS MERECE SER LIDA

ENQUANTO SE CONSTROEM MODERNÍSSIMOS ESTÁDIOS DE FUTEBOL...



Sem obras, Biblioteca Nacional corre risco

Problemas estruturais ameaçam acervo de instituição criada por d. João VI no Rio de Janeiro

29 de agosto de 2012 | 0h 30


Falta de ar-condicionado, fachada deteriorada, gambiarras, rachaduras em paredes e pisos. São alguns dos problemas da centenária sede da Biblioteca Nacional (BN), no centro do Rio. A série de projetos de restauração tocada pela direção não diminui a apreensão de quem trabalha em um dos únicos edifícios históricos da Cinelândia que ainda não passaram por reforma.

Por causa da deterioração, um pedaço da fachada do prédio centenário chegou a despencar na calçada movimentada.
"É um prédio de cem anos sem manutenção. Trabalho desde 1982 e nunca vi obra estrutural, só estética, e no início dos anos 1990", conta o chefe da Divisão de Obras Gerais, Rutonio Sant’Anna, que presidiu a associação de servidores por seis mandatos. "Estantes de metal dão choque. É tudo cheio de gambiarra, benjamim, muito perigoso. Acima de tudo, está a vida das pessoas e o patrimônio do País."
Criada há 200 anos por d. João VI com parte do acervo da família real trazido de Portugal, a instituição, muito procurada por estudantes e pesquisadores, recebe cópias de todos os jornais e livros publicados no Brasil (são 100 mil volumes por ano).

(Fonte: Estadão.com)







quarta-feira, 29 de agosto de 2012

ALUNA DENUNCIA NO FACEBOOK OS PROBLEMAS DA ESCOLA


Isadora diz que continuará lutando pela melhoria da escola pública - Divulgação
Divulgação
Isadora diz que continuará lutando pela melhoria da escola pública
Na página 'Diário de Classe', Isadora posta fotos de sua escola e reclama, entre outras coisas, da existência de porta sem maçaneta, fios desencapados, carteiras quebradas e ventiladores que dão choque. Até as 22h de terça, 28,, cerca de 128 mil pessoas haviam "curtido" a ideia.
Assim que a página foi criada, em 11 de julho, Mel Faber - mãe de Isadora - foi convocada à escola e avisada: era melhor tirar essa ideia da cabeça da menina antes que ela começasse a sofrer ameaças ou até fosse presa. "Fui taxativa no meu não. Minha filha quer é o que é dela por direito", respondeu Mel.
A estudante de Florianópolis Isadora Faber, de 13 anos, que virou celebridade por denunciar problemas de infraestrutura de sua escola no Facebook, ironizou na noite desta terça-feira, 28, as declarações da secretária municipal de Educação e da diretora da Escola Básica Maria Tomázia Coelho. De acordo com a Assessoria de Imprensa da pasta, as gestoras reconheceram as deficiências no colégio e disseram que apoiam a iniciativa da adolescente.
A popularidade da garota atraiu a atenção de políticos locais. Mas Isadora disse que não quer vincular sua imagem à política, apenas continuar lutando pela melhoria das escolas públicas.
A estudante aproveitou para convidar outros jovens a também postarem o que há de errado em seus colégios. De acordo com ela, várias pessoas já lhe enviaram links de páginas com conteúdo semelhante. Por fim, Isadora agradeceu o apoio dos pais. "Não conseguiria fazer isso se eles não me apoiassem.
(Fonte: Estadao.com)


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

SHAKESPEARE NA RUA

O grupo mineiro de teatro GALPÃO está comemorando 30 anos de história e qualidade.
A peça mais marcante deles foi "Romeu e Julieta", feita como teatro de rua, utilizando o carro que se vê na foto.
Depois a peça foi uma das poucas do mundo a se apresentar no Globe Theatre , em Londres, onde se representam peças de Shakespeare.
É preciso ver!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

QUANTO MAIS ALTOS OS MUROS E GRADES, MAIS PROTEÇÃO, CERTO ? ERRADO !



Primeiro grades e portões cercaram prédios e casas, e guaritas foram instaladas nos limites entre os edifícios e as ruas. Depois, muros altos passaram a cercar não apenas quadras inteiras, mas, às vezes, várias delas, fechando pedaços de cidade com exclusividade para seus moradores e visitantes. O modelo — identificado principalmente com a ideia de segurança contra a violência das ruas — acabou se disseminando tanto que virou norma obrigatória em algumas cidades e até em alguns programas habitacionais.
O pressuposto de que quanto mais muros e grades são colocados, mais segurança existe alimentou, durante mais de duas décadas, a transformação dos modos de morar. A ideia, que parece óbvia, é a de que, ocultando o máximo possível o que se passa intramuros, evita-se a invasão e o roubo. Entretanto, a mais nova onda de furtos e roubos, pelo menos na cidade de São Paulo, contraria esta ideia. Já são 20 os condomínios de luxo, muradíssimos, que sofreram arrastões apenas este ano na capital paulista.
O último caso ocorreu esta semana no bairro do Itaim-Bibi e foi noticiado pelo “Estadão”. O porteiro do condomínio contou à reportagem que os bandidos entraram pelos fundos, escalando um muro de 4 metros de altura. De acordo com a Delegacia de Investigação de Crimes Patrimoniais, a cada mês são registrados, em média, dois arrastões em condomínios de luxo em São Paulo.
Recentemente, a “Folha de S. Paulo” divulgou dados de uma pesquisa realizada pela Polícia Militar do Paraná que revela que 60% das casas assaltadas em Curitiba são cercadas por muros. Apenas 15% são “abertas” para a rua. Além disso, a pesquisa colheu depoimentos de detentos com participação em assaltos. Dos entrevistados, 71% afirmaram que casas com muros são preferíveis para a realização de assaltos e 54% disseram que os muros ocultam a ação.
O fato é que transformar a lógica do modo de morar e de organizar a cidade não resolve o problema da violência nas ruas. As estratégias de furtos, roubos e assaltos também se adaptam. Uma das técnicas que vem sendo utilizadas por criminosos hoje, por exemplo, é clonar ou roubar controles remotos de portões automáticos, o que lhes permite entrar e sair de residências tranquilamente, sem alarde e, ironicamente, “protegidos” por muros.
Moral da história: os muros fragmentaram cidades, destruíram a relação dos edifícios com o espaço público, empobreceram a paisagem e, como estamos vendo, não resolveram o problema da segurança. Pra que servem então?
Texto originalmente publicado no Yahoo!Blogs.

Fonte:   
http://raquelrolnik.wordpress.com/

PARODIANDO A ARTE




VALEU


Valeu
Vida, valeu.
Não te repetirei jamais. 


(poema de Antonio Cícero)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

PARTICIPAÇÃO POLÍTICA: INDISPENSÁVEL OU SUPERADA ? (UMA DAS MELHORES REDAÇÕES DIVULGADAS PELA FUVEST SOBRE ESSE TEMA DE 2012)



Para ler as outras :  http://www.fuvest.br/vest2012/bestred/104829.html

COMO SE CORRIGE A REDAÇÃO DA FUVEST

No site da  FUVEST  sobre a correção de redações para 2012 (http://www.fuvest.br/vest2012/informes/ii042012_03.html), consta o seguinte:




A Redação merece uma correção especial, descrita a seguir. Logo que as provas chegam à FUVEST, procede-se a uma leitura eletrônica do texto preparado pelo candidato. Em seguida, são feitas duas cópias desse texto, sem identificar o candidato pelo nome, que são encaminhadas a dois corretores independentes, previamente treinados. Eles deverão atribuir nota a essa Redação, levando em conta três características: Tipo de texto e abordagem do tema, Estrutura e Expressão.
Cada uma de tais características recebe notas 0, 1, 2, 3 ou 4. Se as avaliações independentes não concordarem (discrepância detectada pelos computadores), a redação é encaminhada a uma “banca superior”, que analisa tudo novamente e atribui a nota definitiva. A fuga ao tema proposto anula a Redação, que receberá, neste caso, nota zero.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

POR QUE SE ESCREVE POEMAS, SEGUNDO O POETA ANTONIO CÍCERO


"Drawing hands" de Escher

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se
declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar

Fonte: 
http://antoniocicero.blogspot.com.br/

A POESIA NA LETRA DE MÚSICA : "PRATO DE FLORES" DO GRUPO NAÇÃO ZUMBI

  (...)
Eu vou lhe dar um prato de flores
E no seu ventre vou fazer o meu jardim
Que vai florir
 

Quando os espinhos lançarem as dores
Do cheiro forte do jardim que não tem fim
Que não tem fim 

E o seu umbigo ainda em flor
Vai mexer com o tempo vai matar a dor de novo
E o seu umbigo ainda em flor vai mexer com o tempo vai matar a dor de novo
E os espinhos são pra quem pensa em enganar a flor
A beleza rédia prosa da dor
E os espinhos são pra quem pensa em enganar a flor
A beleza rédia prosa da dor
E o seu umbigo ainda em flor
Vai mexer com o tempo vai matar a dor de novo
Eu vou lhe dar um prato de flores
E no seu ventre vou fazer o meu jardim 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

ARTE DE AMAR SEGUNDO MANUEL BANDEIRA


Arte de Amar  
 

                                                    "Os  amantes" -    Magritte
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.


(Poema de Manuel Bandeira)

TEXTO A PARTIR DE UMA FOTO 2



Sim, me perdi com o vento.  A condição de sombrinha vermelha fechada na gaveta me cansava.
Então, num dia de ventania forte, insuportável, fugi da mão dela, escapei de ser sombrinha.
E voei. E vi paisagens. Agora parei. A paisagem me vê e eu a vejo.
Somente a sombrinha e a sombra da sombrinha.

(TEXTO: FRANCISCO CARVALHO)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

"A LOUCURA VARRE AS RUAS"

                            "A loucura   varre  as  ruas"    de    Oswaldo   Goeldi


Escuridão sombria. Guarda-chuva negro. Vento que, sem cor, aqui fica escuro.
Como perceber o vento?
Nos movimentos da mulher que segura o varal que voa.
No segurar do guarda-chuva que quer voar.
Nos traços horizontais que sopram, lutando contra os verticais das construções cariocas.
Um Rio de Janeiro, uma Lapa talvez, mas interior, Lapa sem sol, cruel e dolorosa.
A loucura destrói a paisagem-clichê.
Varre o externo, faz virar traços básicos e essenciais.
Assim é a expressão pura da dor. E da arte que varre e nos varre.

(TEXTO:  FRANCISCO CARVALHO)

DA FILÓSOFA NORTE-AMERICANA SUSAN SONTAG


"ABANDONO"

Acabou ontem a exposição das obras de Oswaldo Goeldi, artista nascido no Rio de Janeiro , onde faleceu em 1961.
Goeldi me chocou. Morou em Belém, na Suíça (o pai era suíço) e no Rio de Janeiro. O Rio tem luz, clareza, explosão de cores. Goeldi faz xilogravuras escuras, quase sem sol, mesmo quando mostra o sol. Inimaginável um Rio sem sol e luz. Mas o artista expressionista via assim o mundo: sombrio, escuro, sufocante. Fiquei chocado e maravilhado.

A obra acima se chama "Abandono" e é dolorosa, triste, reveladora na escuridão, nos traços essenciais, no vermelho brotando, explodindo de dois pontos cruciais. Desespero, vazio, loucura.

Quem perdeu, procure pesquisar sobre. Vale a pena. O Rio interior de Goeldi não tem sol, mas é cheio de luz.
(TEXTO:  FRANCISCO CARVALHO)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

TEXTO 1 A PARTIR DE UMA FOTO

Tão bom é o sono. Como sou cão, durmo mas estou acordado. A bicicleta está parada, mas parece andar. E me levar. Vai me arrastando pelas ruas e as imagens passam rápidas, embaçadas. Não sei se sonhos, não sei se fantasmas de casas, de pessoas, de letras e de amores. E eu me sinto levitar, olhos entreabertos. Sonho? Mas se abro os olhos não vejo com tanta nitidez as mesmas coisas ? Sim, envelheço e sou ordinário, estou com a bicicleta mas estou só. Tão simples latidos.

Tão bom é o sono. Como sou bicicleta que dorme encostada na parede,  sonho estar carregando um cão. Mesmo parada, rodo pelas ruas. Uma roda parada pode rodar ? Imagino que rodo ou a realidade me cerca. Se estamos aqui nesse mundo nem podemos conversar. Linguagem de cão não é de bicicleta. Sim, me enferrujo e estou só mesmo com o cão.Tão simples rangeres.

Foto:  Maciej Dakowicz

(TEXTO:   FRANCISCO  CARVALHO)


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

NARCISO

O pintor Caravaggio, cuja obra  está exposta no MASP,  pintou a obra "Narciso" (1594-1596). Muitas releituras foram feitas, sátiras, paródias.
Algum anônimo resolveu postar esta versão engraçada na internet.

O PROFESSOR , A LEITURA E A PONTE


A argentina María Teresa Andruetto é uma ponte entre as pontes. “Ponte”, segundo ela, é a melhor maneira de definir um bom professor, elo fundamental entre o conhecimento literário e os jovens leitores ávidos por informação. Com dezenas de livros publicados, essa formadora de professores acaba de receber o mais alto reconhecimento por seu trabalho: o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o “Nobel” da literatura infantojuvenil. Em junho, María Teresa veio ao Brasil para palestras e o lançamento do seu primeiro livro no país, A menina, o coração e a casa, pela Global.



LE MONDE DIPLOMATIQUE BRASIL – Hoje as crianças estão cada vez mais influenciadas pela tecnologia, videogames, iPads, redes sociais. Isso terá algum peso sobre os novos autores de literatura infantil? Como o livro, uma obra teoricamente estática, pode concorrer com essas mídias tão sedutoras?

MARÍA TERESA ANDRUETTO – Por um lado, usamos com frequência esses novos aparelhos tecnológicos, mas também temos de lembrar que eles não estão ao alcance de todas as crianças de nossos países. A realidade é que vivemos em um mundo onde diversos instrumentos de acesso às histórias e ao conhecimento podem coexistir. Por outro lado, o livro como provocador da leitura não é nem um pouco estático; na verdade, é a mídia mais dinâmica que existe. Em alguns casos, é muito mais dinâmico na provocação de nosso imaginário do que um videogame, em que as opções para a imaginação são predeterminadas. Além disso, as novas edições de livros infantojuvenis são concebidas de acordo com os mais altos padrões estéticos de design e ilustrações, o que resulta em um convite à leitura bastante atraente para os novos leitores

DIPLOMATIQUE – Um dos pontos mais importantes de seu trabalho é a formação dos professores, que a senhora define como “pontes”. Como o papel do professor mudou ao longo das últimas décadas? Como será o professor no futuro? Ele ainda será a ponte fundamental entre o conhecimento e as crianças?
MARÍA TERESA – Creio que essa “ponte humana” será sempre necessária. Um bom professor não ensina apenas conhecimentos específicos; ele transmite também um modo de se corresponder com o mundo, uma concepção de vida. Pode deixar no outro uma marca indelével, social, ética, estética.


BRASIL OCUPA PRIMEIRO LUGAR NO RANKING MUNDIAL DE EXPOSIÇÕES MAIS VISITADAS EM 2011





 
Litogravura de Escher: Belvedere (1958)
A publicação The Art Newspaper, que realiza desde 1996 o ranking das exposições mais vistas no mundo, divulga na sua edição de abril os números relativos a 2011.
Segundo o levantamento, tendo como base a frequência diária, a exposição mais vista foi O Mundo Mágico de Escher, que esteve em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro, tendo recebido 9.700 visitantes ao dia entre janeiro e março de 2011.
A mesma unidade do CCBB emplacou mais duas exposições entre as 10 mais vistas: Oneness, de Mariko Mori, com 6.990 visitantes diários, e Eu em Tu: Laurie Anderson, com 6.930 visitantes – todas tinham entrada franca. Veja a lista completa aqui.
Segundo a publicação, “o apetite por arte contemporânea no Brasil é incrível” e cita Inhotim, instituto de arte localizado em Brumadinho (MG), como referência, tendo recebido 770 mil visitantes em 2011.
Exposições que estiveram em cartaz em museus que integram o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) aparecem na lista geral de The Art Newspaper 2011. O Museu Imperial, com a exposição Museu Imperial na Memória, recebeu mais de 92 mil visitantes em quatro meses.
Já o Museu Histórico Nacional (MHN), no Rio de Janeiro, aparece com cinco exposições: Mulheres na Coleção do Museu Histórico Nacional (32.500 visitantes), Percurso Gráfico – 50 anos da arte de Clécio Penedo (23.100 visitantes), Brasil e a Transformação da Paisagem (16.300 visitantes), Jóias Auditions (15.200 visitantes) e Mostra Welasco de Móveis (12.300 visitantes).
(Fonte: Instituto Brasileiro de Museus)

A MELHOR EXPOSIÇÃO DE ARTES DO ANO

Na última vez em que um grande artista impressionista teve suas obras expostas em São Paulo, cerca de 200 000 pessoas enfileiraram-se pelos corredores do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para ver de perto. O artista era Claude Monet e o ano, 1997. Neste sábado, vai ser dada a largada para mais uma febre impressionista, a exposição Impressionismo: Paris e a Modernidade, que, além de Monet, vai reunir outros seis peso-pesados do primeiro movimento antiacadêmico de grande vulto nas artes plásticas. A mostra, que poderá ser visitada gratuitamente no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de São Paulo, e a partir de outubro no Rio, é formada por 85 obras de nomes como Vincent Van Gogh, Jules Lefebvre, Édouard Manet, Paul Gauguin, Pierre-Auguste Renoir e Toulouse-Lautrec, emprestadas pelo Museu D’Orsay, em Paris, por seis meses.
“O impressionismo é um movimento que está no imaginário do grande público e dos artistas de forma geral. A ideia agora é fazer o público entender melhor esse período”, diz Maria Ignez Mantovani, diretora da Expomus, empresa responsável pela montagem da mostra. Por isso, explica, a preocupação da curadoria foi montar a exposição sob um viés mais didático do que estético. As telas selecionadas para integrar a exposição retratam o cotidiano da mutante Paris do século XIX, quando a cidade rumava para a vida moderna, e são apoiadas por textos explicativos.
Orçada em 10,9 milhões de reais, a exposição começou a ser articulada entre as instituições francesa e brasileira há um ano e meio, quando o vice-presidente do Museu D’Orsay visitou o Brasil em busca de parcerias – e visibilidade para o museu. “Subimos de patamar, agora o referencial é outro”, diz Marcos Montoan, gerente do CCBB-SP.
O público aguardado para a temporada de dois meses em São Paulo é proporcional ao peso dos artistas representados na exposição. De acordo com Montoan, são esperadas 500 000 pessoas no período. O número é ainda maior que o registrado durante a mostra O Mundo Mágico de Escher, de 2011, que recebeu 381 000 visitantes e 600 000, no Rio, o que colocou o Brasil, pela primeira vez, no topo do ranking das exposições mais vistas no mundo.
Para amenizar as já tradicionais filas que dão a volta no prédio histórico do centro cultural, Montoan conta que o horário de exibição foi expandido em três horas durante a semana. A exposição vai estar aberta a partir das 7 horas da manhã de terça a sexta-feira. O horário excepcional vai ser destinado ao atendimento de grupos escolares. Além disso, na madrugada entre este sábado e domingo a instituição vai permanecer aberta para atender ao público mais ansioso para mergulhar no universo de Monet e companhia, no que já foi batizado de Virada Impressionista.

LIVROS DE TODOS OS TIPOS

Entre 09/08/2012 e 19/08/2012
Bienal do Livro de São Paulo chega a sua 22ª edição em 2012 e reúne cerca de 400 expositores entre os dias 09 e 19 de agosto, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, distribuídos em uma área de 30 mil m2.
Com curadoria de Antonio Carlos de Moraes Sartini, diretor-executivo do Museu da Língua Portuguesa; e dos jornalistas Paulo Markun e Zeca Camargo, o evento concentra as principais editoras, livrarias e distribuidoras do país. Uma boa opção para quem gosta de literatura e quer conhecer novos livros ou comprar bons títulos por um bom preço.
Com a expectativa de um público de 800 mil pessoas, a Bienal homenageia os autores Jorge Amado e Nelson Rodrigues, que completariam cem anos se estivessem vivos, e a Semana de Arte Moderna de 1922, que completa 90 anos em 2012.
Além disso, foram escolhidos sete temas que dividem e ajudam a organizar as ações culturais da feira que incluem palestras e bate-papos entre o público e os profissionais. Os temas são Criança, Jovem, Educação, Gourmet, Negócios e Telas e Palcos.