Cameron Sinclair faz apelo por arquitetura mais social do que estética
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DE SÃO PAULO
Na conferência que realizou na noite desta terça-feira, no Fronteiras do Pensamento, em São Paulo, o arquiteto britânico Cameron Sinclair, 39, voltou --como fez em entrevista à Folha-- a fazer um apelo por uma arquitetura de cunho mais social do que estético.
"Se você nunca construiu um prédio, me desculpe, você não pode ser considerado um arquiteto", provocou ele ao falar sobre a necessidade de se ampliar o espectro da atividade, tirando-o de projetos resumidos ao papel e aliando-o a antropologia e a aspectos culturais, econômicos e políticos de cada comunidade.
Diretor da Architecture For Humanity, uma ONG dedicada a construção de abrigos e aparelhos comunitários em regiões negligenciadas ou atingidas por desastres naturais, Sinclair listou uma serie de projetos baseados na sua filosofia.
Entre os exemplos, citou uma pista de skate no Afeganistão, um complexo educacional no Sri Lanka e a construção de um conjunto habitacional na África do Sul. Em todos eles, as marcas de sua filosofia, que inclui participação da comunidade desde o planejamento e captação de recursos por empresas que não queiram capitalizar em cima dos projetos.
"Não trabalhamos com ego nem com logo. O ego dos nossos arquitetos nunca é maior do que nossos projetos e nenhuma empresa que nos financia aparece nas nossas construções", resumiu.
"Nosso desafio deve ser construir para as gerações futuras, conservando os traços marcantes da comunidade", explicou ele, para quem o conceito de arquitetura deve conter elementos que ele considera acessórios e indispen
sáveis, como projetos educacionais, esportivos, de assistência social e geração de energia renovável.
"Dar abrigo sem dar emprego é inútil. Você vai acabar favorecendo a segregação", ponderou. "Arquitetura é um processo continuado; é um desastre você simplesmente construir uma casa a esquecer de dar condições de vida às pessoas que vão morar ali".
Na conferência que realizou na noite desta terça-feira, no Fronteiras do Pensamento, em São Paulo, o arquiteto britânico Cameron Sinclair, 39, voltou --como fez em entrevista à Folha-- a fazer um apelo por uma arquitetura de cunho mais social do que estético.
"Se você nunca construiu um prédio, me desculpe, você não pode ser considerado um arquiteto", provocou ele ao falar sobre a necessidade de se ampliar o espectro da atividade, tirando-o de projetos resumidos ao papel e aliando-o a antropologia e a aspectos culturais, econômicos e políticos de cada comunidade.
Diretor da Architecture For Humanity, uma ONG dedicada a construção de abrigos e aparelhos comunitários em regiões negligenciadas ou atingidas por desastres naturais, Sinclair listou uma serie de projetos baseados na sua filosofia.
Entre os exemplos, citou uma pista de skate no Afeganistão, um complexo educacional no Sri Lanka e a construção de um conjunto habitacional na África do Sul. Em todos eles, as marcas de sua filosofia, que inclui participação da comunidade desde o planejamento e captação de recursos por empresas que não queiram capitalizar em cima dos projetos.
"Não trabalhamos com ego nem com logo. O ego dos nossos arquitetos nunca é maior do que nossos projetos e nenhuma empresa que nos financia aparece nas nossas construções", resumiu.
"Nosso desafio deve ser construir para as gerações futuras, conservando os traços marcantes da comunidade", explicou ele, para quem o conceito de arquitetura deve conter elementos que ele considera acessórios e indispen
sáveis, como projetos educacionais, esportivos, de assistência social e geração de energia renovável.
"Dar abrigo sem dar emprego é inútil. Você vai acabar favorecendo a segregação", ponderou. "Arquitetura é um processo continuado; é um desastre você simplesmente construir uma casa a esquecer de dar condições de vida às pessoas que vão morar ali".
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