Tantas ruas, vielas, becos, avenidas, calçadas. O vento se junta à luz do sol e começaram a subir a Janarelli. As fumaças dos carros e as solas dos tênis sobem a rua. Todos os pensamentos e os cuspes escalam seu asfalto. As paredes param para olhar o movimento, as janelas querem subir mas estão paradas, entreabertas. Os postes, fixados, não podem subir/descer/subir. Não é uma rua qualquer. Nenhuma rua é qualquer. Está parada, mas anda. Mil espíritos, dores, alucinações, prestações, carinhos, sobem e descem. Ali um caõzinho foi atropelado. A dona viu e ficou paralisada para sempre. A rua logo apagou tudo e o vento se juntou à luz do sol e começou a subir a José Janarelli. Tantas ruas, vielas, becos, avenidas, calçadas.
Francisco Carvalho
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