Ao contrário da não ficção, romances e contos brasileiros não emplacam boas vendas
Basta uma rápida olhada nas listas de livros mais vendidos para notar dois cenários bem distintos no mercado editorial brasileiro.
A categoria de não ficção é dominada por livros nacionais, quase sempre ocupando os primeiros lugares.
Já entre os títulos de ficção, encontrar um autor brasileiro é como achar uma agulha em um palheiro.
O site "PublishNews", que monitora as vendas de 25% a 35% das livrarias do país, publicou um balanço de 2012 que ilustra bem a questão.
Entre os 20 livros de não ficção de maior sucesso no ano, há 14 títulos brasileiros (veja ao lado). Biografias do bispo Edir Macedo e do empresário Eike Batista e o manual de etiqueta da colunista da Folha Danuza Leão são os maiores sucessos da categoria.
Na seara da ficção, há apenas dois autores brasileiros entre os 20: Jô Soares e Luis Fernando Verissimo, ambos no fim da lista.
(...)Enquanto Companhia e Record dizem dividir seus catálogos brasileiros de forma equiparada entre ficção e não ficção, a Leya tem privilegiado este último.
"Simplesmente porque são poucos os autores de ficção que merecem publicação", justifica o diretor-geral da editora, Pascoal Soto.
Ele esteve envolvido em alguns dos principais fenômenos da não ficção dos últimos anos, como "1808" (quando Soto ainda atuava na Planeta) e a série "Guia Politicamente Incorreto" (já na Leya).
"Na não ficção, encontramos autores dispostos a atender à demanda do grande público. Eles escrevem de forma acessível. Já os romancistas escrevem para os amigos, para ganhar o Nobel de Literatura", alfineta Soto.
(Fonte: Folha.com, visualizada em 03/01/2013)
(...)Enquanto Companhia e Record dizem dividir seus catálogos brasileiros de forma equiparada entre ficção e não ficção, a Leya tem privilegiado este último.
(Fonte: Folha.com, visualizada em 03/01/2013)
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