quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
OSCAR: "O ARTISTA" EM PRETO E BRANCO
DISSERTAÇÃO E ROTEIRO(DICAS)
Antes de escrever é necessário traçar um roteiro. Não se escreve à medida que os pensamentos vão surgindo na cabeça.Isso faziam os poetas surrealistas, mas com outros propósitos estéticos. Primeiro é preciso organizar os pensamentos em itens, marcar no papel, assinalar para eles uma ordem, estabelecer relações. A escrita é antes de tudo organização do pensamento.Traçar um plano facilita pra que depois se escreva. Às vezes se perde um bo tempo nesse roteiro, mas ganha-se outro ao escrever porque praticamente o texto está pronto. Não se deve ter preguiça.Aprenda a organizar.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
INTERNET LIVRE (LINK - ESTADÃO)
Um ‘marco civil da internet’ para o mundo
- 27 de fevereiro de 2012|
- 15h59
Por Tatiana de Mello Dias
Contra SOPA e PIPA, site agregador de notícias apresenta contra-proposta de lei escrita colaborativamente no Google Docs SÃO PAULO – O site agregador de notícias Reddit é um dos que encabeçaram a luta contra a Sopa e a Pipa, as leis americanas contra a pirataria que poderiam prejudicar a livre circulação de informações na internet. Agora, o Reddit é o líder de uma campanha que apresentou uma contra-proposta de lei: o Ato pela Internet Livre, ou Free Internet Act (FIA).
![]() |
A primeira versão da lei foi publicada no Google Docs. Dá para editar o texto livremente — embora a edição fique às vezes prejudicada porque muitas pessoas estão trabalhando no texto ao mesmo tempo.
Há trechos que dizem que os “governos não podem impor nem administrar nenhum tipo de censura na internet”, a não ser que o caso seja relacionado à pedofilia ou fraude bancária.
A lei prevê que apenas o criador ou a pessoa que fez o upload pode ser responsabilizada pelo conteúdo publicado — isso isenta provedores de serviço como o Google e Facebook de sofrerem processos por pirataria ou conteúdo ofensivo. Se o conteúdo for removido por algum motivo, quem fez o upload deve ser notificado.
O Reddit quer que a lei seja aplicada até fora dos EUA — a ideia é que a lei seja proposta como um tratado internacional, apresentado inclusive à Comissão Europeia. Há um plano: se eles conseguirem coletar um milhão de assinaturas, a Comissão se encontrará com os organizadores da proposta e poderá propor a lei para os estados-membros. O prazo para o envio da proposta é 1 de abril – por isso, o prazo para elaboração final do texto, com a consulta de advogados, é de apenas um mês.
VERDADES
"Passamos metade da vida à espera daqueles que amamos e a outra metade a deixar os que amamos." (Victor Hugo, escritor francês)
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
NÃO SE APRENDE DISSERTAÇÃO EM POUCOS DIAS
Os vestibulandos sempre deixam a redação de lado e só se preocupam quando,já próximo do vestibular, percebem o quanto ela é importante. Não é possível aprender a fazer uma excelente redação em poucos dias, no máximo você terá dicas de organização. O trabalho com dissertação, por exemplo, é lento, metódico, envolve concentração, disciplina, convivência com textos e ideias de jornalistas, escritores, dos principais autores que pensam e pensaram a vida, o mundo, a política. Erra-se, conserta-se, volta-se a errar, limpa-se, corrige-se. Não é atividade para uma semana ou duas, mas para um acompanhamento constante, com prática diária, semanal. A preguiça deve ser deixada de lado, afinal se está pleiteando entrada nas melhores faculdades e universidades.Vale a pena o esforço e disciplina.O melhor é não deixar para o final.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
COMEÇAR
"A única alegria da vida é começar. Porque viver é começar de novo, a cada dia, em cada instante." (Cesare Pavese, 1908-1950, escritor italiano)
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
O LEITOR (DICAS DE DISSSERTAÇÃO)
O leitor é o centro de tudo. É para ele que se escreve, não para o corretor dos vestibulares. Quer dizer, o corretor também se coloca no lugar do leitor comum, que não é nem o extremo do leitor intelectualizado nem o do ignorante.E todos precisam entender seu texto. Não se escreve para si, escreve-se para ser lido. Daí a necessidade de clareza, organização, coesão e coerência. Assim como no decorrer da vida é necessário encontrar o Outro, aproximar-se dele, entendê-lo, respeitá-lo, também os textos são exercícios de chegar ao Outro. E do Outro chegar a nós: se ele também for claro, organizado, coeso, coerente. Então esse Outro deve estar sempre presente na cabeça de quem escreve: preciso me aproximar dele e ele de mim.
DICA: MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA EXIBE PAINÉIS GIGANTES E RESTAURADOS DE PORTINARI
No dia em que se completam 50 anos da morte de Candido Portinari (1903-1962) --na segunda-feira (6)--, o visitante poderá conferir na exposição "Guerra e Paz, de Portinari", no Memorial da América Latina, os recém-restaurados painéis "Guerra" e "Paz", ambos com 14 metros de altura e dez de largura, além de cerca de 80 estudos preparatórios, como guache, desenhos e maquetes.
Após o processo de restauro, realizado nos salões do Palácio Gustavo Capanema (RJ), os trabalhos, que retratam os dramas e as tragédias sociais, desembarcaram na capital paulista --primeira cidade do mundo a exibir ao grande público os painéis, desde que foram levados há 56 anos para a sede da ONU, em Nova York.
"As obras ficavam no hall do prédio da Assembleia-Geral das Nações Unidas, com acesso restrito aos delegados das nações por razões de segurança", comenta João Candido Portinari, filho do artista e professor.
"Por esse motivo, o Projeto Portinari sempre sonhou em trazê-los para mostrar a todos o grito brasileiro pela paz", completa.
Depois de deixar São Paulo, primeiro destino da fase itinerante das obras, a exposição vai seguir para outras cidades do mundo. Segundo João, já há dois países definidos, Japão e Noruega.
A mostra é gratuita.(GUIA FOLHA - 03/02/2012)
FUI VER E RECOMENDO COMEÇAR PELOS ESBOÇOS PARA FAZER O PAINEL.SÃO TÃO DESLUMBRANTES QUANTO OS PAINÉIS. O TRABALHO COM AS CORES É MAGNÍFICO.
Após o processo de restauro, realizado nos salões do Palácio Gustavo Capanema (RJ), os trabalhos, que retratam os dramas e as tragédias sociais, desembarcaram na capital paulista --primeira cidade do mundo a exibir ao grande público os painéis, desde que foram levados há 56 anos para a sede da ONU, em Nova York.
"As obras ficavam no hall do prédio da Assembleia-Geral das Nações Unidas, com acesso restrito aos delegados das nações por razões de segurança", comenta João Candido Portinari, filho do artista e professor.
"Por esse motivo, o Projeto Portinari sempre sonhou em trazê-los para mostrar a todos o grito brasileiro pela paz", completa.
Depois de deixar São Paulo, primeiro destino da fase itinerante das obras, a exposição vai seguir para outras cidades do mundo. Segundo João, já há dois países definidos, Japão e Noruega.
A mostra é gratuita.(GUIA FOLHA - 03/02/2012)
FUI VER E RECOMENDO COMEÇAR PELOS ESBOÇOS PARA FAZER O PAINEL.SÃO TÃO DESLUMBRANTES QUANTO OS PAINÉIS. O TRABALHO COM AS CORES É MAGNÍFICO.
CONHECENDO UM NOVO AUTOR BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO: RUBENS FIGUEIREDO
Em 1978, Rubens Figueiredo tinha 22 anos, acabara de concluir a faculdade de letras e estava duro.
Bateu à porta de uma editora do subúrbio do Rio se oferecendo para fazer traduções. "O senhor de lá era um sujeito excêntrico, autor de quadrinhos de terror, parecia que vivia em outro mundo, na década de 30", recorda.
O senhor era Rubens Francisco Lucchetti, pioneiro da "pulp fiction" no Brasil e roteirista dos filmes de Zé do Caixão. A editora era a Cedibra, que publicava HQs e edições populares.
Figueiredo começou a traduzir livrinhos de bolso de faroeste. Os primeiros volumes que levam sua assinatura, em 79, são "Onde o Colt Era a Lei", de Marcial Lafuente Estefanía, e "Sem Lei e Sem Alma", de Silver Kane. Os originais eram em espanhol, língua que ele nunca estudara.
Passou a reescrever livrinhos de sacanagem varridos das bancas pela censura. "Transformava os livros eróticos em românticos. Mas quando [a censura] amainava, eu tinha de voltar tudo, retransformava as partes românticas em eróticas."
Trinta e dois anos depois, neste 2011, Rubens Figueiredo é protagonista da literatura brasileira, consagrado como escritor e tradutor.
Seu último romance, "O Passageiro do Fim do Dia" ganhou dois dos maiores prêmios literários do país, o São Paulo e o Portugal Telecom, e sua tradução de "Guerra e Paz", a primeira direto do russo do clássico de Tolstói, é exaltada pela crítica.
Além do deleite que é ouvi-lo narrar esse início algo bizarro --logo ele, tímido, sereno, magro como bambu--, importa saber como Figueiredo valoriza a experiência.
"Desde cedo eu queria publicar, mas não conseguia, tinha medo e timidez. Com esse trabalho mais avacalhado, passei a encarar tudo de maneira mais descontraída."
Escreveu o primeiro romance em 1981, mas só conseguiu publicá-lo em 86, com ajuda de Luiz Fernando Verissimo, a quem o irmão Reinaldo mostrara o original.
"O Mistério da Samambaia Bailarina" (Record, esgotado) é, segundo Rubens, "um livro humorístico, na linha da farsa, da paródia", assim como foram os romances seguintes, "Essa Maldita Farinha" e "A Festa do Milênio".
DESIGUALDADE
Rubens é ardoroso ao defender a opção por uma literatura crítica. "Toda sociedade funciona para manter e justificar a desigualdade. Todo dia há um esforço para que se encare como inevitável que poucos têm muito e muitos não têm quase nada."
Ele critica a tendência segundo a qual a literatura se basta e os autores que se valem "da força da linguagem e da construção em si."
Figueiredo inclui no rol Philip Roth e Paul Auster, autores que ele já verteu para o português. "É incrível perceber como a propaganda política aparece disfarçada."
"É só contar quantas vezes a bandeira americana aparece nos livros de Philip Roth, quantas vezes a palavra América aparece nos livros de Paul Auster e Susan Sontag. Mas os grandes conflitos dos EUA não são tratados."
Nascido em 1956 numa família de classe média carioca, Rubens é o segundo de três filhos de um vendedor de tecidos e uma dona de casa. O primogênito é Reinaldo, músico, cartunista e humorista do "Casseta"; e o caçula, o jornalista Cláudio.
Estudou em escola pública. Dos 14 aos 18, teve aula de clarinete com Paulo Moura.
Na faculdade de letras, optou por português/russo, mas só muito depois começaria a traduzir dessa língua; primeiro poemas de Óssip Mandelstam para a revista "Inimigo Rumor", depois contos de Tchékhov para a Cosac.
É professor de português da rede pública estadual. Deu aulas por 25 anos num colégio da Cidade de Deus, mas no fim de 2009 pediu transferência. Como o Pedro de "O Passageiro..." --que narra uma viagem ao subúrbio atravessada pela ruína social brasileira--, ele ia e voltava de ônibus (quatro ao todo).
Com o trânsito cada vez pior, precisava sair três horas antes da aula. Hoje ensina numa colégio na Gávea, na zona sul. Vai de bicicleta.
Figueiredo é casado há 22 anos com Leny Cordeiro, preparadora de originais para editoras. Vivem sós num apartamento de 70 m² em Copacabana, onde ele falou à Folha. Juntos estudam "dar um destino racional", como diz ele, ao dinheiro ganho com os prêmios (R$ 300 mil, fora desconto do IR).
Vegetariano, botafoguense, nadador, Rubens percorre o mundo em suas traduções, mas não gosta de viajar. "Parece uma gincana."
("RUBENS FIGUEIREDO ATINGE A CONSAGRAÇÃO COMO AUTOR E TRADUTOR", DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO,17/12/2011)
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
QUEM DISSE QUE TODO MUNDO PRECISA TER OPINIÃO FORMADA SOBRE TUDO?
EXCELENTE ARTIGO SAÍDO NO LINK DO JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO:
(Cabe um parêntese rápido sobre essa agressividade típica da internet. Uma vez que não há o contato próximo, é muito comum que se aproveitem desta frieza e distância da comunicação online para a exibição de uma fúria ameaçadora. Antes do Facebook, reclamações, acusações e ameaças ficavam escondidas sob o fato de que não era preciso se identificar para fazer comentários em sites ou blogs. Depois do Facebook, em que a identificação é capital, essa raivinha foi transformada em exibicionismo de opinião, com pessoas debatendo interminavelmente – e apaixonadamente – sobre qualquer assunto que vier à pauta. Seja um animal morto, uma declaração de um político, o resultado de um jogo ou um programa de TV – todo mundo tem opinião formada sobre qualquer assunto. Depois dos trending topics do Twitter, agora temos a polêmica do dia, no Facebook).
(TRECHO - NÃO DEIXEM DE LER O ARTIGO TODO)
http://blogs.estadao.com.br/alexandre-matias/2012/02/12/quem-disse-que-todo-mundo-precisa-ter-opiniao-sobre-tudo
(Cabe um parêntese rápido sobre essa agressividade típica da internet. Uma vez que não há o contato próximo, é muito comum que se aproveitem desta frieza e distância da comunicação online para a exibição de uma fúria ameaçadora. Antes do Facebook, reclamações, acusações e ameaças ficavam escondidas sob o fato de que não era preciso se identificar para fazer comentários em sites ou blogs. Depois do Facebook, em que a identificação é capital, essa raivinha foi transformada em exibicionismo de opinião, com pessoas debatendo interminavelmente – e apaixonadamente – sobre qualquer assunto que vier à pauta. Seja um animal morto, uma declaração de um político, o resultado de um jogo ou um programa de TV – todo mundo tem opinião formada sobre qualquer assunto. Depois dos trending topics do Twitter, agora temos a polêmica do dia, no Facebook).
(TRECHO - NÃO DEIXEM DE LER O ARTIGO TODO)
http://blogs.estadao.com.br/alexandre-matias/2012/02/12/quem-disse-que-todo-mundo-precisa-ter-opiniao-sobre-tudo
INTERNET E O FUTURO
Um artigo, na revista online Carta Capital, discute de maneira muito interessante o futuro da internet. Importante ler.Pode até virar tema de redação de vestibular.
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/internet-e-o-presente-e-o-futuro/
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/internet-e-o-presente-e-o-futuro/
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
DISSERTAR: ORGANIZAR E PENSAR
"Antes de escrever, portanto, aprendei a pensar."
(Nicolas Boileau,França, 1636-1711, escritor)
Dissertar sobre um tema por um lado é aprender técnicas de organização da escrita para que o leitor compreenda o que está lendo. Então se aprende como estruturar o parágrafo, como delimitar o tema, quais são os principais tipos de parágrafo mais usados, coerência, coesão, concatenação e toda uma parafernália para manter o texto claro. Esse trabalho exige dedicação, persistência, leitura de textos alheios para verificar o que funciona, disciplina para escrever constantemente. Parece óbvio, mas sem escrever não se aprende.(Nicolas Boileau,França, 1636-1711, escritor)
Por outro lado, dissertar não é só isso. O trabalho mais difícil, doloroso às vezes, é aprender a pensar. Como estar diante de um tema e filosofar sobre ele? Como cercar o tema por vários ângulos, escolher um deles que seja o máximo possível original? Preciso ler muito ? O fato é que se torna extremamente necessário PENSAR e, obviamente, ter técnicas para destrichar o tema. Isso também exige dedicação, persistência e disciplina. É um treino constante.
Dissertar não é fácil: ORGANIZAR, PENSAR, DISCIPLINAR-SE. Que tal começar?
Assinar:
Postagens (Atom)